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Consagrando o melhor time do estado: Somos Chapecoenses, somos 5.

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A movimentação em torno do jogo já havia começado no sábado, a semana toda.

Domingo. 10:04 a.m. “Vamos verdão! Venha acompanhar, torcer e vibrar na arena! Chapecoense e Joinville, as 16hs. Contamos com seu apoio!”. Bom dia, domingão. Feliz dia das mães. Todos os caminhos levavam a Arena Condá. Até o trajeto estava pintado verde e branco, e o símbolo de Chapecó, O desbravador, vestindo as nossas cores.

A rotina de muitos foi levar a churrasqueira portátil pra arena: assim, tudo mais fácil. Já havia um público nos entornos da Arena. 13h30min: hora de partir, para recepcionar o maior de Santa Catarina.  Aos poucos percebia-se que o número de pessoas só aumentava. Bandeiras da torcida organizada Guerreiros do Verdão e da Torcida Jovem davam um brilho a mais a cada flutuada por aquele céu, que até o momento, azul. Quando vimos, estávamos com um mar verde e branco. Lá pelas 14h, chega a Barra da chape: sob um caminhão, segurando firmemente a faixa de “1996- O foguetório” e seus instrumentos. A fumaça dos sinalizadores fez um ar verde e branco em frente ao estacionamento. E começou a festa. As três torcidas juntas, formando então, a torcida Chapecoense. Unidas. A união fez a força.

Lá pelas 14:30, chega o nosso grupo de guerreiros: e junto com eles, o início de uma chuva que a cada minuto aumentaria. Mas lá estávamos nós, cantando, pulando, apoiando. Não estavam sozinhos.

A expressão dos jogadores durante o túnel feito por nós, torcedores, era de imensa felicidade, sorriso de orelha a orelha. Cada jogador recebia incentivo, abraços, tapinhas nas costas. Apoio incondicional, de quem sempre esteve ali. Não poderia existir clima melhor.

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E então, chegou a hora de entrar, e fazer do nosso Condá nosso caldeirão. As três torcidas atrás do gol. Entre aquela chuva que não parava, aquelas capas de chuva que não ajudavam muita coisa, ficava visível somente uma coisa: a paixão verde e branca.

Idosos, crianças, adultos, adolescentes. Pessoas com problemas especiais. Realmente, pessoas especiais: não viam, mas sentiam. E sentiam muito, todo esse amor incondicional sem explicação. Naquele momento, não havia diferenças, todos sentiam a mesma coisa, inclusive o frio na barriga, que só diminiu com o apito inicial. Sob uma chuva intensa, constante, se iniciou a final que não acontecia a 20 anos.

A bola rolou. Na verdade, pouco se jogava com bola no chão, não havia condições. O sistema de drenagem do campo é ótimo, mas a chuva não parava, só aumentava.. e assim, as poças viraram o principal adversário pros dois times.

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Na imagem, vemos as poças e a imensidão da nossa torcida.

Então, o árbitro Sandro Meira Ricci decidiu paralisar o jogo, não daria pra jogar daquele jeito. Os dois clubes perdiam grandes chances de gol, devido as poças.

Parece que então São Pedro decidiu fechar um pouco a torneirinha: em questão de 5min a chuva diminiu, e o sistema de drenagem do campo conseguiu dar conta do seu recado. Em pouco tempo o campo estava “seco”. Não totalmente, mas pelo menos sem poças pra atrapalhar, sem aquela chuva intensa, que agora havia se transformado em uma garoa fina. 

O jogo voltou e a pegada se manteve a mesma. O jec continuou tentando o gol, mas a chape se impôs em campo. Até que, em um lance um tanto duvidoso saiu o gol do jec. Diego Felipe, ex chapecoense, achou um buraco na zaga e cabeceou com força, pegando desprevenido toda a zaga, sem chances pro Danilo. Por que um lance duvidoso? A bandeirinha Nadine Schramm Câmara Bastos, havia dado a bola para o goleiro Danilo, sendo então tiro de meta. Mas o juiz assumiu a responsabilidade e decretou a bola para o Joinville, desse lance se originando o gol. Bola para o jec, gol. Hora de recomeçar, Chape. Após o gol, pressionamos muito, mas encontramos Agenor formando uma barreira no gol, e quando não era ele, havia alguém da zaga sempre tirando. Em todos os momentos.

Podíamos perder por um gol de diferença.

Fomos pro intervalo, e na volta, o mesmo time, a mesma postura: guerreiros. Guerreamos.

Lá pelas tantas, Guto Ferreira decidiu chamar o artilheiro do campeonato, um dos ídolos dessa nação verde e branca: Bruno Rangel. O BR9, que havia sido titular em todos os jogos, apenas reserva nos jogos das finais. Ele entrou no lugar de Kempes. Kempes, que foi muito criticado, saiu aplaudido por todos, fez muito bem seu dever. Mas estava na hora dele, os Deuses do futebol o iluminaram. Entrou ovacionado e muito apoiado pela torcida. Lá pelos 20min, Lucas Gomes arrancou, e o deixou em condição sensacional, como dizem por aqui, deu o pastel frito, só faltava morder.

E caixa. Ele fez, e se consagrou mais do que já é: artilheiro isolado do campeonato catarinense com 10 gols, e o maior da história da chapecoense, 62 gols.

Dessa vez não deu, Agenor.

Dessa vez não deu, Agenor.

E então, a chape segurou o resultado até o final, com chances até pra virar. Finalmente, o juiz apitou o fim da partida: É CAMPEÃO.

Deu a lógica, o maior de Santa Catarina venceu e ergueu a taça.

Obrigada Chapecoense, por proporcionar esses momentos incríveis. Até breve, afinal, temos copa do Brasil e campeonato Brasileiro série A pela frente.

A primeira flecha foi lançada.

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