Palmeiras bate a Chapecoense e conquista seu 9º Campeonato Brasileiro, após 22 anos
- Updated: 28 de novembro de 2016
Enfim veio. O tão esperado título do Campeonato Brasileiro veio. Foram duas décadas e dois anos de espera, uma espera árdua. Uma angústia que mexeu com o coração do palmeirense. Desde 2012, após voltar a ganhar um grande troféu, viveu momentos de terror, com a segunda queda para a série B e, em 2014, quase um terceiro descenso. Mas o presidente Paulo Nobre acertou a casa, trouxe a Crefisa e montou um elenco numeroso, ganhou a Copa do Brasil no ano passado e agora o 9º título do Brasileirão (1960, 1967 – Taça Brasil, 1967 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994 e 2016), sendo o clube com mais títulos do torneio e de outros nacionais no geral, com mais 3 Copas do Brasil (1998, 2012 e 2015) e uma Copa dos Campeões do Brasil (2000), totalizando 13 canecos.
Com um gol improvável do contestadíssimo Fabiano, o jogo terminou 1 a 0 para o Verdão que viu 40.986 torcedores encherem o Allianz Parque, batendo o recorde de público da Arena, para soltar mais uma vez, em pouco menos de um ano, o grito de É CAMPEÃO.
Cuca fez uma pequena substituição em relação ao time que bateu o Botafogo, na rodada anterior. Sacou Cleiton Xavier e colocou Fabiano, puxando Jean para compor o meio-de-campo com Moisés e Tchê Tchê. Mina não se recuperou à tempo e deu lugar ao experiente Edu Dracena. Muitos já ficaram apreensivos com a entrada do camisa 2 e assim o jogo começou. A pressa em fazer o gol era evidente. Muitos erros, passes errados, bolas forçadas para o ataque. Não teve jeito, seria sofrido mais uma vez. Com isso, os jogadores decidiram colocar a cabeça no lugar e acalmar o jogo. E num é que deu certo? Aos 25, o lance que mudaria o panorama do campeonato, que acabaria com a espera incessante, que soltaria o grito de gol preso na garganta dos palmeirenses por 22 anos (ou 10 jogos que o Fabiano esteve presente). Falta ensaiada, Dudu para Zé Roberto, que toca para Gabriel Jesus que faz um lindo corta-luz, que dá uma assistência ainda mais linda, de letra, para Fabiano. O herói, que há jogos atrás e fadado como vilão, bateu, sem ver, sem jeito, sem ângulo, mas com uma linda cobertura. GOLAÇO. Gol do título, gol para calar os críticos. Gol para acabar com qualquer cheirinho. O árbitro Anderson Daronco já poderia apitar o fim de jogo. Mas ainda vimos Gabriel e Thiago Santos participarem da festa nas vagas de Fabiano e Tchê Tchê. E mais ainda, vimos Jailson, muito ovacionado, pela torcida e pelos companheiros, dar lugar à Fernando Prass, numa cena mágica, memorável, que será guardada para sempre no coração do palmeirense.
Para fechar o campeonato, Palmeiras e Chapecoense voltam à campo no próximo domingo (4). O Verdão paulista vai à Bahia enfrentar o Vitória, às 17h (Horário de Brasília), no Estádio do Barradão. Já a Chapecoense recebe o Atlético-MG, no mesmo horário, na Arena Condá, com as atenções voltadas para a final da Copa Sul-Americana.
Ficha Técnica
Palmeiras 1 x 0 Chapecoense
Local: Arena Allianz Parque, São Paulo – SP;
Data: 27 de Novembro de 2016 (Domingo);
Horário: 17h (de Brasília);
Trio de Arbitragem: Anderson Daronco (Árbitro – RS); Rafael Alves e Alexandre Kleiniche (Assistentes – ambos do RS);
Público: 40.986 torcedores
Renda: R$ 4.171.317,26
Cartões amarelos: Fabiano (Palmeiras); Marcelo e Bruno Rangel (Chapecoense);
Gol: Fabiano, aos 25 minutos do primeiro tempo;
PALMEIRAS: Jailson (Fernando Prass); Fabiano (Gabriel), Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Jean, Tchê Tchê (Thiago Santos) e Moisés; Róger Guedes, Dudu e Gabriel Jesus
Técnico: Cuca
CHAPECOENSE: Danilo; Gimenez, Marcelo, Filipe Machado e Alan Ruschel; Matheus Biteco, Sergio Manoel, Cleber Santana (Gil) e Tiaguinho (Aílton Canela); Lucas Gomes e Bruno Rangel (Kempes)
Técnico: Caio Júnior