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Clássico Manezinho: O Clássico Raiz de Santa Catarina

 

O único e verdadeiro Clássico de Santa Catarina ocorrerá às 21h45min desta quarta-feira (22), na Ressacada. Avaí e Figueirense se enfrentam com realidades bem distintas. Enquanto o Avaí navega em mares tranquilos, apenas aguardando a definição de quando conquistará o primeiro turno, o Figueirense busca um recomeço, uma esperança, um “time”, um padrão e um sistema de jogo vitorioso para tentar conquistar o segundo turno.

Apesar dos contrastes visíveis, não podemos desprezar o que é esse clássico em sua essência. Avaí x Figueirense é um clássico raiz! Não é um clássico Nutella como outros “clássicos” entre cidades de Santa Catarina. Assisti muitos clássicos entre os dois clubes e o que posso garantir é que não faltará suor e sangue! Cada disputa de bola nesse clássico é sempre uma batalha para vencer a guerra.  Expulsões são muito comuns nesse jogo de alta rivalidade! Quando se encaram, extrapolam os limites da razão e mergulham na emoção contagiante da torcida. Ao vencedor será destinada a glória e ao perdedor caberá o choro do sabor da derrota que ficará amargurada e marcada até a realização do próximo clássico. No Mercado Público de Florianópolis, os torcedores comentarão entusiasmados o pós-jogo e começará a zoeira na quinta-feira que permanecerá até terminar o carnaval.

Lado favorito

A torcida avaiana espera a dança do irreverente Denilson. O atacante, artilheiro do campeonato catarinense, costuma dançar para comemorar os seus gols. Além de Denilson, destacam-se o veterano Marquinhos Santos, que apesar da pouca mobilidade é perigoso nas cobranças de bola parada e o lateral esquerdo Capa que é o desafogo do time avaiano e vem participando da maioria das jogadas de perigo. Mas, o ponto forte do time azul e branco realmente é a defesa equilibrada e segura, graças ao zagueiro Betão – Ex Corinthians que comanda as ações defensivas com muita liderança.

Lado Alvinegro, a surpresa

Dizer que o Figueirense é uma zebra é um exagero! Mas, realmente o time não está conseguindo evoluir na temporada e enfrenta um time entrosado e organizado. O que coloca o tempero para equilibrar a partida pode estar ligado a liderança e a motivação do técnico Márcio Goiano, conhecedor profundo do clássico. A estreia de um novo treinador sempre cria uma sensação de oportunidade para jogadores que querem mostrar serviço ao chefe. Vencer o clássico trará ao time um clima mais tranquilo e muito mais positivo para enfrentar o segundo turno e posteriormente a série B 2017. As esperanças do alvinegro dentro de campo estão nos pés de Anderson Aquino e Bill, definidores por excelência que não estão acertando o alvo, porém, comprovadamente, possuem o chamado “faro de gol”.

Arbitragem

Héber Roberto Lopes apitando o clássico, quase sempre é garantia de disciplina. Os jogadores respeitam muito o experiente árbitro que mesmo quando erra não é se deixa pressionar.

O Jogo

Espera-se um Avaí partindo para cima tentando definir o jogo e um Figueirense não deixando o time avaiano jogar nos primeiros minutos. O alvinegro, que poderá guardar algum tipo de surpresa na escalação, deverá tentar segurar o jogo e conseguir o mínimo de posse de bola, priorizando as bolas aéreas e tentando surpreender no contra-ataque, aproveitando os espaços deixados pelas laterais. Acredito em uma forte marcação no meio-campo pelo lado do Figueira e uma busca constante de infiltração na área pelo lado do time do Sul da Ilha. Como um bom clássico raiz, o jogo deve ser truncado e não espero espetáculo! Espero muita vontade, poucas falhas e reduzidas chances de gol para os dois lados. Porém, dependendo do aproveitamento, o placar poderá ser maior do que o esperado pelas torcidas! O clássico é surpreendente! Como diz o manezinho de Floripa: “Crássico é Crássico!”

Prováveis Times:

Avaí: Kozlinski; Leandro Silva, Alemão, Betão e Capa; Ferdinando, Judson, Marquinhos e Diego Jardel; Denilson e Rômulo. Técnico: Claudinei Oliveira

Figueirense: Thiago Rodrigues, Dudu, Bruno Alves, Dirceu e Guilherme Morassi; Josa, Ferrugem, Yago e João Pedro; Anderson Aquino e Bill. Técnico: Márcio Goiano.

Texto: Newton Barbosa

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