O time goiano manteve alguns atletas importantes na segunda tentativa próxima de ascender a primeira divisão e contratou nomes tarimbados

Iniciamos logo como uma comparação, o técnico Umberto Louzer tem 38 anos e o meia Danilo vindo do Corinthians tem 39 anos. Então pressupomos que já tem um líder em campo e fora dele. Na meta vilanovense, o arqueiro titular deve ser Rafael Santos, pois Saulo (vindo do Botafogo) e Cleriston (Jataiense-GO) estão longe de assumir essa responsabilidade.

Nas laterais, Tiago Cametá (após boa Série B pelo Brasil-RS), Felipe Rodrigues (Guarani) estão pelo direito e o uruguaio Gastón Filgueira e Hélder Santos devem manter o duelo travado pela titularidade no lado esquerdo. No miolo da defesa, a dupla titular permanecerá, Wesley Matos e Naylhor que levaram poucos gols na segundona.

A priori os reservas são compostos por jovens da base, Luizão e Brunão. Na volância, o time ainda não tem nenhum, um ultraje se comparar a planejamento. Porém no meio-campo, tem a experiência de Elias e Alan Mineiro (que permaneceram), além da contratação badalada de Danilo, fechando o cearense Denner (que veio do Guarani).

No ataque, apesar do assédio Matheus Anderson vai permanecendo e deve formar uma dupla rápida com Michel Douglas (que veio do Desportivo de Aves, Portugal). Para o banco, Rafael Silva (foi bem na Série B nos embates onde participou) e Capixaba (que até o momento rodou e não se encontrou ainda) são opções.

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Com o fim da temporada 2018, o Vila Nova decidiu dar fim ao trabalho dos últimos 3 anos. A evasão aumenta e a instabilidade política do clube também. Essa soma de eventos seguem uma cartilha histórica do clube em começar do zero a temporada. A história mostra que isso é uma péssima estratégia.

Em uma época em que o futebol era realizado em âmbito regional, o Vila Nova Futebol Clube era esportivamente imponente. Tinha mais títulos goianos que os demais rivais, mais torcida e, no geral, maior futebol. Quando o futebol começou a se integrar de forma nacional, o tigre da Vila não conseguiu alcançar tal projeção. Se limitou ao futebol local e foi alcançando de forma atrasada as evoluções do futebol. Correndo atrás do tempo, foi se endividando sem ganhar títulos ou disputar a elite do futebol nacional. Aos poucos torcedores com porte financeiro entraram para ajudar, mas foram se afundando com o clube e por isso tiveram que cortar a caridade. Ano após ano o Vila Nova juntava suas lamúrias e recomeçava tudo de novo: novo técnico, novo elenco, nova diretoria. Assim seguiu até os últimos 3 anos. O clube manteve sua diretoria, manteve um técnico pelo maior tempo em sua história e manteve alguns jogadores durante os três anos. As contas do clube melhoraram, a situação com patrocinadores também. O time conseguiu brigar pelo acesso três anos seguidos, feito inédito. Soerguia no horizonte uma mudança.

Até que o desmanche voltou a ser o modus operandi da equipe. Até o momento em que escrevo este texto apenas um jogador é certo para 2019, o técnico Hemerson Maria saiu e o diretor de futebol também. Se  manteve apenas o presidente, mas já há membro do conselho o difamando no rádio para trabalhar sua inevitável queda.

Mudanças são boas, pois podem trazer novas filosofias capazes de concertar erros teimosos. Porém, mudanças quebram a inércia do clube e pela mesma lei mecânica encontram resistência. Uma nova diretoria e um novo técnico significam uma nova filosofia de jogo, o que demanda tempo para os jogadores se adequarem. Ainda mais se estes jogadores formarem um elenco inédito. Nesse caso, precisarão descobrir uma nova forma de jogar e ainda por cima precisarão ganhar entrosamento. Um processo que demanda mais de 12 meses, período de tolerância máxima de um clube apaixonado por toda renovação, menos a de sua mentalidade. Como alguns dizem por aí, de fato, nada mudou.

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A matemática tornava possível, mas o histórico no campeonato engendrava uma postura mais cética. O Vila Nova entrou em campo com bons resultados na rodada e confronto favorável. Porém, precisava de cautela. Além de depender de outros resultados, precisava, antes de fazer contas, vencer o jogo. O problema é que a equipe do Vila tem obsessão por empatar jogos importantes em casa…

E foi o que aconteceu. Assim como aconteceu contra o Paysandu há duas rodadas. Dois jogos contra times pleiteando o rebaixamento e mesmo assim o Tigre da Vila não foi capaz de vencer o jogo. Certamente, lhe convém a permanência na série B, ao contrário do Avaí: o time de Santa Catarina jogou com 5 candidatos ao acesso nas 5 últimas rodadas e só perdeu para o Fortaleza, inclusive venceu o Goiás e o CSA na casa destes.

O jogo contra o Criciúma, assinalo, não foi mal jogado. O Vila finalizou duas vezes e conseguiu marcar dois gols. Ainda impressiona o fato de sempre funcionar para os adversários jogar em duas linhas de quatro na defesa. Porém, isso está mudando, houve uma reação e o goleiro catarinense operou 3 milagres. A bola simplesmente não entrou.

Não há quem culpar, sim, mas os elogios também são escassos. A frequência de jogos em que quase ganhamos é assombrosa. Pequenos erros são fatais. No primeiro turno, Alan Mineiro (que fez excelente campeonato) errou um pênalti contra o Fortaleza porque tentou dar uma cavadinha no meio do gol. O jogo ficou 0x0. Seriam três pontos a mais. Dou vida a esta memória não para atacar o camisa 10, mas para lembrar que pequenos erros custam muito caro e o Vila Nova estourou sua cota e sua sorte.

Os próximos dias, dias de luto, serão de muita especulação. Todos sabem inúmeros motivos que nos levaram a uma sucessão de eventos indesejáveis: algumas alterações ruins do técnico, que persistia em jogadores ruins (mas, devo dizer, esta prática é comum, pois dá segurança aos jogadores e tranquilidade, o que é fundamental para aqueles que jogam em posição de finalização); ineficiência do ataque e na bola aérea; insuficiência técnica de alguns jogadores…

Seria bom e cômodo nos apegarmos a explicações que isentam todos da culpa, como mala branca e bicho. Mas dessa vez não foi o caso. Jogamos um bom campeonato, só não o suficiente. Faltou pouco. O futebol é um jogo de ciência escolástica (na abstração renascentista da palavra): concilia razão e fé. O Vila Nova, um time de futebol, não foge da equação: concilia uma série de fracassos-cuja explicação é perfeitamente racional- e uma fé inexplicável por um time que é vereda de um amor imensurável e inacessível à razão humana. Vila que segue… junto conosco.

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Segundo o instituto de matemática da UFMG, a probabilidade do Vila Nova jogar o Campeonato Brasileiro Série A 2019 é 18.4%. Esse número, sequer inteiro, exprime uma perspectiva de uma torcida realista que já se tornou incapaz de se iludir, mas ainda se doa para uma equipe que não a merece.

Na sexta feira 20k colorados marcharam ao Serra Dourada para apoiar um time que proporcionou uma das partidas mais vergonhosas da história do clube. Já é imperativo a relação abusiva entre jogadores e torcida. Todo jogo, já há algum tempo, termina em frustração e é seguido de esperançosos gritos de “eu acredito” e aritméticas de jornal. A esperança, 18.4%, supera a de clubes com mais de 60%. A torcida do Vila contraria o senso comum e, pelo visto, até mesmo a matemática.

Para o acesso ser possível, o Tigre da Vila deve ganhar todos os 4 jogos e torcer para pelo ou menos um tropeço do rival. Tarefa dura. Isolando os jogos temporalmente, o cenário é menos nebuloso: deve-se vencer, terça feira, um fragilizado Brasil de Pelotas; em seguida, o Tigre jogará dois jogos em casa, que estará cheia em cenário de vitória sobre o Brasil de Pelotas e sobre o Figueirense no primeiro jogo do Serra Dourada. Na torcida pelo tropeço do rival e concorrente, a tabela é mais difícil. Sampaio Correa, Coritiba, Oeste e Brasil de Pelotas.

Embora o Instituto mineiro tenha lá seus métodos, o futebol frequentemente não os obedece (nossa torcida nunca o faz), então a lógica e a razão têm sua utilidade lúdica, mas nada mais que isso. As conjecturas e as previsões ficam nos bares e redes sociais. A esperança, muito maior que 18.4%, fica no espírito da torcida e nas arquibancadas que abrigam uma torcida 100% comprometida com o Vila.

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Com a vitória sobre o Boa Esporte e sobre o Juventude, ambos no estádio Serra Dourada, o torcedor vilanovense está mergulhado em números, estatísticas e previsões acerca de inúmeros jogos. O sonho do acesso está vivo e o torcedor distribui suas emoções entre duas instâncias metafísicas: um passado cruel e um sonho que, depois de tanto tempo inalcançável, é inadiável.

Nos anos de 2008 e de 2017 o torcedor vilanovense foi iludido com possibilidades de acesso à primeira divisão do campeonato brasileiro. Em ambos os campeonatos tínhamos equipes com talento suficiente para atingirmos este objetivo. Então o ceticismo é inevitável.

Porém, o sonho balizado pelo ceticismo deixa todos embriagados. É impossível não sonhar. A tabela do Vila é relativamente fácil e os demais times pleiteando o acesso irão se enfrentar. Na próxima rodada, por exemplo, caso o Vila ganhe ele volta ao G4 independente dos resultados, pois Goiás e Avaí se enfrentam, tendo 3 resultados possíveis: empate, então o Vila passaria o Avaí; vitória do Goiás, então o Vila também passaria o Avaí; e vitória do Avaí, situação em que o Vila passaria o rival. Os inúmeros fatores conspiram para o Vila.

Até mesmo a evolução do time nos últimos jogos. Hemerson Maria passou a jogar no 442, reiventando seu sistema e curando problemas ofensivos que minaram vitórias essenciais. Com a mudança o time conseguiu superar a fragilidade diante times retranqueiros, problema que custou muitos pontos e uma classificação para a Copa do Brasil. A bola aérea continua sendo o maior defeito, mas já não é um pesadelo tão grande. No ano passado a diretoria teimou em não contratar atacantes na reta final, uma ideia imprudente; esse ano contratou mais de 3 durante o segundo turno. Estes, quando falham, podem contar com o refino técnico de Alan Mineiro, artilheiro da equipe. Tecnicamente, a equipe é sóbria e conseguiu acompanhar as evoluções do campeonato.

O momento não é adequado nem para fatalismos e nem para ilusões. É, na verdade, um momento de luta incondicional por parte de todos os membros que, comungados, resultam na instituição Vila Nova Futebol Clube: diretoria, jogadores, funcionários e torcida. Nós torcedores não devemos focar em previsões, sonhos ou pesadelos. Devemos apenas fazer nossa parte, levando em conta que acreditar não é apenas um direito, mas um dever. Devemos fazer o que estamos fazendo há muitas rodadas, isto é, invadir o coliseu do cerrado (vulgo Serra Dourada) e inspirar a equipe à vitória. Vamos juntos fazer história.

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Sob o signo da arbitragem da grande CBF, o Vila Nova empatou mais uma partida e aumenta o pessimismo em relação ao acesso. Está fora do G4 e mais de uma vitória distante. Os dois pontos perdidos seriam fundamentais em eventual acesso.

Deve-se apontar para a arbitragem, pois esta vem sido uma catástrofe já há 5 jogos. Não se trata de uma conspiração contra o Vila, obviamente. Mas este deveria mostrar força nos bastidores para exigir árbitros que saibam do que se trata o esporte que estão apitando. E a CBF deveria treinar melhor seus árbitros, medíocres e justamente criticados em todas as divisões do campeonato brasileiro, campeonato que constantemente atrapalham com suas infinitas interferências.

O Atlético foi prejudicado também. Fez um gol regular, que foi anulado por uma bandeirinha despreparado. Em compensação, foi agraciado com dois pênaltis: o primeiro, quem agraciou foi o zagueiro colorado, Wesley Matos, em uma imprudência enorme, infantil e revoltante com quem está torcendo para o time. Este senhor fez um pênalti desnecessário, de forma violenta, em uma situação não perigosa. Que tome tendência. O segundo pênalti foi cortesia do juíz. A bola bate no rosto do ilustre zagueiro supracitado e o juiz vê toque de mão.

Foi positivo o Vila mostrar força de reação. Mas é desanimador os fatores externos ao jogo persistirem a assombrar tanto o Tigre. Desta forma, será difícil. Como sempre é. Contra tudo e contra todos, Vila que segue.

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Nesta sexta o estádio Serra Dourada foi palco de Vila Nova x Guarani. No começo do primeiro tempo, em uma partida esquentada, o estádio sofreu um apagão. Assim como o elenco do Vila Nova. A torcida, linda como sempre, fez a festa mesmo diante aquela situação escandalosa com quem pagou para ver um jogo (no concreto duro, na chuva e no escuro). Quando a energia voltou, porém, quem fez festa foi o Guarani.

Até poético a ressonância entre os refletores do estádio e a equipe. O Vila Nova voltou do apagão totalmente acovardado. Não vencia nenhuma disputa de bola, terrestre ou aérea. Chegava ao ataque com cruzamentos para uma área vazia, as vezes com um jogador no meio de 5 do Guarani. Sem conseguir criar, vencer disputas de bola ou ganhar espaços, o fatal aconteceu.

Como não surpreende a ninguém, o gol foi de bola aérea. Creio que escrevo há mais de 9 meses neste site sobre o Vila Nova. Nunca fiquei mais de duas semanas sem lamentar o quanto a equipe de Hemerson Maria é hilariante em bola aérea. Não apenas na defesa, como no ataque. Torcedor nenhum se surpreende quando, em um cruzamento, o atacante prefere torcer para o zagueiro falhar do que buscar a bola lá em cima. Agora, todos os torcedores se surpreendem e muito em lances como o gol e a bola na trave de Geovane, ambas de bolas aéreas. Seria o caso do Tigre da Vila continuar essa série de surpresas. Nem que acontecessem cinco vezes por jogo o torcedor deixaria de ficar surpreso.

No segundo tempo, a situação se inverteu. O colorado goiano foi pra cima, se impôs na defesa e foi ofensivamente forte, buscou a virada. A torcida sequer teve coragem de vaiar. Mesmo assim, mais uma vez, saímos do estádio com um empate nas mãos. Mais uma vez, saímos do estádio comentando com qualquer desconhecido como seria o futuro se o passado tivesse sido diferente. Mais uma vez, amparamos a nós mesmos fantasiando com um lugar onde a cabeçada não bateu na trave, o chute do Geovane foi um pouquinho mais alto,  o Elias não foi bloqueado. Mais uma vez,  restou à torcida um passado possível, um futuro inexistente e uma certeza inquestionável: no próximo jogo, faremos a mesma coisa se for necessário. E para sempre vai ser assim. Quando o mundo se colocar contra nós, estaremos com o Vila, independente do mundo.

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A expectativa sobre o Vila Nova nos últimos dois jogos era a conquista de pelo ou menos 2 pontos (2 empates). Enfrentou o vice-líder (na época do jogo) e o líder, ambos fora de casa. Logo, seria perfeitamente normal sair sem vitórias. Conseguiu sair com 3 pontos, vencendo o CSA e, na última sexta, perdendo de 2×0 para o Fortaleza. Por mais que a situação seja razoável e esperada, tendo em vista a qualidade da equipe liderando o campeonato e a circunstância do confronto, a sensação é de decepção. O elenco volta à Goiânia espoliado. Explico.

É certo que o Tigre da Vila não merecia ganhar o jogo, mas o placar de 2×0 é desequilibrado. Tudo bem, normal e de pouca relevância. Na derrota destacam-se outros fatores preocupantes, como a expulsão de Gastón. O lateral tem um histórico de fazer faltas desnecessárias e perigosas, algo que já deveria ser corrigido. Acabou levando às últimas consequências a sua imprudência e foi expulso, minando a defesa colorada e desfalcando para o próximo jogo. O lado positivo é que o reserva, Hélder, tem toda a capacidade de substituí-lo (alguns até defendem substituição perpétua). O lado ruim é que foi suspenso. Dois desfalques na mesma posição, em um jogo cujo empate era uma possibilidade real. Não há alegria nisso, independente da manta cética utilizada.

Pelo ou menos são 3 jogos seguidos em Goiânia. Pode não ser muito: um não contará com o apoio  da torcida (mando do Atlético e torcida única), porém o desgaste de viagens por um país continental é grande, e bom de evitar. O elenco tem capacidade de vencer todos os confrontos. Aliás, é capaz de vencer qualquer time na competição (não venceu o Fortaleza em nenhum dos turnos, mas se trata de possibilidade, isto é, capacidade técnica). Falta pouco para engrenar em vitórias. Provavelmente um conjunto de variáveis aleatórias que ninguém no futebol é capaz de dominar. A esperança é os outros adversários partilharem desta ignorância supostamente metafísica.

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Na última sexta-feira, dia 21, o Vila Nova teve uma derrota depois de sete partidas sem derrota: 2 x 0 para o Fortaleza, os donos da casa na Arena Castelão. Após a partida, o comportamento da arbitragem foi bastante comentado, inclusive pelo técnico colorado.

O placar negativo para o time esteve associado aos lances que acarretaram na expulsão de Gastón Filgueira. O lateral-esquerdo levou dois cartões amarelos, um no início do jogo e outro no segundo tempo. O primeiro foi bastante questionado se realmente foi necessário, inclusive pelo técnico Hemerson Maria. E com um jogador a menos, o time seguiu em desvantagem durante a partida.

Aos 37 do primeiro tempo, o Fortaleza marcou um pênalti após uma finalização realizada por Helder, do time adversário, o que acarretou em mais um cartão amarelo para ele. O Vila Nova, com muita luta, tentou realizar um empate. Porém, no final do segundo tempo Éderson fez o gol da vitória para os donos da casa.

E com a expulsão de Gastón e o amarelo levado por Helder, os dois ficam fora do jogo seguinte. O time colorado que ocupa a sétima posição na série B, somando um total de 43 pontos. O mesmo tem a chance de melhorar sua posição na sua próxima partida: que é jogando em casa na próxima sexta-feira, dia 28, contra o Guarani.

(Foto: Xandy Rodrigues)

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Pela primeira vez na era Hemerson Maria, o Vila Nova venceu um jogo de virada. O feito inédito não poderia vir em momento melhor, quando o time era uma incógnita. Há muitas dúvidas quanto a este elenco, mas é inegável sua capacidade de surpreender o torcedor.

Basta analisar as vitórias contra o Goiás e o CSA. O rival tem, provavelmente, o melhor elenco do campeonato, estava em franca ascensão, disputando liderança: o Vila Nova conseguiu reverter as probabilidades;  venceu uma equipe superior à sua por três gols de diferença. O time do CSA também estava em ascensão, em lua de mel com a torcida que fez recepção no aeroporto e lotou o estádio, jogando em casa, disputando liderança: o Vila Nova foi novamente caridoso com o líder Fortaleza, seu próximo adversário, e impediu a festa do time alagoano, líder caso vencesse. Ambos os jogos teriam  em um empate saldo positivo. Para a alegria do torcedor, a expectativa foi superada.

Finalmente, certos tabus estão sendo quebrados. As vitórias em casa estão acontecendo e o ataque demonstra poder de reação, Istoé, as duas maiores preocupações do campeonato vão sendo diluídas aos poucos. Contra o CSA, o normal seria a equipe colorada adotar postura defensiva. Atitude prudente, pois era um jogo contra um adversário em boa fase jogando em seu próprio campo. Contrariando seus precedentes táticos, Maria armou o time sem prejudicar o poder ofensivo. Antes e depois de sofrer o primeiro gol, o colorado goiano pressionou a defesa do azulão. A fatalidade do primeiro gol veio após uma sucessão de erros do visitante muito bem explorados pelo mandante. Não comprometeu a defesa, que voltou melhor. O que é esperado da melhor defesa do campeonato. O sucesso veio do equilíbrio encontrado por Hemerson entre ataque e defesa. Na verdade, em larga escala, o sucesso tem outro autor neste jogo.

O atacante Rafael Silva, contratado 5 dias antes do confronto, entrou pouco depois dos 10 primeiros minutos do segundo tempo, no lugar de um irreconhecível Alex Henrique. Com a camisa 19, o atacante empatou o jogo após passe de Wellington Reis e falha clamorosa da defesa adversária. Depois do gol, não protagonizou muitas chances, até sua hora e vez, aos 45 minutos do segundo tempo. Arroncou do meio de campo até a lateral da área, escoltado durante toda a corrida por dois marcadores mais lentos, e empurrou a bola com habilidade na bochecha da rede.

Com o resultado, o Tigre da Vila está de volta ao G4, mas sua permanência depende do resultado entre Atlético e Goiás. Isto é, de vitória do Atlético. O torcedor cético torna a se entregar à fé auto-realizavel chamada acesso, cada vez menos longe, mesmo que ainda distante. Temos o direito de torcer, junto com o dever de sempre acreditar.

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