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Ousadia e alegria, é com o Menino Neymar

Neymar Wallpaper

Não é nada fácil o “Filé de borboleta” do Paulista se tornar o atual campeão da Champions League e artilheiro do campeonato espanhol de faixa preta. Cada dia que se passa, vão se acabando as desculpas dos corneteiros de plantão. Sua capacidade não de passar da artilharia do Paulistinha, não conseguir se adaptar ao futebol europeu e se tornar o novo “Lulinha”, mas, vivendo e calando os outros, o menino Neymar brilha cada dia mais.

O famoso “Neymídia” conhecido por seus diferentes cortes de cabelo, roupas chamativas, sempre bem acompanhado, de suas dancinhas nas comemorações, apenas seria mais um. Pois bem, seria mesmo. Ele não soma, ele multiplica.

Me lembro muito bem do dia 7 de março de 2009, no estádio do Pacaembu, Santos e Oeste, partida pelo campeonato Paulista, em uma noite de domingo quente e com o céu brilhante, a torcida pedia para o prof. Mancini, a entrada do “novo Robinho”. Um menino magrinho, com 17 anos, ansioso e um brilho nos pés. Assim, atendendo aos pedidos, Ney entrou no lugar de Molina, aos 14 minutos do segundo tempo. 5 minutos se passaram, e gol do Santos. Deu ritmo e velocidade, acordando o Peixão, que fez o primeiro tempo sonolento. Ele não fez gol, mas mostrou para o que veio e brilhantar os olhos do mundo com seu futebol arte.

pulinho ney

Pulinho com soco no ar, aprendeu direitinho com o Rei Pelé.

São tantas histórias no Peixe que ficaria horas e horas escrevendo sobre o quanto os santistas são gratos por ele ter proporcionado muitas alegrias. Não só santistas, mas todos os amantes de futebol.

Uma recordação que nunca me esquecerei, é de seu gol na final da Libertadores contra o Peñarol, no Pacaembu. Que dia. Choros, um excepcional coro da torcida, o mar branco com vermelho, ansiedade, nervosismo, gritos, palavrões, vibrações e 2 belíssimos gols: Ney e Danilo, decididos no segundo tempo numa enorme angústia. Na estrada fechada, tomada por carros, com buzinas que faziam a sinfonia de comemoração, aquela era uma noite de criança. Inesquecível.

Conforme os títulos que ele contribuía para o Leão do Mar, a Neydependência foi crescendo. O medo de perder ele cedo, indo para a Europa ou até dele se machucar. O medo do Santos cair para a série B com a sua saída, mas, era só um sustinho de pegadinha mesmo. Onde ele joga, vira referência. O time se torna dependente dele, não tem jeito.

meninos da vila

O que tem pra hoje é saudade. Foto: Ricardo Saibun/Gazeta Press

Desde do começo de sua carreira, sempre chamou a responsabilidade para ele, indo pra cima, sem medo e nem piedade. Ataca, distribuí, marca, cria, dribla. De assistente, goleador, ambidestro, cabeceador até criador de dribles e jogadas: agora me diz, quem não quer ter esse menino no time? Com todos esses fatores, o maior deles e o que eu mais admiro: sua humildade dentro e fora de campo, sempre buscando melhorar e evoluir, mas com os pés no chão. Aliás, sua chuteira pretinha, cabelo raspado e faixa na cabeça está trazendo sorte, só falta a camisa por dentro do calção que o hexa vem!

Só quero frisar os três gols que me deixaram perplexa:

  1. O gol do strike em 6 marcadores, contra o Fla
  2. O mais recente contra Villarreal, domínio no peito, chapéu de 360°, finalizando com um puta golaço (Puskas na certa!).
  3. E claro, o gol na final da liberadores, aliás, eu chorei com aquele gol.
-"Tá vendo aquele cara?" -"Tõ" -"É assim que dibra lek"

-“Tá vendo aquele cara?”
-“Tô”
-“Hahahaha coitado, vai ser dibrado”

Curiosidades

Desde de muito cedo seu pai o treinava no quintal de casa, deve ter sido esse esforço de ambas as partes que o tornou diferente, com a família sempre presente, principalmente com o seu pai como treinador. Quando atuava no Santos, depois dos treinos ele ficava treinando cobrança de faltas com Marcos Assunção, agora tudo se explica. E com 14 anos, Neymar fez um intercâmbio na Espanha e passou no Real Madrid, mas, o Peixe não queria perder sua joia e comprou por 1 milhão para manter na base. Como os madrilenos acharam que não era uma boa desembolsar tanto dinheiro por um jovem, hoje, devem ter se arrependido.

Quero agradecer especialmente e sou grata para sempre, ao eterno capitão santista, Zito, por ter dado oportunidade de vermos (principalmente a minha geração) o futebol brasileiro brilhando novamente.

#Toiss

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