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Mesmo cedendo o empate no final, Abel Braga lamenta resultado e critica arbitragem: ” Fica um gosto amargo”

O Fluminense enfrentou neste domingo (18) o Flamengo pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, no estádio do Maracanã. Ainda sem ganhar do rival este ano, o tricolor saiu na frente mas acabou cedendo empate nos minutos finais, com o placar final 2 a 2. Para Abel Braga, o empate ficou com um gosto amargo e o gol do Flamengo aos 49 minutos do segundo tempo fez com que o técnico criticasse a arbitragem do clássico. Segundo o treinador, o gol de empate do Flamengo contou com uma ajuda: Richarlison, que havia sofrido uma pancada na cabeça, e por decisão do juiz não estava em campo na hora do gol. O jogador, após ser atendido, estava na beira do gramado pronto para voltar, mas de acordo com Abel, o árbitro não permitiu e logo em seguida saiu o gol do 2 a 2, após uma cobrança de escanteio, na qual o atacante tricolor poderia ter ajudado a defesa.

– Fica um gosto amargo. Mas é um empate por uma série vários fatores. Fair play passou longe. Richarlison levou seis pontos na cabeça no vestiário. Naquele momento, não se jogou a bola para fora. Ele recebeu atendimento, colocou a touca. O árbitro deveria ter deixado voltar. Na segunda bola, após o corte do Léo, o Richarlison estaria disputando. Era a posição dele. Estava muito bom com o primeiro árbitro. De repente o cara não entrou bem. Ele deveria ter dado amarelo no lance do pênalti sofrido pelo Richarlison – disse o treinador.

O comandante da equipe tricolor continuou e falou sobre o gol irregular do rival:

– Dito por vocês da imprensa, o primeiro gol do Flamengo estava impedido. E o presidente do Flamengo reclamou dos acréscimos. No jogo de quarta-feira, contra o Grêmio, eu tive um gol corretamente anulado por impedimento. O bandeira não viu quem havia tocado na bola, se era um defensor ou um jogador meu. Foi nosso. O impedimento foi bem marcado. Teve uma pressão injustificável. Os meus jogadores mostraram que não é um time de vergonha. É um time de amor e de luta pelo Fluminense. Saio daqui chateado. De repente, à noite, vou tomar um vinho estragado. De raiva. – reclamou.

Abel não deixou de falar sobre a entrada de Conca em Orejuela e lamenta a série de lesões que a equipe vem sofrendo:

-Ele levou uma falta no meio do campo. E teve amarelo? Amarelo é pouco. Mas não quero mais comentar. Eu não comento arbitragem. Está complicada. Tudo está muito complicado no país. Hoje tivemos uma barbárie em Curitiba. É deprimente. O jogo, de repente, foi um reflexo daquilo. Enfim. Empatamos com um grande time, com grandes jogadores. Tiveram domínio, mas não chances no segundo tempo. É um time pronto, que joga junto desde o ano passado. Saio bem chateado com o empate.

– O Orejuela é um trauma. A gente não tem sido feliz nas contusões. É um trabalho tão legal que não tem problema de músculo. É sempre trauma. Não justificava a falta do Conca, um ex-jogador do clube. Não sei se o Conca perdeu a cabeça com a vaia que aconteceu. Poderia ter sido expulso. Era normal. Mas vamos nos preparar para quarta. Tem mais.

Por fim, o técnico falou sobre as vaias, torcida tricolor e elogiou sua equipe:

– Torcedor é soberano. Se ele vaia o adversário, está nos ajudando. Na semana passada, chamou o time de sem vergonha. Não é. Minha equipe luta, dentro daquilo que ela pode dar. Não guarda nada para amanhã. Ninguém chegou ao vestiário dizendo que poderia ter dado mais 5%. Na hora do pênalti, o Henrique pediu para sair. Falei que faltavam 10 minutos. O CK dele já deu muito alto, é quem mais jogou no ano. Ele aguentou. Vamos continuar. Se tiver apoio, muito melhor. A gente tem coragem. O grupo tem coragem. A gente, sim, poderia estar um pouco melhor. Contra o Vasco, igual, levamos o gol no fim. Paciência.

– Vocês vivem muito de números. .A imprensa, no caso. Vocês deveriam perceber que quando tem feriado na quinta ou na sexta… e tem jogo do Fluminense depois, não vai ninguém. Os caras têm dinheiro e viajam. É uma torcida com poder aquisitivo um pouco maior. É assim desde a minha época de jogador – Finalizou.

Para Henrique Dourado, uma das maiores preocupações do elenco era não tomar gol no início do clássico. O time conseguiu, porém mais uma vez o tricolor das laranjeiras deixou escapar a vitória no final contra o rival:

– No futebol a gente está sujeito a acontecer essas coisas. Nós tínhamos conversado para não tomar gol no início, conseguimos. Agora nos últimos minutos, numa bobeada nossa, tomamos – lamentou o artilheiro da competição.

O goleiro Júlio César negou ter falhado no lance que resultou no segundo gol do Flamengo, criticou o gramado do estádio do Maracanã e reconhece que o empate teve gosto amargo:

– Foi uma bola chutada rasteira. Ele sai rasteira do pé do Trauco, e eu me posiciono. Salto para defender ela rasteira. Quando a bola chega, mais ou menos na marca do pênalti, tem um desvio. A implantação do gramado… não sei como foi feita. A bola sobe e me tira totalmente do lance para poder defendê-la. Felicidade dele, claro. Mas a implantação da grama complicou um monte.

– Lógico que fica um gosto amargo. A gente mantinha o 2 a 1 aos 49 minutos. A gente administrava bem o jogo, com um pouco de pressão deles. É lógico que a gente fica triste. O campeonato é assim, é longo e difícil. Não dá para tirar a qualidade do adversário. Temos de evitar que isso aconteça – Disse o goleiro do Fluminense.

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