Célio Amorim roubou… a cena
- Updated: 4 de abril de 2016
O Figueirense não conseguiu a quarta vitória seguida e deixou escapar a chance de chegar próximo da liderança do Campeonato Catarinense. Após o empate com a Chapecoense por um a um, o alvinegro possui apenas chances matemáticas e bastante remotas de chegar às finais do campeonato.
Célio Amorim foi o nome do jogo. Não, ele não é jogador de nenhuma das equipes, sendo assim, ele não tinha – pelo menos em teoria – como ser o destaque do jogo. Mas foi. O árbitro roubou a cena quando ainda no primeiro tempo contestou a marcação de seus auxiliares em três lances. E nessas três oportunidades Amorim errou. Até então não seria ele o destaque do jogo, pois Bady acertara um belo chute de primeira abrindo o placar para o Figueirense, o que deixava em segundo plano os erros da arbitragem. Mas o pior ainda estava por vir.
Em um lance claro de impedimento, Bruno Rangel fez um corta luz, participando da jogada, e a Chapecoense empatou a partida. O bandeirinha ainda hesitou em correr para o centro do campo, mas Célio Amorim estava impossível nesta tarde de domingo e tomou novamente a responsabilidade para ele, confirmando o gol irregular.
A continuidade de erros da arbitragem – ao contrário do jogo contra o Criciúma – desestabilizou o Figueirense que pouco produziu no restante do jogo. Mesmo terminando com dois jogadores a mais em campo, o Alvinegro foi incompetente e não conseguiu transformar a vantagem numérica em domínio de jogo.
O técnico Vinicius Eutrópio mais uma vez investiu no estilo de jogo “bumba meu boi”, colocando vários atacantes em campo e poucos ou nenhum meio campista para levar a bola ao batalhão de atacantes alvinegros. O técnico inclusive recebeu uma sonora vaia da torcida ao retirar Bady de campo e colocar o jovem Dodô. Para aliviar a pressão do torcedor, Eutrópio explicou que Bady sofrera uma contusão e teria pedido para sair (confesso que não vi tal situação, inclusive o jogador saiu de campo sem mancar ou até mesmo levar a mão à perna).
Ficou claro o descontrole e o nervosismo do time Alvinegro. Os jogadores confundiram velocidade com presa e o resultado foi a falta de organização e efetividade nas jogadas. Nos restou aplaudir a vontade e dedicação dos jogadores em vencer o jogo. Raça e disposição não faltaram!
Devemos aplaudir também a organização da Chapecoense, que foi superior taticamente e mereceu sair com o resultado que lhe interessava. O time da Chapecoense cresceu após a primeira expulsão, ao contrário do que se imaginava, e dominou a partida até 20 ou 25 minutos do segundo tempo. O time do Oeste foi melhor em campo, mais organizado, mais equilibrado e mesmo com as expulsões não apresentou dificuldades em manter o empate.
O Figueirense enfrenta o rival, em casa no próximo domingo. “Clássico é um campeonato à parte”, como disse o técnico Vinicius Eutrópio na coletiva de imprensa após o jogo e o torcedor concorda com isso. A torcida alvinegra não espera nada menos que a vitória sobre o time azul e branco do outro lado da ponte. Quem sabe conseguimos terminar com honra esse campeonato e afundar de vez o rival que ainda não pontuou no returno do campeonato e se encontra a 3 pontos da zona de rebaixamento.
Pra cima deles FIGUEIRA!
Fotos do Jogo, por Rodrigo Diniz Maciel: