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Ídolos Celestes: Alex, o gênio da meia-cancha
- Updated: 24 de novembro de 2016
Alexsandro de Souza ou somente Alex, nasceu na cidade de Curitiba, no dia 14 de setembro de 1977, atuou na equipe em 2001 e entre o meio de 2002 a 2004. É ídolo e será sempre lembrado pela torcida cruzeirense.
Primeiro ano:
Em 2001, após passagens marcantes pelo Palmeiras e uma ida rápida ao Flamengo, o comandante Alex desembarcou em Belo Horizonte para vestir a camisa do Cruzeiro. Foram no total de vinte partidas e quatro tentos em sua primeira passagem, não deixou saudades, além disso teve uma polêmica ao ser dispensado pelo então técnico Marcos Aurélio, por telefone, com a alegação de que estava acima do peso ideal. Apesar do Campeonato Brasileiro abaixo da expectativa, o atleta mostrava potencial e deixou sua marca, nos jogos contra o Coritiba (seu clube de infância), Santos e dois gols contra o Atlético Mineiro, no clássico, no dia 6 de outubro, pelo placar de 2 a 2, sua primeira despedida foi no jogo contra o Palmeiras, na vigésima sexta rodada do campeonato nacional.
Retorno em 2002 e Consagração em 2003:
Após atuar novamente com a camisa palmeirense e pelo Parma, da Itália. O caminho de Alex voltava a Minas Gerais, agora para a consagração eterna nos corações celestes, retornou para o Brasileiro de 2002, ainda com um futebol tímido que aos poucos iria se aperfeiçoando e traria frutos no ano seguinte. Foram 14 embates e 2 gols, contra o Juventude, vitória por 2 a 1 e Grêmio, triunfo por 3 a 2.
O ano de 2003 era promissor, o elenco contava com excelentes atletas: Gomes, Maicon, Luisão, Cris, Maldonado, Deivid, Aristizábal e Mota, todos sendo orquestrados pelo meia Alex e treinados por Vanderlei Luxemburgo. Diferente dos outros anos, o atleta teve a oportunidade de iniciar o ano e atuou de forma magnífica, sendo 62 jogos e 38 gols. Nos seis primeiros embates, seis gols, contra Caldense, Social, Villa Nova e Atlético Mineiro (duas vezes, confirmando sua tese de jogar bem em clássicos) pelo Campeonato Estadual e Rio Branco, do Espírito Santo pela Copa do Brasil.
O Talento Azul continuou sua saga de fazer gols e assistências, emplacando 8 gols em 4 jogos seguidos, URT e Tupi com três tentos, além do título estadual sobre o Atlético Mineiro e no Brasileiro, dois gols contra o São Caetano (um deles, dominando a bola no peito na entrada da área e encobrindo o goleiro) e São Paulo. O campeonato prosseguia e os gols saíam, duas vezes contra o Goiás, Atlético Paranaense (pelo Brasileiro) e Vasco (pela Copa do Brasil).
Aquela máquina de gols e vitórias conquistadas não parava de impressionar o país. Na vigésima nona rodada de 46, já havia uma certa vantagem cruzeirense na tabela, mesmo assim a equipe e Alex não descansaram e o show teve continuidade. Iniciando com três gols contra o Guarani (primeiro hat-trick no clube) e dois gols no Atlético Paranaense (afirmando sua autoridade contra este clube). No jogo de número 44, o Cruzeiro já era campeão brasileiro há algumas rodadas, entretanto queriam chegar aos 100 pontos, para isso tiveram que vencer seus últimos dois jogos e Alex brilhou neles.
Na penúltima rodada, o Fluminense em casa e 5 a 2 no placar, Alex fez dois gols, um deles antológico, dominou a bola, fora da área, fingiu que ira soltar a bomba, no entanto deu um toque de cobertura por cima do goleiro. No confronto final, o Bahia e Alex só não fez chover na Fonte Nova, cinco gols e melhor atuação com a camisa celeste, um impiedoso 7 a 0 sobre o tricolor baiano no dia 14 de dezembro (gols aos 13, 16 e 38 do primeiro tempo e 21 e 33 do segundo tempo). Na Copa do Brasil, a tríplice coroa, na final, o Flamengo, primeiro jogo no Rio e gol de letra, empate importante, no segundo jogo, a confirmação do troféu com uma vitória de 3 a 1.
- “Quando o time entrava em campo já sabíamos que iríamos ganhar devido ao empenho dos jogadores. Não era salto alto, era simplesmente confiança no trabalho realizado por todos” Alex
Final da era em 2004:
Todos os objetivos foram alcançados em 2003, porém Alex queria se despedir com dignidade e o fez exemplarmente. Foram 22 partidas e 19 tentos, além da conquista do Campeonato Mineiro. No Estadual fez gol contra o Guarani de Divinópolis, o América Mineiro (4 gols em 3 jogos), o Rio Branco de Andradas (dois gols), o Atlético Mineiro (dois tentos em duas partidas, um deles na partida da final), o Mamoré (três gols), o Social e o Villa Nova. Na Libertadores foi importante, porém a equipe ficou nas oitavas-de-finais.
Na primeira fase, gol contra o Caracas, na vitória por 3 a 1 e contra o Universidad de Concepción, do Chile. No duelo contra o Deportivo Cali, da Colômbia, uma derrota por 1 a 0 e uma vitória por 2 a 1, com gol de Alex, mesmo assim, eliminação pelo gol fora de casa. A sua despedida foi no Brasileiro, foram 5 gols e gols contra o Goiás e o Palmeiras, em sua despedida do clube no dia 16 de maio.
Alex atualmente:
Alex está sendo muito atuante, mesmo após a aposentadoria, participando de um canal no Youtube, o Desimpedidos (onde falou sobre suas passagens pelo Cruzeiro) e trabalhou no canal fechado ESPN, no programa Linha de Passe. Sua despedida oficial foi contra o Bahia, no dia primeiro de dezembro de 2014, na época estava no Coritiba e sua despedida extraoficial foi em um amistoso no dia 27 de junho de 2015, o time campeão em 2003 contra o time de ídolos com a camisa celeste, o placar foi de 6 a 2 para o elenco de 2003.
Ao grande Alex, o nosso reconhecimento, tanto da torcida cruzeirense, como do futebol brasileiro, que assistiu um dos últimos gênios da meia-cancha em atividade. Uma habilidade e respeito a camisa, como pouco se acha no país atualmente.
- Obrigado ao futebol por tudo que me ofereceu. Mas chegou ao fim minha carreira! Mais uma partida domingo para eu comemorar no Couto Pereira! Obrigado a todos os torcedores que sempre me trataram muito bem. Obrigado Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e Fenerbahçe!