A derrota para o lanterna tem nome, sobrenome e codinome: Claudinei Oliveira, “o teimoso”.
O Avaí tem no elenco um camisa 10 clássico, pensador, articulador que cadencia o jogo e deixa as companheiros na cara do gol com muita facilidade. Mas o técnico Claudinei Oliveira não deixa o homem jogar.
Não é só o Marquinhos Santos que sofre com a teimosia do técnico. O futebol do Juan caiu muito, nas última partidas. Ser o Claudinei quer jogar com um lateral improvido no meio, por que não dá uma oportunidade para o Maicon, que tem muita qualidade na frente?
Até daria pra por na conta da arbitragem com os dois lances de pênalti, um muito controverso a favor do Atlético que abriu o placar do jogo e um toque na mão escândaloso dentro da área do time de Goiás. Mas o Avaí já estava sendo dominado no primeiro tempo.
O título dessa matéria poderá ser “o jogo dos sete erros do Claudinei”. Vamos à eles:
1- A teimosia em deixar o Marquinhos no banco:
O camisa 10 do Leão entrou após muita pressão da torcida, quando o Leão já perdia por dois gols e em cinco minutos deu dois lançamento que o torcedor do Avaí não vai a tempos na Ressacada.
2- Não mexer no intervalo:
O Avaí tomou sufoco do lanterna no primeiro tempo, muitos jogadores estavam muito mal em campo. E daremos nome aos bois! Juan e Pedro Castro erraram passe à granel no meio campo. Leandro Silva, não é novidade, que não sabe apoiar, está jogando na vaga do Maicon, e hoje errou muito na defesa. O Simião também errou muito, e demonstrou muita dificuldade no domínio de bola. Joel já deve a algumas rodadas e o Capa não foi bem hoje.
3- Esperou estar perdendo pra mexer no time:
Com a volta do intervalo, nada mudou, salvo o placar da partida. Dá para discutir, e muito o lance do pênalti, onde o atleta do Atlético de Goiás perde no corpo para o lateral Capa e se joga na estrada da área. O gol do Atlético nos leva ao próximo erro.
4- Willians Santana:
As vezes a salvação vem do banco de reservas. A chegada do atacante ao Avaí, após o término do estadual, trouxe esse ar de esperança à torcida azurra. Mas o que Willians Santana geralmente leva para dentro de campo é um balde de água fria na esperança do torcedor. Salvo uma assistência e um gol, ainda não mostrou à que veio. E hoje ele entrou pra ser co-protagonista na derrota do Leão da Ilha.
De uma vez só o técnico do Avaí tirou Juan e Joel para a entrada do jovem Luanzinho e Willians Santana. Luan entrou muito bem, aliás, já pede passagem no time titular a algumas rodadas. O atleta tabelou, dividiu, caiu, levando, tomou, foi à libha de fundo, enfim, tornou o lado esquerdo da defesa do Atlético um verdadeiro inferno. Já o Willians perdeu a bola que resultou no segundo gol do Atlético, um belo gol anotado pelo atacante Walter. Além de ter participado do lance do gol do Atlético o atacante do Avaí ainda perdeu dois gol, um dentro da pequena área onde ele deixa o goleiro chegar e outro sem goleiro, onde ele cabeceia uma bola pra baixo e faz o mais improvável a poucos centímetros do gol.
5- A demora em pôr o Marquinhos:
Pedro Castro já era perseguido pela torcida, e vinha fazendo um jogo ruim. A torcida já pedia o camisa 10 que só entrou quando o Leão já perdia o jogo pelo resultado final da partida. Mas fez em campo o que nenhum meio campo do Avaí é capaz de fazer. É aquele toque de bola diferenciado, lançamentos precisos e visão de jogo. Talentos que teriam feito muita diferença no primeiro tempo, quando o Avaí teve chances de contra-atacar mas acabava escolhendo as opções erradas.
6- O pênalti:
Esse erro não vai pra conta do técnico azurra, mas para o Rodrigo Guazino Ferreira do Amaral. Quem quiser ver um exemplo de erro grosseiro de arbitragem, assista à reprise de Avaí x Atlético-GO e se prepare para se envergonhar em nome de cada homem que já foi, que é ou um dia será árbitro de futebol em todo planeta.
Willians Santana dribla um marcador pela direita, entra na aérea, ainda a bola e nessa hora o zagueiro que fazia a cobertura escorrega e para a bola com mão pra não deixar o Willians Santana perder mais um gol de frente com o goleiro.
O técnico do Avaí lembrou na entrevista coletiva que a comissão de arbitragem da partida é de São Paulo, onde o time com o mesmo nome do estado luta contra o rebaixamento. Isso pode explicar a não marcação do pênalti mesmo o assistente estando a um metro da jogada.
7- A ciência de que o time não estava bem:
Na entrevista coletiva o técnico do Avaí disse que não mudou no primeiro tempo nem no intervalo por que não queria queimar nenhum atleta e tinha que dar a oportunidade aos jogadores de confiança dele de tentar mostrar um futebol melhor no segundo tempo. Ou seja, a derrota veio por conta de teimosia do técnico, que viu o erro mas decidiu se omitir.
Com o revés desse domingo o Avaí voltou para a zona de rebaixamento e por lá ficará Boa próximos dez dias.