Sete anos de um acesso inesquecível
- Updated: 21 de novembro de 2016
Foto: Kiko Silva / Agência Diário.
No dia 21 de novembro de 2016, completou sete anos do acesso do Ceará Sporting Club, que permeou com uma gestão que daria frutos nos vários setores do clube, conquistando uma vaga na Série A após 16 anos.
Série B 2009 e o acesso:
O alvinegro de Porangabussu, nem de longe era o favorito a subir, sempre a equipe tinha como objetivo ficar mais um ano na Série B. Porém com a chegada de Evandro Leitão em 2008, o time se reestruturou financeiramente e termos de organização e o acesso veio. O elenco não tinha nenhum grande nome, a maior parte dos atletas era composta de procedência de clubes paulistas (Fábio Vidal do Paulista, Erivélton do Sertãozinho, João Marcos, do Noroeste, Wellington Amorim, do Guaratinguetá, entre outros).
Lopes, Boiadeiro, Fabrício, Anderson, Fabio Vidal, Heleno, João Marcos, Michel, Geraldo, Wellington Amorim e Mota. Time titular treinado por Paulo César Gusmão, que montou um elenco coeso defensivamente, que levava pouco gols e um ataque que não fazia muitos gols, mas era decisivo quando precisava. O alvinegro tinha outra carta na manga, o banco de reservas, que possuía jogadores que quando entravam, correspondiam a altura (Arlindo Maracanã, Erivélton, Careca, Jorge Henrique, Misael e Preto).
Foto: Kiko Silva.
O Ceará não iniciou bem o campeonato, sendo que na sexta rodada, amargou a última posição no campeonato. Na estreia empatou por 2 a 2 com o Juventude fora de casa, vieram duas derrotas, contra o Vasco (em casa) e Bahia (fora de casa). O jejum persistiu por mais três rodadas, empate contra o Figueirense (em casa), derrota para o Vila Nova (fora de casa) e empate contra o Paraná por 3 a 3 (fora de casa). As duas primeiras vitórias foram em casa contra o São Caetano por 2 a 1 (Erivélton e Fabrício) e Campinense por 2 a 0 (Fabrício e Reinaldo).
Foto: Marcos Campos.
A arrancada persistiu e o G4 começava a ser vislumbrado. Na nona rodada, clássico-rei e empate por 0 a 0, após este jogo, veio uma sequência de cinco triunfos. ABC em casa por 2 a 0 (Preto e Misael), a primeira vitória fora de casa, contra o Brasiliense por 1 a 0 (Geraldo), Portuguesa em casa por 2 a 0 (Michel e Misael, houveram duas expulsões pelo lado da Lusa e um pelo lado cearense), Duque de Caxias, fora de casa por 2 a 1 (Preto e Geraldo) e Ipatinga, em casa por 2 a 0 (Geraldo e Wellington Amorim).
O trabalho continuou, o G4 chegou e nunca mais saiu desta posição. Na décima quinta rodada, empate contra o Bragantino fora de casa, vitória contra o Atlético Goianiense por 1 a 0 em casa (Misael). Acabou a sequência de onze de invencibilidade em jogo equilibrado, Guarani 2 a 1 em Campinas. Para finalizar o primeiro turno, um empate contra a Ponte Preta em casa e uma vitória pouco usual na maneira PC Gusmão de atuar, pois havia uma prioridade defensiva clara na equipe, Ceará 5×1 América/RN fora de casa (Geraldo, Mota, Wellington Amorim, Preto e Careca).
No segundo turno, apesar de alguns tropeços, a equipe se manteve firme e conquistou o tão acesso. Na vigésima rodada, empate em casa contra o Juventude. No embate seguinte, o Vasco da Gama, todos pensando em vitória cruz-maltina, entretanto o Ceará mostrou ali, que era uma equipe capaz de ascender de divisão, um time de contra-ataques mortais e 2 a 0 no placar (Wellington Amorim e Mota). Em casa venceu o Bahia por 2 a 1 (Geraldo e Mota), no jogo seguinte derrota para o Figueirense fora de casa (em partidas de duas expulsões pelo lado cearense).
Foto: Rudy Trindade/Futura Press.
Na vigésima quarta rodada, o Ceará venceu o Vila Nova por 2 a 0 (Arlindo Maracanã e Careca). No confronto com o Paraná, um duro golpe, um gol de mão marcado por Wellington Silva, a arbitragem seguiu o jogo e derrota por 1 a 0. Após este resultado adverso, empate sonolento contra o São Caetano, fora de casa, depois quatro vitórias seguidas, Campinense, fora de casa por 3 a 1 (dois de Geraldo e um de Wellington Amorim), Ceará 1 a 0 no clássico-rei (sempre é importante vencer este jogo, Gol de Mota), ABC, fora de casa por 3 a 1 (Mota, Geraldo e Arlindo Maracanã), na rodada 30, a consagração de um ídolo, Sérgio Alves, entrou em campo e resolveu, gol aos 42 minutos do segundo tempo e 2 a 1 contra o Brasiliense.
O campeonato está acabando e o acesso está vindo. Na trigésima primeira rodada, derrota para a Portuguesa fora de casa, após isso uma sequência de três embates sem perder, vitória sobre o Duque de Caxias em casa por 1 a 0 (gol de Geraldo, a equipe suportou o fato de estar com um a menos), empate contra o Ipatinga, fora de casa e triunfo sobre o Bragantino por 2 a 0 em casa (Reinaldo e Sérgio Alves, o Massa Bruta teve dois expulsos).
Foto: Kiko Silva.
No embate de número 35, uma goleada inesperada, o Atlético-GO venceu por 4 a 1, adiando assim o acesso para o confronto direto contra o Guarani em casa. No jogo, faltou luz, mas não faltou emoção, o time campineiro esteve duas vezes na frente do marcador, contudo João Marcos empatou o placar e outra vez o acesso foi postergado. Na penúltima rodada, agora foi, vitória por 2 a 1 fora de casa, contra o Ponte Preta (gol contra de Renan Fonseca e um gol de Fabrício). A festa que demorou 16 anos, aconteceu, a torcida eufórica comemorou em São Paulo e em todo o Brasil. Na última rodada empate contra o América de Natal por 0 a 0, o acesso inesquecível que ficou e ficará para sempre na história alvinegra.
Foto: Diário do Nordeste.
