Os altos e baixos do Santos em 2015
- Updated: 7 de dezembro de 2015
A temporada do futebol brasileiro terminou neste fim de semana. Uma temporada que para o Santos começou de uma forma conturbada, com eleições cheia de desorganização, um rombo nas contas do clube, contratações discretas, de apenas jogadores desconhecidos e apostas em nomes que já se deram bem no clube em outros tempos.
Aos poucos, o time foi se desenhando, iniciando o ano com o técnico Oswaldo de Oliveira. Como os resultados não vinham como a diretoria queria, Marcelo Fernandes, até então auxiliar técnico, assumiu o time e acabou conquistando o título Paulista, dando um animo momentâneo à sua torcida. Veio o brasileirão e a coisa não foi bem assim. O time frequentou a zona do rebaixamento e dava a entender que ali seria seu lugar pelo campeonato inteiro. Mais uma manobra da diretoria e Marcelo Fernandes voltou a ser auxiliar técnico. Alguns nomes apareceram, mas o preferido da diretoria foi Dorival Jr, já conhecido de diretoria pela sua ótima passagem em 2010, na conquista do Paulista e da Copa do Brasil. O time evoluiu, as vitórias começaram aparecer em sequência, e o time começou a escalar a tabela de classificação, chegando na quarta colocação, há 8 rodadas do fim.
Se pelo campeonato brasileiro o caminho foi tortuoso, pela Copa do Brasil a trajetória foi mais empolgante. As vitórias sobre Sport, Corinthians, Figueirense e São Paulo, todas de forma surpreendente, credenciaram o time a chegar a final, contra o mesmo Palmeiras, da final do Paulistão. O resultado positivo contra o rival credenciaria o time a disputar a Libertadores de 2016, e era o principal objetivo do time naquele momento. Porém, bem na hora de carimbar o ano, com um título nacional e passaporte garantido para o torneio intercontinental de 2016, o time sucumbiu e perdeu nos pênaltis um título que era dado por todos como certo. Por fim, a temporada terminou da pior forma, sem o título e sem a vaga da Libertadores e em 7° lugar no Brasileirão.
Se serve como consolo, fica o título paulista e um fato inédito no futebol brasileiro, pela primeira vez um time consegue a tríplice artilharia na temporada, com Ricardo Oliveira sendo artilheiro do Paulista com 11 gols, do Brasileiro com 20 gols e Gabigol pela Copa do Brasil, com 8 gols.
Quanto ao elenco, jogadores de pouca expressão aproveitaram suas oportunidades, como o goleiro Vanderlei e o meia atacante Marquinhos Gabriel, que mesmo perdendo pênalti na decisão, teve um bom ano pela equipe santista. Rafael Longuine, Chiquinho, Leandro, Werley e Marquinhos tiveram suas oportunidades e pouco aproveitaram. E o que falar do Nilson, 16 jogos, 1 gol, mas o que vai deixar marcado pela sua péssima passagem pelo Santos foi o gol perdido na decisão contra o Palmeiras, na cara do gol, aos 49 do segundo tempo, que poderia ter sido o gol do título.
Agora, é hora de planejar 2016, onde o time atual deverá ter diversas dispensas, vários retornos, como Damião e Thiago Ribeiro, e ainda contratações, que se a diretoria quiser ter um time competitivo na temporada, deverão ser contratações pontuais, com mais objetividade. As apostas deverão ser feitas na base, que este ano nos confirmou Gabigol e Gustavo Henrique, e revelou Zeca, Thiago Maia, Paulo Ricardo e Daniel Guedes, e não em jogadores que não deram certo em outros clubes.