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25 anos do Pentacampeonato Rubro-Negro

A 25 anos atrás, o Flamengo conquistava o seu quinto título Brasileiro. A equipe comandada dentro de campo por Júnior, tinha também muitos jovens, que tinham sido campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1990.

Djalminha, Paulo Nunes, Nélio, Júnior Baiano, Piá, Rogério e Luís Antonio davam ao time, a juventude. O goleiro Gilmar Rinaldi, junto com Wilson Gottardo, Zinho e Gaúcho, davam experiência a equipe.

O treinador desse time, foi Carlinhos, que já tinha levado o Flamengo ao tetracampeonato Brasileiro de 1987 e ao título carioca de 1991. Violino, como também era conhecido, por ter um futebol elegante, preciso e de classe. Carlinho foi um dos grandes craques que o clube teve em sua história. Como jogador, de 1958 a 1969, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio-São Paulo de 1961. Defensor como poucos, foi um dos únicos a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo, e é apontado até hoje como um dos maiores da posição no futebol brasileiro. Carlinhos, que recebera as chuteiras de Biguá quando garoto, na despedida do jogador em 1954, repetiu o gesto em sua aposentadoria como atleta, passando seu instrumento de trabalho para um garoto promissor da Gávea – Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Aquele não seria o final de Violino, e sim um novo começo, como treinador. Carlinho ainda acrescentaria mais alguns títulos para o Flamengo: os campeonatos cariocas de 1999 e 2000 e a Copa Mercosul de 1999. Seus números impressionantes à frente do Rubro-Negro levaram muitos dos 40 milhões de apaixonados pelo Flamengo a colocarem Carlinhos como o melhor técnico da história do clube.

O Violino, teve habilidade pra saber administrar o elenco pentacampeão em 1992, pois, o elenco era bem mesclado entre a juventude e a experiência.

Júnior, peça fundamental na conquista e último remanescente do melhor time da história do clube, onde conquistou a América e o mundo em 1981, regeu como ninguém a equipe de Carlinhos, comandando a garotada como um verdadeiro maestro em campo.

A Campanha:

O time não foi tão bem na primeira fase do campeonato, tanto que esteve seriamente ameaçado de não se classificar para a próxima fase. A derrota para o Sport, em casa, jogou o time para a 12ª posição e foi considerada a pá de cal sobre as pretensões da equipe, e somente uma arrancada sensacional seria capaz de salvar o campeonato. A reação veio, Primeiro, a vitória de 4 a 1 sobre o Paysandu. Depois um empate contra a Portuguesa, fora de casa, mas a tabela ainda ajudava. Naquela época, as vitórias ainda valiam dois pontos e estava tudo muito embolado na classificação do campeonato. As vitórias contra Goiás e Internacional, aliados a péssimos resultados de rivais diretos, foram a salvação e o time conseguiu se classificar em quarto lugar.

O Flamengo ficou em um grupo muito forte, junto com o Vasco, líder absoluto da primeira fase, o São Paulo, atual campeão nacional e o Santos. Flamengo não era o favorito mas tinha como arma, a sua torcida, no Maracanã.
Mas nada pro rubro-negro é fácil. O São Paulo venceu o duelo direto contra o Flamengo, na penúltima rodada, se tornando líder do grupo. O Vasco, favorito, decepcionou com seguidos empates. E tudo ficou para a última partida.
Flamengo enfrentou o Santos e o Vasco enfrentou o São Paulo em São Januário. O Flamengo tinha que vencer o Santos e torcer para o arquirrival, Vasco, não deixaro São Paulo vencer. Aos gritos de “Entrega” da torcida vascaína em São Januário, o Vasco conquistou a sua única vitória no quadrangular. Com o Resultado, o Flamengo, que venceu o Santos por 3 a 1 no Maracanã, se Classificava para a final contra o Boatafogo, que se classificou no outro grupo, que tinha Bragantino, Corinthians e Cruzeiro.

A Final:

No primeiro jogo da final, no dia 12 de Julho, o Flamengo foi avassalador, vencendo o Botafogo com autoridade por 3 a 0, deixando o segundo jogo, praticamente só para comemorar.

No segundo jogo no dia 19 de Julho, aconteceu a maior tragédia da história do Maracanã, onde parte de uma grade de proteção da arquibancada, onde ficava a torcida do Flamengo desabou cerca de 30 minutos antes do ínicio da partida, onde três pessoas morreram e 82 ficaram feridas. Depois do socorro as vítimas, a bola rolou. Junior, em cobrança de falta magistral no final do primeiro tempo, fez 1 a 0 . Foi o seu último gol em uma final pelo Flamengo, sua última final e seu último título. Júlio César marcou mais um no início do segundo tempo, fazendo 2 a 0 e não havia mais o que o Botafogo pudesse fazer e os dois gols, empatando a partida em 2 a 2 ,não foram suficientes para estragar a festa de mais de 122 mil rubro-negros.

Final de jogo e o Brasil era Rubro-negro pela quinta vez.

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