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Sejam Palmeiras, eu suplico, só Palmeiras.

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Sejam Palmeiras, eu suplico, só Palmeiras.

O que significa o Derby Paulista? É uma indagação um tanto quanto subjetiva, não? Talvez um clássico signifique uma carga emocional de proporções estratosféricas, é durante a semana, por mais que sua vida esteja uma bagunça, parar e pensar “caramba, domingo tem Palmeiras x Corinthians“ e sua barriga revirar algumas milhões de vezes, um jogo como o do final de semana é por si só um momento de lucidez em meio a tanta confusão, ou vice – versa, simplesmente é um clássico paulista.

Seria desonesto pedir para que os jogadores fossem como aquela equipe, ainda nomeada Palestra Italia, que liderado pelo ilustre Imparato, que fez 3 gols na ocasião, goleou o time do Parque São Jorge por 8 x 0, a maior goleada do confronto e que nunca chegou perto de ser batida.

Ao mesmo tempo em que vejo uma pitada de 1974 nesse confronto, o time do Corinthians era o favorito, Rivelino seria quem iria tirar o time da fila de 20 anos, o Morumbi tinha 100 mil alvinegros com a garganta entalada para gritar campeão, Palmeiras tinha Ademir da Guia e um esquadrão cansado de ganhar títulos. O favoritismo não valeu de nada e o time do Parque Antartica deixava o Alvinegro Paulista mais um ano amargurando esse titulo. Não subestime o Palestra!

Seria mais desonesto ainda querer que vocês incorporassem aquele time de 93, simplesmente fizessem 4 x 0 e sairíamos comemorando e infernizando nosso amigo corinthiano, naquele fatídico dia, ao contrario do 74, saímos da fila com estilo e de forma histórica, eram 16 anos na fila e o destino guardou bem esse dia, não era pra ser contra o Inter de Limeira, nem contra o São Paulo, era pra ser o Corinthians, e foi. Cruzamento de Neto na cabeça do Viola e então a imitação do porco, o escárnio e o deboche na frente das câmeras, o palmeirense não merecia aquilo, no outro jogo penalti para Evair bater e Zé Silvério soltou sua voz, da forma mais emocionante, deixava o torcedor em lágrimas.

Talvez esperar que o time seja um pouco daquela equipe de 2000 seja mais viável, mais uma partida histórica, a canonização de Marcos, a raiva e a rivalidade da forma que só um jogo poderia representar, era semifinal de Libertadores, o maior Palmeiras x Corinthians até hoje visto, nunca tinham ganhado tanto num espaço curto de tempo, nunca tiveram times tão equiparados, Marcelinho Carioca contra Marcos, mais uma vez o destino tratou de cuidar muito bem daquela noite. No primeiro jogo 4 x 3 para a equipe de alvinegra, no jogo de volta 3 x 2 e penaltis. Mais uma vez Zé Silvério marcante.

“Toma distância… Marcelinho na cobrança…  ele bate muito bem… autorizado! FOI PRA BOLA,  BATEU, DEFEEEEEEENDEU MARCOOOS!”

15 anos depois, nos encontrávamos mais uma vez numa decisão, dessa vez no Paulistão, o time de Tite estava invicto e não era pouco favorito, era muito favorito, o jogo seria na Arena Itaquera e alguns tinham a coragem de falar “Time de Champions”. Palmeiras remontado buscava uma disputa de final, última tinha sido em 2008, era a chance de o Verdão voltar ao protagonismo que nunca deveria ter saído. Uma partida épica, aos moldes de um Derby, partida única e um 2 a 2 tirado da alma, lá vem os pênaltis pela busca da redenção, Robinho na bola perde a primeira, todos fazem e então chega o Elias para classificar, DEFENDEU PRASS, continuamos na disputa, ACABOU PETROS, ACABOU!

DEFENDEEEEEEU FERNANDO PRAAAASS!

Assim são os clássicos paulistas,  o que peço não é que vocês sejam igual aos tantos times que o Palmeiras teve, suplico para que sejam vocês mesmos, seja o Prass que nos deu a Copa do Brasil, seja o Vitor Hugo que quer ser casca grossa, mas é um menino por dentro, seja o Arouca que defendeu Matheus Salles contra Ricardo Oliveira, seja o Robinho que cansa de fazer golaço no São Paulo, seja o Dudu que é o nosso torcedor em campo,seja Gabriel Jesus que é o garoto dos dribles, seja o Alecsandro professor dos garotos da base, sejam Palmeiras, eu imploro, só Palmeiras.

Por Gabriel de Nani

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