No dia 13 de novembro o lateral-esquerdo Héracles anunciou de forma oficial a sua aposentadoria dos gramados. Revelado pelo Atlético Paranaense, o agora ex-jogador também atuou por Avaí, Joinville, JMalucelli e Ypiranga-RS, além das seleções brasileiras de base. Desde 2013, o defensor vinha enfrentando sérias lesões que prejudicavam o seu desempenho dentro de campo. Por isso, resolveu dar um ponto final na sua carreira aos 26 anos de idade.

Exatamente um mês após ”pendurar as chuteiras”, Héracles ressalta a sua alegria com o carinho recebido, tanto de torcedores como de ex-colegas de profissão. ”Fiquei muito feliz com a repercussão da minha aposentadoria. Recebi muitas mensagens nas minhas redes sociais, tanto de torcedores como de ex-companheiros de equipe e dirigentes. É muito bom ser lembrado pelo que fiz no futebol e perceber que de alguma forma eu deixei um legado neste período em que atuei”, disse o ex-jogador.

Além da lembrança por parte dos torcedores e profissionais das equipes onde atuou, Héracles também agradece o apoio recebido pelos clubes por onde passou. ”Os próprios clubes em que atuei também se manifestaram após o anuncio da minha aposentadora. Sou muito grato a essas equipes, que tanto contribuíram para a minha evolução pessoal e profissional. Gostaria de agradecer a todos pelas mensagens de apoio e dizer que sigo na torcida por cada uma dessas camisas”, concluiu.

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Gottfried Antônio Goltz nasceu no 16 de janeiro de 1991 na cidade de Três Passos-RS. Foi revelado no Vasco da Gama e possui passagens por Icasa, Aris Limassol (Chipre) e Sampaio Corrêa. Atualmente está no Ypiranga de Erechim. Conhecido e reconhecido pela sua altura (2,04 m) e agilidade

1- Teve passagens por dois grandes do país na base (Grêmio e Vasco). Sendo destaque e vencendo o Brasileiro sub-20, para ti foi um divisor de águas esse campeonato? Por quais motivações não conseguiu atuar pelo profissional do Vasco? Atuou pelo Vasco da Gama Sines (Portugal), existe alguma relação entre o clube brasileiro e o europeu ou é somente o nome? Como foi a experiência em terras lusas?

R: Joguei por cinco anos no Grêmio foi o clube que me formou para o Futebol, em 2009 fui para o Vasco, cheguei no juniores aonde conquistamos Copa OPG e o Campeonato Carioca da categoria (juniores) tínhamos um grande time, no final de 2009 subi para o profissional do Vasco, na época treinado pelo Dorival Júnior, os goleiros eram Fernando Prass e Tiago, treinador de goleiro era Carlos Germano, foi um grande aprendizado para mim, porém logo em seguida o Vasco fez uma pareceria com Vasco da Gama de Sines (Portugal), na época o pessoal conversou comigo sobre a possibilidade de me emprestar, pois como eu era novo seria bom pra mim, onde iria jogar eu aceitei. Foi uma experiência muito boa, tinha 19 anos joguei por dois ano lá emprestado pelo Vasco, aonde aprendi muito tanto dentro como fora de campo.

2- Atuou por Novo Hamburgo, 15 de Novembro-RS, CRAC-GO e Juventus Jaraguá-SC. Descreva suas passagens por essas equipes? Consegue diferenciar o futebol no interior do Rio Grande do Sul e do Santa Catarina? Podes dizer que é mais cômodo para ti atuar em clubes do seu estado de nascimento? Qual desses times pode daqui há algum tempo surpreender e ascender a maiores divisões?

R: Em 2012 encerrou meu contrato com Vasco, tinha possibilidade de voltar para Portugal, no entanto acabou não dando certo, fui para o Novo Hamburgo aonde fiquei até 2014, depois rodei por outras equipes de RS e SC, na época optei por ficar pelo sul, eram equipes de boa estrutura, e que davam boas condições de trabalho e o estilo de jogo no Sul bem parecido um futebol mais pegado de força, mas de qualidade também.

3- Vestiu as camisas de Sampaio Corrêa, Icasa-CE e Coruripe-AL. Como foram as experiências no futebol nordestinos? Quais os principais momentos nestes clubes? Poderia comentar sobre a estrutura e a torcida de ambas as equipes? Por qual motivação, o Icasa está em uma fase péssima de sua história, já percebia isso na época que atuou em Juazeiro?

R: Gostei muito de jogar no Nordeste, 2014 no Sampaio, 2015 Icasa e 2016 Coruripe, todas equipes de grande torcida, tem crescido e evoluído muito o futebol no Nordeste, agora com a copa do nordeste os clubes valorizam muito o estadual para conquistar essa vaga, além de a competição ser muito organizada, tive uma passagem de muito destaque pelo Coruripe, clube muito organizado e boa estrutura, tínhamos um time forte e graças a Deus tive atuações de destaque nas competições que disputei pela equipe. Minha passagem pelo Icasa foi rápida, porém o clube já estava numa situação difícil, é um clube de tradição porém nos últimos anos as coisas não tem corrido bem.

4- Atuou no Aris Limassol (Chipre) e teve sequência no clube. Por quais motivos conseguiu o destaque no futebol cipriota? Fale sobre a evolução do país no cenário europeu? Fostes anunciado para este ano no Ypiranga de Erechim-RS. Os objetivos principais é o acesso a primeira divisão gaúcha e a segunda divisão nacional?

R: Depois que sai do Coruripe recebi uma proposta do Aris Limassol, foi uma grande experiência pra mim, clube da 1ª divisão do Chipre com ótima estrutura, fiz grande jogos atuando pelo Aris, tive propostas de outras equipes, porém por motivos particulares não pude voltar nesse momento, o Chipre é um ótimo país para se viver e tem evoluído muito no futebol, sinal disso e as constantes idas do Apoel para Champions League. Acertei com Ypiranga de Erechim nessa temporada, estou muito feliz aqui, um clube de muita tradição e que nos últimos anos tem ganho espaço no cenário nacional, nossos principais objetivos são colocar o clube de voltar a primeira divisão estadual e consequentemente tentar o acesso a Série b do brasileiro, com certeza se conseguirmos atingir esses objetivos será um grande feito.

5- Muitos atletas têm o artifício da dupla cidadania, para conseguir ingressar em um novo país ou até mesmo atuar pela seleção nacional. Tens a possibilidade de obter a cidadania alemã, se fosse convidado a vestir a camisa da Seleção da Alemanha, você aceitaria e por qual motivo? De onde vem a sua relação com este país?

R: Tenho a possibilidade de ter a cidadania alemã, porém e muito difícil pelo fato de não ter os documentos necessários do meu bisavô que veio da Alemanha na primeira guerra mundial, a minha família veio da Alemanha, nasci no Brasil e até hoje na casa da minha vó se fala mais alemão do que português.

6- Tens 2,04 metros de altura, sendo um dos maiores arqueiros do mundo. Para você isso facilita nas defesas ou aumenta o interesse das pessoas em conhecer seu trabalho? Como foi o seu crescimento durante o início da sua vida? A altura foi primordial para que se aventurasse como goleiro?

R:  Sou de uma família de estatura alta e desde jovem sempre quis ser goleiro, minha altura me ajuda muito dentro de campo, um chute mais bem colocado pela minha envergadura consigo chegar na bola, mesmo sendo um goleiro alto, sempre fui muito elogiado pelos preparadores de goleiro com quem trabalhei pela minha agilidade que é algo que treino muito.

7- Sabemos que retornou ao país há pouco tempo, porém perguntamos se teria algum interesse no futuro em disputar uma liga em crescimento, como a MLS ou as dos países do Oriente Médio, ou até vestir a camisa de um clube do leste europeu?

R: No momento estou feliz aqui no Ypiranga, focado para conquistarmos os objetivos traçados para temporada, muitos mercados tem crescido muito especialmente na Ásia, se futuramente aparecer algo para fora do país vou analisar e quem sabe volte, porém no momento quero continuar no Brasil.

8- Uma mensagem para os leitores e colunistas do site http://mercadodofutebol.net.br ?

R: Quero deixar um grande abraço a todos que torcem e acompanham minha carreira em especial a todos os seguidores do site Mercado do Futebol.

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Héracles Paiva Aguiar nasceu na cidade de Caucaia-CE no dia 18 de setembro de 1992. Lateral-esquerdo revelado pelo Clube Atlético Paranaense e com passagens por Joinville e Avaí, atualmente veste a camisa do Ypiranga de Erechim. 

1- Nasceu no dia 18 de setembro de 1992 na cidade de Caucaia-CE. Nunca atuou em um clube do seu estado profissionalmente (na base atuou por Fortaleza e Uniclinic), se tivesse oportunidade, atuaria por alguma equipe em específico? Saberia informar sobre a retomada do time profissional do Caucaia Esporte Clube?

R: Não tenho nenhum especifico, atuaria em todos! Não tenho muito contato em Caucaia, apenas nasci lá, mas sempre morei em Fortaleza.

2- Foi revelado pelo Clube Atlético Paranaense, atuando pelo time de base e o profissional. Para você, qual o segredo para que o clube revele tantos bons atletas? Como foi atuar profissionalmente pela equipe? Aborde sobre o atual momento do time?

R: O grande investimento e principalmente o envolvimento de profissionais muito capacitados. Fazendo com que o CAP seja cada vez mais forte na base. Pra mim foi uma alegria muito grande me profissionalizar no clube que foi minha casa. Levo comigo grandes aprendizados do Atlético. Atualmente o Furacão está num processo de transição, deixando de investir em estrutura para investir em material humano. Mas creio que em pouco tempo o Atlético Paranaense vai estar brigando por títulos grandes.

3- Atuou por duas equipes de Santa Catarina, o Avaí e o Joinville. Definam a estrutura e a torcida de ambas as equipes? Por que uma equipe está na Série A e a outra na Série C, seria organização?

R: A estrutura das duas equipes são muito boas. Nos dando totais condições de fazermos um bom trabalho. As duas torcidas também são bem presentes. Acredito que a diferença está na administração.

4- Em 2013, aconteceu um lance que mudou sua história, na Série B com o atleta Graxa, do Bragantino. Na hora da lesão, o que você pensou? Você falou depois com o jogador que lhe lesionou? Como foi a sua recuperação? Qual foi a sua sensação ao retornar os gramados tempos depois?

R: Na verdade fui tomando conta da realidade da situação dia após dia. Falei com ele sim e está tudo certo. Minha recuperação foi muito bem feita pelos profissionais do CAP e pela equipe do Drº Rene Abdalla. A minha volta aos gramados foi outro momento de muita alegria.

5- Nesse ano, atuou pelo JMalucelli-PR (anteriormente Corinthians-PR). A equipe estava bem, ficando abaixo somente dos três maiores clubes do estado na primeira fase, no entanto houve uma escalação irregular e o time foi rebaixado para à segunda divisão. Qual foi a sua sensação após a punição a equipe? Como foi a repercussão na cidade (Curitiba) e entre os torcedores sobre o caso?

R: Foi uma grande decepção para todos, pois o trabalho estava sendo muito bem feito, mas foi interrompido.

6- Chegou ao Ypiranga de Erechim para a disputa da Série C. Como foi a reestruturação da equipe depois do rebaixamento da equipe no estadual? Quais são as perspectivas para este campeonato?

R: Mudou muita coisa, chegaram muitos jogadores novos. Agora o clube vive outro momento, estamos vivos pela briga para classificação para o mata mata e subirmos para Serie B.

7- Você fez excelentes trabalhos nos clubes brasileiros, porém nunca chegou a vestir a camisa de um clube estrangeiro, sentiu alguma falta de experimentar culturas e modos de jogar diferentes dos praticados do país?

R: Tenho bastante vontade de ter uma experiência internacional, mas acredito que vai acontecer no momento certo.

8- Uma mensagem aos leitores e colunistas do site mercadodofutebol.net.br?

R: Agradeço a todos envolvidos com a página Mercado do Futebol pela entrevista e por nos manter atualizados com as noticias do futebol. Grande abraço.

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