QUAL O LIMITE DA RIVALIDADE?
- Updated: 2 de fevereiro de 2016
Os clássicos argentinos são os jogos mais fascinantes para os amantes do futebol, mas a rivalidade ainda ultrapassa o bom senso
A temporada 2016 na Argentina começa com jogos e lances truculentos e rivalidades a flor da pele. Boca Juniors, River Plate, Gimnasia e Estudiantes protagonizaram cenas lamentáveis com pancadas, socos e pontapés no Torneio amistoso de Verão.
O primeiro superclássico do ano foi tão violento que até o presidente Macri exigiu punição aos jogadores Osvaldo e Cata Diaz, eles provocaram a torcida do River inflamando ainda mais o clima do estádio.
– Independentemente das várias faltas graves cometidas durante o jogo, que foram oportunamente sancionadas pelo árbitro, preocupam o ministério o tratamento dado pela maioria dos jogadores ao árbitro e particularmente as atitudes dos jogadores Daniel Osvaldo e Daniel Alberto Díaz. Estes últimos são vistos fazendo gestos provocativos na direção dos torcedores adversários, um ato que constitui uma evidente e manifesta incitação à violência, imprópria de um jogador da Primeira Divisão – diz o comunicado emitido pelo governo.
Em outro clássico argentino entre Gimnasia e Estudiantes, a confusão foi maior. Após entrada violenta, o clima fechou entre os jogadores, soco e pontapés foram diferidos sem qualquer tipo de pudor ou remorso e o gramado virou palco de guerra. Os nervos só foram acalmados após a interferência da polícia. O árbitro teve que encerrar o jogo antes do final.
Quem curte o futebol Argentino, curte pela entrega dos jogadores, eles deixam a alma em campo, lutam por cada bola como que se fosse um prato de comida, eles jogam com paixão e isso está faltando no futebol moderno. Mas está na hora deles aprenderem que se entregar de corpo e alma não quer dizer entrar para quebrar um adversário, dar porrada e pontapés ou ofender e incitar violência na torcida adversária. O Futebol moderno é chato, todos concordamos que o futebol clássico era muito mais emocionante, mas nenhum torcedor de verdade sente falta dessas cenas terríveis.
Esperamos que a AFA tome providências e tente solucionar esses inconvenientes, por que o ano só está começando. Teremos muitos Superclássicos pela frente, a festa da torcida e a disputa dentro de campo tem que se resumir ao futebol, senão perde a graça.
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