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Tem que ter RAÇA pra jogar no FURACÃO!

Quem acompanha meus textos ou me conhece pessoalmente, sabe da minha postura a respeito de pegar no pé de jogador. Não sou do tipo de torcedor que durante a partida xinga jogador, ou generaliza todo um elenco por conta de erros individuais.

Não avalio desempenho do time por resultado. Trabalho diretamente com futebol, ali, na beira do gramado, e sei bem como funciona o ofício.

Mas dessa vez preciso falar: “ALGUÉM POR FAVOR, AVISA ESSE GAROTO LUIS HENRIQUE, QUE ELE TA JOGANDO NO ATLÉTICO-PR, E QUE PRA JOGAR AQUI, TEM QUE TER AMOR E RESPEITO A NOSSA CAMISA E NOSSA HISTÓRIA”, Obrigado!

Sei que muitos discordarão da minha opinião, mas eu não achei que o time foi mal na partida de ontem (25) diante do Toledo.

Fazendo uma análise por setor: No gol, o goleiro Santos não teve muito o que trabalhar, mas as poucas vezes que o Toledo chegou, o camisa 1 deu conta do recado. Na zaga, Wanderson foi muito bem, jogou com toda segurança que sempre tem demonstrado nas oportunidades que lhe são dadas, sendo inclusive fundamental na última partida da Libertadores quando entrou no segundo tempo, e seu companheiro José Ivaldo, ao meu ver, fez uma partida “Federal” – como diz o nobre jornalista Fernando Gomes – foi a primeira vez que vi o jovem zagueiro jogando bem, tirando a bola, acertando os passes, correndo e etc. Pela lateral direita, Léo que foi o capitão do time, jogou bem, com raça, que é sua principal qualidade. Já Nicolas pela esquerda, fez uma partida razoável, meio apagado e quando a bola chegava nele, dava passes para o lado. Luis Otavio e Rossetto, pra mim foram os melhores em campo, dominaram grande parte das bolas pelo meio, iam pra cima com dribles e passes rápidos, jogaram do início ao fim da partida, querendo ganhar o jogo. João Pedro fez a função do “Camisa 10” do futebol, não foi excepcional, porém fez uma boa partida, tendo inclusive duas chances em bolas paradas, ainda no primeiro tempo de abrir o placar, com cobranças de falta que passaram muito perto da trave. O setor que deixou a desejar, foi nosso ataque

… Esse setor merece um parágrafo exclusivo. Primeiro os dois atacantes que jogaram pelas extremidades do campo, Douglas Coutinho e Cryzan. Não jogaram mal, mas também não jogaram bem, ou seja não atrapalharam o jogo, porém se tratando de dois jogadores já com certa experiência, ficaram abaixo da média, afinal de contas, atacante vive de gol, ou pelo menos tentativas de gol, e nem Coutinho, nem Cryzan chegaram perto de balançar a rede.
Agora nosso camisa 9… Onde fomos parar? Antes do início da partida de ontem, passou no telão um lance de Alex Mineiro, esse sim foi um camisa 9 de verdade! E em minha memória de torcedor, me lembrei também de Washington – o coração Valente – e como não lembrar de Oséias, o primeiro camisa 9 que vi jogar pelo Furacão. E hoje, tenho que ver um tal de Luis Henrique vestir a 9, e vê-lo desrespeitar nossa história e nossa torcida, francamente! O jovem Luis Henrique chegou como a “promessa do Botafogo”. Me desculpem, mas esse garoto está longe de ser um dia um grande jogador de futebol, de um dia se tornar ídolo de alguma torcida, seja ela qual for. Não estou falando apenas por ele ter jogado mal em todas as vezes que entrou desde que chegou aqui, por que se fosse, eu estaria sendo injusto com o moleque, afinal não é todo mundo que será Oséias, Alex Mineiro ou Washington, mas pelo papelão que o tal fez na partida de ontem. Como se não bastasse estar jogando muito abaixo de um camisa 9, ele teve a oportunidade de deixar seu nome na ficha técnica da partida ao ser derrubado na área, chamou a responsabilidade pra si e pegou a bola pra cobrar o pênalti. Só esqueceram de avisar o garoto que TEM QUE TER RAÇA, PRA JOGAR NO FURACÃO! – como bem cantou a torcida após a falta de respeito do jogador. Numa tentativa de cavadinha o goleiro do Toledo defende e ainda espalma nos pés de Luis Henrique, que no rebote consegue mandar la no “pipoqueiro”. Palmas pra ele!!! Errar pênalti é normal e aceitável no futebol, desde que seja cobrado com decência, como homem, e não como se estivesse brincando no recreio do colégio.

Paulo Autuori comentou sobre o ocorrido, “O Luis errou. Ele mesmo assumiu a responsabilidade. Acredito que foi uma atitude muito legal dele perante o grupo”, afirmou Autuori. “Ele mudou a maneira de cobrar e errou. Espero que aprenda com isso”, complementou o treinador.

Ficha técnica Atlético-PR x Toledo

Cartão amarelo CAP: Luis Otávio.

Substituições CAP: Douglas Coutinho (Yago); João Pedro (Matheus Anjos); Luis Henrique (Bruno Nascimento).

Público total: 6.495

ATLÉTICO, conhecemos teu valor!

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