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Resgatando a velha torcida de um novo Atlético

MASSA2

Histórica por sempre empurrar o time independente da situação, a massa atleticana é reconhecida pelo Brasil afora pelo seu fanatismo. Mas, depois de algumas glórias conquistadas nos últimos anos, tem perdido algumas de suas particularidades.

Em diversas partidas desde o inesquecível “dois mil e Galo”, as arquibancadas se mostraram insatisfeitas com alguns dos profissionais que vestiam o manto alvinegro. A torcida adotou uma postura diferente do tradicional costume de apoiar incondicionalmente sem dar importância para o momento, e vaias puderam ser ouvidas nas arquibancadas em muitos dos jogos do Atlético.

Na última partida das semifinais do Estadual, o técnico Diego Aguirre foi vítima dos gritos de insatisfação dos torcedores. Antes vaiava ao final dos jogos, agora a massa tem se manifestado durante os noventa minutos. Vários jogadores foram a público pedir aos torcedores para que joguem junto com o time, e com tanta disputa pelos lugares do Independência, quem está presente deve honrar seu compromisso de décimo segundo jogador e fazerem de tudo para que o Atlético vença. Sim, nenhum alteticano vai ao estádio para assistir. Vai para fazer parte do jogo.

Uma grande oportunidade para recuperarmos o atleticanismo que marcou nosso escudo por tantos anos, acontecerá na próxima quarta. A partida de volta contra o Racing, da Argentina, será fundamental para sacramentar a paz de Aguirre com as arquibancadas. Declarações do goleiro adversário, Saja, que afirmou que “brasileiro borra diante dos argentinos”, pode ser usada ao nosso favor. Talvez, ele esteja certo. Só esqueceu que o Galo não é Brasil. E que nossa torcida é a mais argentina de todas as brasileiras. Talvez, até mais fanática do que a original. E vamos recuperar este posto, de uma vez por todas, esquecendo as vaias no assentos verdes e esgoelando o amor pelo atlético durante os noventa minutos. Ou quem sabe, cento e vinte, já que o sofrimento do lado de cá é sempre esperado.

Texto de Celso Lamounier

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