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Entrevista com o zagueiro Chico, do Antalyaspor, da Turquia

Imagem: Antalyaspor-Turquia.
Luis Francisco Grando, nasceu no dia 2 de fevereiro de 1987, na cidade de Pato Branco-PR. Atleta conhecido e reconhecido, pela sua força na marcação e raça em campo, atuou no Atlético Paranaense, Palmeiras e Coritiba. Atualmente está no Antalyaspor, da Turquia.

 

1- Nasceu no dia 2 de fevereiro de 1987, na cidade de Pato Branco-PR, sendo revelado na base do PSTC-PR. Quais foram os principais conhecimentos adquiridos nesta época? O PSTC é conhecido pela revelação de bons atletas para o futebol mundial, qual o diferencial desta equipe?

 

R: Fiquei no PSTC dois anos, 2003 e 2004, tinha 16 anos. Nessa época cresci muito como homem, pois ficávamos num alojamento, só os jogadores, longe das nossas famílias, então acabava que nossa família era nossos companheiros de clube, todo mundo se ajudava, isso era muito bacana. Limpávamos os quartos, os banheiros, tínhamos que lavar nossa própria roupa, se não limpássemos o alojamento, não recebíamos a ajuda de custo, que era de 50 reais. Isso me fez crescer muito na vida, tanto no futebol como pessoalmente, aprendi a da valor as coisas, seja elas caras ou simples, acho que essa é o diferencial do PSTC, ele forma tanto homens como jogadores.
 

2- Entre 2005 e 2010, esteve no Atlético Paranaense, onde conquistou notoriedade no futebol estadual e brasileiro. Defina sua passagem pelo clube? O que faz o Atlético Paranaense para conseguir se equiparar os clubes de SP e RJ, no quesito resultados?

R: No CAP foi onde tudo começou, o sonho mesmo de se tornar jogador começava a se tornar realidade, pois lá tem um estrutura fantástica, estádio bonito, o clube dá todas as condições para o jogador desempenhar seu melhor futebol, as mesmas condições que os jogadores profissionais tinham, nós da base tínhamos também, foi onde conquistei vários títulos na base, fui convocado pra seleção sub-20. Eu ia assistir os jogos no estadio e ficava imaginando se um dia iria jogar lá, com estádio lotado, se a torcida iria gritar meu nome e Deus me abençoou. É uma alegria muito grande ter começado lá, pois você começar na base de um clube grande como o Atlético Paranaense, subir para o profissional e jogar mais de 150 jogos, não é pra qualquer jogador, tenho muito orgulho disso. O Atlético tem tudo pra ser um dos grandes clubes do Brasil, a única dificuldade é que não está no eixo rio-são paulo, que onde se concentra muito o futebol do país, mas hoje as coisas já estão mudando, o futebol brasileiro tá se expandindo cada vez mais e o CAP com certeza vai ser um dos maiores clube do Brasil.

Imagem: Atlético Paranaense.

 

3- Em 2011 e 2012, vestiu a camisa do Palmeiras. Descreva sobre a estrutura do time? Como é atuar em termos de pressão num dos maiores clubes do país?

R: O Palmeiras tem uma estrutura muito boa também, na época estavam fazendo a arena, reconstruindo o Palestra Itália. Infelizmente não consegui jogar lá o que apresentei no Atlético-PR, isso faz parte do futebol, porém tive momentos muitos bons, fiz mais de 50 jogos. Fui campeão da Copa do Brasil, a pressão é muita, mas os mesmo tempo é boa, por que você aprende a lidar com ela, tanto quando o time esta ganhando quando esta perdendo. O Palmeiras é um time de massa, conhecido no mundo todo, me sinto muito privilegiado em ter vestido essa camisa.

 

4- Entre 2012 e 2014, jogou pelo Coritiba, sendo a equipe tetracampeã paranaense de forma consecutiva. Como foi participar de um dos principais momentos da história do clube?

R: No Coritiba foi uma vitoria pessoal, sabia do risco que eu corria em jogar lá por ter ficado 6 anos no CAP. Queria que a torcida coxa branca lembrasse do Chico do Coritiba, não pela minha passagem no Atlético-PR e gracas a Deus consegui isso, foram quase 100 jogos e o tetracampeonato pelo clube, que entrou pra historia e ter jogado com o Alex, um ídolo do clube e um ícone do futebol mundial.

 

5- Em 2012, a final da Copa do Brasil foi entre Palmeiras (seu clube anterior e na época detentor do passe) e o Coritiba (na época seu clube), como ficou o seu pensamento nessa disputa de título?

R: Sobre a final da Copa do Brasil de 2012 foi engraçado e estranho, por que eu não pude jogar pelo coxa por já ter atuado pelo palmeiras. Por isso ficou aquela duvida: Se o Palmeiras ganhar eu sou campeão, mas se o coxa ganhar o time que eu estou agora vai estar em festa, meus companheiros felizes e eu jogo a libertadores ano que vem.

Imagem: AE Palmeiras.

 

6- Sua primeira passagem internacional foi na Turquia, pelo Gaziantepspor, aborde um pouco, sobre as suas primeiras impressões sobre o estilo de jogo, cultura e adaptação? Atualmente está no Antalyaspor, quais são as perspectivas para a temporada? O clube chegou a tentar se impor em nível continental, fazendo alto investimento, o que faltou para que conseguisse ascender a uma vaga de Champions League?

R: Futebol aqui para defensor é meio parecido com o do sul do Brasil, muita marcação, contato físico, isso me ajudou pois era meu estilo de jogo. A adaptação foi um pouco difícil, mas não tenho do que reclamar, somente a comida que é muito apimentada, tanto que foi a 1ª frase que aprendi; acı yok (sem pimenta). Agora estou no Antalyaspor faz 2 anos, clube muito bom, cidade praiana, parecido com o Brasil, isso facilita bastante. Terminamos em 5º lugar, fizemos historia no clube e podemos jogar a UEFA ano que vem, se o time que for vice-campeão aqui e ganhar a Copa da Turquia.

 

7- O volante é uma posição crucial, tanto na parte da cobertura defensiva, como na parte da surpresa ofensivamente, o chamado volante moderno. Qual é o aprendizado a ser passado para esta nova geração de volantes que está se formando no país?

R: Hoje estou jogando de zagueiro aqui, todavia o volante é uma peça fundamental do time, pois temos que fazer as duas coisas, marcar e jogar e o futebol agora precisa do volante que chute e assistência para gol, mas ainda tem técnicos que gosta do volante de marcação, o chamado 1º volante. O mais importante é ter uma boa base, aprender no dia-a-dia, isso com certeza vai fazer toda diferença independente da posição do jogador.

Foto: Raphael Brauhardt/Divulgação Coritiba.

8- Uma mensagem para os colunistas e leitores do site mercadodofutebol.net.br? 

R: Foi um prazer falar com vocês, esperem que gostem da entrevista, acompanho sempre vocês pelas Redes Sociaıs. Um abraco a todos, que Deus abençoe vocês.

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