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Entenda a relação Crefisa-Palmeiras
- Updated: 10 de julho de 2017
Um dos principais métodos de se trabalhar o marketing no esporte é por meio do patrocínio. Quando se trabalha patrocinadora e patrocinado com o mesmo objetivo, a tendência é o torcedor compartilhar da mesma ideia e procurar apoiar as marcas inseridas em seu contexto. A relação entre Crefisa e Palmeiras é um ótimo exemplo de marketing esportivo.
Em 2015, José Roberto Lamacchia, assinou contrato que estamparia suas marcas FAM e Crefisa no uniforme de jogo da Sociedade Esportiva Palmeiras. Ainda que o clube passando por reformulação, vivendo um período onde quase foi rebaixado pela terceira vez a segunda divisão do futebol nacional, proporcionou a volta do Palmeiras ao cenário esportivo como um time forte.
A partir daí o clube se reforçou, contratou bons jogadores para buscar títulos. No final do ano de 2015 conquistou a Copa do Brasil, consolidando a parceria entre Crefisa e Palmeiras.
Desde então, os resultados só melhoraram. Novos títulos foram conquistados. No mercado, as marcas cresceram. Provaram que investir em Marketing Esportivo vale à pena, trabalhando com consciência e disposição, caminhando com seu patrocinado.
José Roberto Lamacchia disse ao jornalista Mauro Cezar Pereira que mesmo fazendo anúncio na TV há anos, a empresa só ficou conhecida ao estampar a camisa do Palmeiras após o ano de 2015. “O retorno é excelente, vale a pena patrocinar”, disse Lamacchia. Diferente de outros patrocinadores, José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, sua esposa e presidente da Crefisa, colocam no Palmeiras seu próprio dinheiro, visto que se houver algum prejuízo, será deles mesmos.
Os lucros da empresa nos últimos anos cresceram, sendo arrecadado mais de R$ 1 bilhão de lucro líquido em 2015. Até setembro de 2016 outros R$ 805 milhões foram registrados. A empresa chegou no TOP 10 numa comparação com outros bancos e empresas feita pelo Banco Central.
Em 2014, a Crefisa teve um lucro de pouco mais de R$ 750 milhões. Nota-se que o crescimento da empresa pode sim ser relacionado com o patrocínio ao clube. Em 2015 o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil e em 2016 foi campeão do Brasileirão. Esse patrocínio, em 2017, não inclui bonificações de prêmios em títulos conquistados pelo clube no ano, contratações de atletas e gastos adicionais, são R$72 milhões líquidos. Em 2018 o patrocínio será de R$ 78 milhões.
O patrocínio esportivo tem como um de seus objetivos promover eventos, atletas ou clubes, os inserindo nos mercados buscando alcançar um ou mais objetivos do marketing. Assim, a Crefisa fez com que o Palmeiras tivesse o maior patrocínio do futebol brasileiro. Além de estampar os materiais esportivos do clube, a empresa empresta dinheiro para contratação de grandes jogadores. Exemplo disso é o caso de Lucas Barrios (agora no Grêmio) e atualmente Miguel Borja e Alejandro Guerra. São 50% dos direitos do atacante Dudu e 40% do lateral Fabiano. Em caso de venda dos jogadores, o clube precisa devolver somente o dinheiro por ela investido.
O Palmeiras chega a entrar no TOP 10 do ranking de camisas mais caras do mundo. Superou a Juventus, patrocinada pela Jeep. Levemente superior ao PSG, patrocinado pela Emirates. Se considerar os outros patrocinadores do PSG (QNB e Ooredoo), os valores superam ao da equipe brasileira.
Leila Pereira falou sobre sua declaração em rever os investimentos em contratações de jogadores caso o diretor de futebol Alexandre Mattos fosse demitido.
“Quando eu disse que eu reveria os investimentos, isso criou uma polêmica muito grande: a Leila está fazendo uma chantagem. Isso é ridículo! Eu tenho um contrato de patrocínio de uniforme de dois anos, que vence no fim do mandato do presidente Maurício Galiotte. Isso é sagrado, imutável. Outra coisa é a contribuição que eu faço para a contratação de jogadores. Foi nesse ponto que eu disse”. Acrescentou “Qualquer investidor só investe quando acredita no projeto, no trabalho da pessoa responsável pelo grupo para o qual você contribui. E eu confio no trabalho do Alexandre Mattos”, Leila Pereira em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Leila acredita no trabalho de Alexandre Mattos. Sem ele, esperaria a definição de um novo dirigente e da nova linha de trabalho para ajudar em futuras contratações.