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Batalha dos Aflitos: nossas façanhas de modelo à toda terra!

Ricardo Duarte

Gremista que é gremista se emociona só de ver a data de 26/11/2005! A conhecida “Batalha dos Aflitos” testou os corações de vários torcedores tanto do Grêmio como do Náutico.

Tentamos de todo jeito e tudo foi em vão. Pedimos pela razão a justiça até que a força física entrou em campo também. Depois de um pênalti contestável cedido ao Náútico, o tumulto foi garantido e houve paralisação do jogo por, aproximadamente, 27 minutos. Sandro Goiano gritava e articulava em direção ao juiz que a mão de Nunes estava no corpo, logo, não era pênalti. Não teve jeito. Acarretou em expulsões, pra ser mais precisa, quatro expulsões. Intervenção de policiais militares no Estádio Eládio de Barros Carvalho, em Recife. Grêmio não tinha outra opção a não ser jogar com sete jogadores o restante da partida. O jogo definia quem subiria para a Série A em 2006.

Era o segundo pênalti da equipe adversária e era necessário fazer um milagre nos próximos 11 minutos (e mais os acrescimos) para que o Grêmio conseguisse subir para a Série A com quatro jogadores a menos. O goleiro Galatto transmitia tranquilidade em momentos de total desespero tanto da torcida quanto dos jogadores.

O jogador Ademar, do Náutico, ficou responsável por salvar seu clube e aproveitar da melhor maneira esse segundo pênalti. Mas o que aconteceu foi uma bola errada, à meia altura, que encontra a perna de Galatto e garante que não tem mais perigo pra equipe gremista.

Foto: Divulgação/Grêmio

Foto: Divulgação/Grêmio

A torcida do Náutico, muito brava por ter perdido mais um pênalti, começaram a arremessar objetos no campo e os zagueiros acabaram se distraindo e, no momento que ninguém mais acreditava, Anderson arranca com a bola em direção à área, dribla o jogador e, tá feito, 1 a 0 para o Grêmio. Naquelas circunstâncias. INACREDITÁVEL! Momento épico para o Grêmio e para o futebol brasileiro e internacional que reconheceu a grandeza.

“Não tem nenhuma comparação a grandeza do título com ser campeão brasileiro, da América, do mundo… São as maiores glórias que o Grêmio já teve. O momento mais dramático, com mais intensidade emocional, foi aquele jogo, a Batalha dos Aflitos. Não tenho dúvida disso”, declarou Paulo Odone, presidente do clube em 2005.

O Grêmio nunca desistiu, mesmo com apenas sete jogadores em campo, mesmo com duas penalidades máximas contra si e deu uma aula de como jogar com raça pra ainda hoje falássemos dessa batalha que nos trouxe muita glória e reconhecimento! Isso é ser Grêmio, isso é ter raça em campo. Ter a oportunidade de fazer parte dessa torcida é ter a certeza que nunca abandonaremos e que iremos acreditar até o último segundo. Hoje completa 11 anos desse dia inesquecível e dessa façanha  jamais vista no futebol brasileiro.

26/11/2005: Dia em que o Grêmio mostrou sua imortalidade, mostrou a sua força ao se reerguer. Mostrou que o Grêmio cala e desafia até a lógica se preciso for. Mostrou que jamais matarão esse time. É o Grêmio. Que mostra que raça, superação e o apoio da torcida são ingredientes fundamentais para o sucesso. Tornou-se único mais uma vez com um jogo épico que entrou para a história do futebol. Independente da divisão.

O Grêmio  saiu campeão, contra tudo e contra todos! Caiu e se reergueu de forma memorável e inesquecível para todos os admiradores do futebol e por mais que tentemos contar esse dia, é impossível explicar racionalmente o que o Imortal Tricolor fez em campo.

É o Grêmio!

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