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Chapecoense, o orgulho do Brasil

A Associação Chapecoense de Futebol, o Verdão do Oeste tem 43 anos de existência. Apesar do trágico acidente de avião no dia de hoje, temos que ressaltar a valentia deste grande elenco.

 

A Chape, como muitos admiradores e torcedores o chamam, está de luto, porém orgulhosa dos feitos de seus atletas que chegaram a uma final histórica de Sul-Americana. Esse texto tem como objetivo definir a trajetória desta potência do interior catarinense, traçando desde o começo até o momento atual e enaltecer o elenco atual desta instituição.

 

Fundação até a eternidade:

 

No dia 10 de maio de 1973, a cidade de Chapecó formou um novo clube, algo que estava paralisado até o momento. Foi a fusão de alguns clubes (Atlético Clube Chapecó, o Independente Futebol Clube, o Grêmio Esportivo Comercial, o Guairacá Futebol Clube, entre outros). A ideia inicial deu certo e teve o apoio dos empresários da cidade, seu primeiro jogo profissional, foi contra o São José, de Porto Alegre, vitória por 1 a 0.

O primeiro momento de glória veio rápido, em 1977, a equipe teve uma campanha com 46 jogos (26 vitórias, 12 empates e 8 derrotas), com 72 gols marcados contra 30 gols sofridos. Chegando a final contra o Avaí, vencendo por 1 a 0 e conquistando seu primeiro título catarinense. O elenco disputou o Brasileiro em 1978 e 1979, conseguindo o 53º e 91º lugar, respectivamente.

O clube quase foi campeão estadual em 1978, 1991 e 1995 (as duas últimas oportunidades, perdendo para o Criciúma). Em 1996, o título voltou a Chapecó, em uma final emblemática, no primeiro jogo, dois a zero para o Joinville, na partida de volta, o Joinville com medo da reação da torcida adversária voltou para casa e a vitória por W.O foi dado a Chapecoense. Após 6 meses de briga judicial, houve a partida, 1 a 0 para a Chapecoense no tempo normal e na prorrogação, conquista a um clube que estava remendado na época, montado às pressas contra um adversário que estava completo.

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A crise estrutural e financeira esteve presente entre 2001 a 2006, entretanto a volta foi primorosa. Em 2007, voltou a ser campeão estadual, no jogo de ida contra o Criciúma, um a zero, no embate de volta, segurou o empate por dois a dois. Dois anos após, conseguiu uma vaga para a Série D, o projeto começava e os frutos viriam. Na primeira fase, 13 pontos, primeiro lugar e classificação junto com o Londrina, nas fases eliminatórias, triunfou sobre o Corinthians-PR, com uma vitória por três a zero e um empate por zero a zero, na terceira fase, eliminou o Londrina, dois a um em casa e um a um no Paraná, nas quartas, o acesso veio, ao vencer o Araguaia-MT, dois a um fora de casa e derrota por um a zero em casa. Na semifinal, encerrou sua participação com honra, ao perder no agregado por 4 a 3 para o Macaé.

Em 2010, a sorte de um gigante, foi rebaixado para a segunda divisão estadual, no entanto o Atlético Ibirama, pediu licenciamento do futebol e ficou sua vaga, na Série C, ficou em segundo lugar no Grupo D e foi eliminado nas quartas pelo Ituiutaba (Boa Esporte) pelo gol fora de casa. No ano seguinte, foi tetra campeão estadual, após vencer o segundo turno e superar o Criciúma, em dois jogos, um a zero para o Criciúma e no jogo de volta um a zero para a Chapecoense, o alviverde tinha vantagem no regulamento e por isso foi campeão. A esperança pelo acesso se esvaiu, mesmo se classificando em primeiro lugar no Grupo D da Série C,  foi eliminado na segunda fase no Grupo B com um terceiro lugar.

Em 2012, após eliminações frustantes no estadual e na Copa do Brasil, a redenção aconteceu, ficou em terceiro lugar no Grupo B da Série C, nas quartas superou o Luverdense, após três a zero em casa e derrota por um a zero, com o acesso, foi eliminado pelo Oeste na semifinal, com derrota por um a zero fora de casa e um empate por zero a zero. No ano posterior, a ascendência a Série A, por boa parte do campeonato, foi primeiro lugar desbancando o Palmeiras, após um campeonato coeso, fez 72 pontos (20 vitórias, 12 empates e 6 derrotas), conquistando o vice-campeonato da Série B, a Arena Condá foi pequena para tanta alegria.

Em 2014, fez um estadual discreto e foi eliminado pelo Ceará na segunda fase da Copa do Brasil, contudo cumpriu sua meta de permanência da Série A em décimo quinto lugar com 11 vitórias, 10 empates e 17 derrotas, um dos triunfos, cinco a zero sobre o Internacional, o começo de simpatia com o Brasil se iniciava. No ano passado, ficou em terceiro no estadual e foi eliminado pelo Sport, garantindo vaga para a Copa Sul-Americana, na competição, eliminou a Ponte Preta e o Libertad, do Paraguai, agora o nome do clube estava fora do país, nas quartas enfrentou o River Plate e a equipe argentina teve dificuldades em vencer por 4 a 3 no agregado. No Campeonato Nacional ficou em décimo quarto lugar, com 47 pontos (11 vitórias, 10 empates e 17 derrotas), além de vencer o Palmeiras por cinco a um.

Neste ano, outro campeonato estadual, o quinto em sua história, após vencer o primeiro turno e superar o Criciúma na final, com uma vitória por um a zero fora de casa e zero a zero dentro de seus domínios. No Brasileiro está em nono lugar com 52 pontos (13 vitórias, 13 empates e 11 derrotas) e na Sul-Americana eliminou Cuiabá, Independiente, da Argentina nos pênaltis, Junior Barranquila, da Colômbia e San Lorenzo com uma defesa inacreditável do arqueiro Danilo no último minuto.

Foto: Globo Esporte.

Foto: Globo Esporte.

 

Singela Homenagem:

 

Chapecoense: Os goleiros Follmann (sobrevivente) e Danilo, os zagueiros Thiego, Neto (sobrevivente), Filipe Machado e Marcelo, os laterais Alan Ruschel (sobrevivente), Caramelo, Dener e Gimenez, os volantes Sérgio Manoel, Matheus Biteco e Josimar, os meias Arthur Maia e Cléber Santana e os atacantes Tiaguinho, Canela, Lucas Gomes, Ananias, Kempes e Bruno Rangel, além do técnico Caio Junior, comissão técnica, diretoria do clube, jornalistas e tripulantes.

Foto: Reprodução/Chapecoense

Foto: Reprodução/Chapecoense.

 

“Sempre honrando nosso escudo com sua raça
És alegria nos estádios nunca só
Na imensidão e vastidão de nosso estado
Chapecoense tu és sempre Chapecó”.

Letra do Hino da Associação Chapecoense de Futebol
Letra: Luiz A. Maier

 

 

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