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Despedida digna

Hoje o Botafogo encerrou sua participação na Taça Guanabara. Sou daqueles que acredita que quer jogando titulares ou reservas, um clube como o nosso tem a obrigação de estar disputando finais seja lá do que for. Entretanto o jogo antecipado e a derrota para o Madureira foram determinantes para nossa eliminação, já que mesmo jogando com reservas vencemos dois jogos e perdemos um clássico.

Na partida de hoje em que a várzea era tão grande que não havia papeletas para o placar (que é uma placa de madeira) enquanto a FERJ enche seus bolsos de dinheiro e demonstra-se incapaz de fomentar ou ajudar qualquer time de menor expressão. Preocupado com o jogo de quarta ou com a possível feijoada que deve ter rolado na concentração, o Botafogo entrou em campo muito devagar. A escalação reserva trouxe o goleiro que deve ser titular na quarta (Helton Leite) e a volta do xerife Joel Carli, precisando ganhar ritmo de jogo.

O Botafogo dominava o meio e as ações de ataque mas demonstrava dificuldades na recomposição e principalmente lentidão. Não demorou até que o Boavista se aproveitasse disso. Marcinho foi afobado, errou um toque no ataque e não teve fôlego para pegar o atacante que correu nas suas costas: 1-0 para eles. O time ainda tentava se refazer do susto quando levou o 2-0. Já pensávamos no pior quando lembramos que do outro lado estava Antonio Carlos, zagueiro velho conhecido nosso e que não deixou saudades além do goleiro Felipe, famoso pelo “roubado é mais gostoso”. Ou seja, nosso gol ia sair. Não deu outra. Antes do final do 1o tempo o criticado Fernandes diminui com um belo gol.

Voltamos para o 2o tempo sem alterações, com Joel e Tanque no ataque. Confio no Jair porém ainda não entendi o motivo de Gorne não ter sido lançado, nem que por poucos minutos. Ao contrário de Luis Henrique, Renan Gorne não pulou etapas e foi bem em todas elas. Só saberemos se ele vai sentir a pressão ou não se dermos a chance em jogos insossos como o de hoje.

Dito isto, numa jogada que lembrou o tiki taka espanhol, de pé em pé, empatamos o jogo novamente com Fernandes. O Botafogo foi senhor do 2o tempo e pouco foi ameaçado. Foi tão bem que até o Gilson, lateral esquerdo que tem um começo muito irregular, teve espaços de sobra para atacar e servir seus companheiros.

Leandrinho fez 3-2 e sacramentou a nossa vitória. Gosto do jogador mas acho que ele precisa ser mais humilde e esforçar-se mais. Na parte final do jogo o perdoado Sassá entrou e demonstrou que pode ser útil, apesar de ter perdido um gol por pura incapacidade, já que estava frente a frente com o goleiro. Como a Taça Guanabara pouco importa pra gente e o que interessa mesmo é o jogo de quarta-feira, valeu pela vitória e pela demonstração de alguns reservas ainda podem ser muito úteis.

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