Mercado do Futebol

Obrigado Givanildo. Tchau Giva!

image

Acabou o vínculo do técnico mais longe do futebol brasileiro, que estava no cargo há mais ou menos um ano e nove meses. O América quer ficar na Série A ou parecer bonitinho mantendo o treinador por vários anos?

Como é de praxe da grande maioria dos jornalistas, o tom após a demissão de Givanildo Oliveira do América Mineiro é que a diretoria errou ao demitir o técnico que subiu o time para a Série A e foi campeão mineiro sobre Cruzeiro e Atlético. A diretoria acerta na demissão de Givanildo, mas escolhe os motivos errados para demiti-lo. Givanildo não deveria ter perdido o emprego apenas por causa dos resultados.

Em sua quarta passagem pelo Coelho, Givanildo subiu o time da Série B para a A, em 2015, e conquistou o Estadual neste ano. Desde que retornou ao Lanna Drumond, em setembro de 2014, o treinador orientou a equipe em 89 partidas, com 43 vitórias, 26 empates e 20 derrotas. Na temporada passada, conseguiu encaixar a formação com três zagueiros e levar a equipe à elite nacional. Em 2016, porém, os resultados no Brasileiro foram desastrosos.

Questionado pela torcida por insistir com alguns jogadores, casos do zagueiro Sueliton, do volante Leandro Guerreiro e do armador Rafael Bastos, este último de saída para a Chapecoense, Givanildo Oliveira foi bastante prejudicado por lesões de titulares em 2016. O lateral-direito Jonas, o volante Pablo, os meias Tony e Osman e os atacantes Borges e Victor Rangel, outrora importantes para o time, estão no departamento médico e não devem voltar de imediato. Os substitutos escolhidos por Givanildo não renderam o esperado.

América bagunçado em campo

Já nas derrotas do América, o que se viu foi um time desorganizado, ora com dois zagueiros, ora com três defensores, com volantes marcando adiantados demais e sem proteger a defesa (Leandro Guerreiro e Claudinei) por orientação do técnico, que os queria dando o primeiro combate ao adversário.

Claro que Givanildo tem méritos pelo título (colocou Danilo de meia-esquerda), mas no primeiro semestre apareceram problemas que o técnico não tentou corrigir, pois insistiu com alguns atletas (teimosia) ao invés de testar outros (procurar soluções). Poderia não ter dado certo, mas pelo menos ele teria tentado mudar o que estava errado.

Durante a Série B 2015, por muito pouco o América não subiu. Os melhores jogos no torneio foram contra Paysandu e Vitória (duas ótimas vitórias em casa), principalmente contra os baianos, humilhados por 4 a 0. Tony estava suspenso no segundo jogo e Diego Lorenzi entrou. Com isso, Toscano ficou de camisa 10 no lugar de Tony e, mais próximo da área, fez gol e ajudou o América participando muito mais do jogo.

A importância de Givanildo para o América

Os torcedores que defenderam a continuidade de Givanildo no América não poderiam tê-la feito com base no histórico do treinador no clube. Givanildo tem de ser avaliado pelo que apresentou em seu atual trabalho, não por causa das conquistas anteriores. É claro que a demissão NÃO APAGA o que Givanildo Oliveira já fez na história do América. Tenho certeza de que todos nós, torcedores do Coelho, somos imensamente gratos ao técnico pernambucano.

Portanto, Givanildo sai do América não porque não é técnico de Série A, mas em razão de ter sido teimoso demais ao manter jogadores mesmo quando estes não justificavam a titularidade.

20160603161628484242a

A diretoria americana espera anunciar em breve o substituto, que provavelmente não terá tempo de orientar o time nojogo contra o Figueirense, domingo, às 11h, no Horto, pela sexta rodada da Série A. Com apenas dois pontos, o Coelho precisa da vitória para deixar a lanterna da competição.

Depois de demitir o técnico Givanildo Oliveira, o América trabalha com agilidade para anunciar o substituto visando às sequências da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro. Entre vários nomes sugeridos pelos integrantes do conselho de administração, o de Sérgio Vieira é o que mais se aproxima do perfil desejado. Com apenas 33 anos, o português trabalhou junto de Sidiclei Menezes, atual diretor de futebol do Coelho, em duas oportunidades: em 2015 esteve à frente equipe sub-23 do Atlético-PR; já em 2016, comandou a Ferroviária na elite do Campeonato Paulista.

De acordo com Sidiclei, o mercado de treinadores é escasso e o clube deverá buscar um profissional com um perfil diferente de Givanildo Oliveira. “A nossa ideia é que seja um da nova geração, com perfil de técnico, mas também que consiga fazer uma gestão integrada entre outras áreas do clube. (O novo treinador) Deve passar confiança e ter uma nova metodologia de trabalho, mais integrado, para desenvolver a capacidade técnica e extrair o máximo dos jogadores em postura tática e trabalho coletivo”, analisou o diretor americano.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: