Análise pós jogo: Sem Criação, Sem Vitória.
- Updated: 15 de junho de 2017
Na noite desta quarta-feira (14), o Vasco enfrentou a Chapecoense em Chapecó pela sétima rodada do Brasileirão, numa partida desastrosa em todos os sentidos possíveis.
Com uma proposta e uma formação tática diferente, Milton pôs um time com 3 volantes, 3 laterais sendo um deles como ponta (Alan) e uma falso 9 (Nenê), afim de neutralizar as principais jogadas da chape que vinham principalmente das laterais.
Mas o que vimos em campo foi um Vasco acuado e sem poder ofensivo e criativo algum.
Levou pressão da Chape praticamente na partida inteira, tendo alguns lampejos de posse bola no finalzinho do primeiro tempo.
O Vasco apenas se defendia, e quando tinha a bola não sabia o que fazer com ela. Com muitos passes errados mostravam um Vasco desatento e nervoso.
Nervosismo esse que foi claramente visto através do garoto Alan. Tomou cartão amarelo numa falta boba e a partir daí não conseguia fazer aquilo que Milton havia pedido. Com receio de levar o segundo cartão amarelo e consequentemente a expulsão, Milton preferiu substituí-lo colocando em seu lugar o Andrezinho.
O primeiro gol da partida foi da Chape. Num escanteio o Andrei Girotto cabeceou livre na área do Vasco. Chape 1 a 0.
Já nos minutos finais da primeira etapa o Vasco esboçou uma reação chegando ao empate também num escanteio. Cobrado por Nenê, Jean cabeceia no meio da marcação da Chape. 1 a 1.
Com a expectativa de ir pra cima na segunda etapa, já que havia conseguido o empate, para a nossa decepção o Vasco retornou com a mesma postura do primeiro tempo.
Se defendendo e praticamente contando com a sorte de uma bola errada da Chape para sair no contra ataque. As únicas chances a gol criadas pelo Vasco eram nos escanteios, um deles que levou perigo ao gol da Chape com o Breno ou com bolas alçadas na área mas sem o mínimo de noção ou visão de jogo.
Não demorou muito para a Chape virar o jogo. Pressionando do começo ao fim, o atacante Arthur limpa a jogada e mete um golaço indefensável por qualquer goleiro. Chape 2 a 0.
Vendo o time sofrer e não conseguindo se quer ficar com a bola por mais de 5 minutos, Milton tira o volante Wellington e coloca o Manga Escobar afim de ter alguma opção de velocidade e criação pelos lados.
Mas o que vimos já nos minutos finais da partida foi um Vasco completamente perdido. Chuverinhos e mais chuverinhos, entrando no desespero por não conseguir mais empatar a partida.
A Chape fez o dever de casa e fez aquilo que devia fazer. Marcação impecável que foi contemplado com uma bela vitória.
O Vasco como GRANDE que é, não pode entrar em campo da forma que entrou. Tudo bem que jogando fora de casa, não se pode lançar o time e vez ao ataque e deixando todos os espaços para o adversário. É derrota na certa!
Mas entrar em campo acuado ou pior, sem alguém se quer para criar uma jogada de ataque, deixando apenas um jogador como referência ( Nenê não é atacante) é inadmissível.
Elogiamos quando temos que elogiar, mas essa derrota vai para conta do Milton. Até certo momento entendemos o que ele quer fazer no Vasco. Procura a melhor formação para o Vasco, mas infelizmente esse rodízio de esquemas e jogadores vem comprometendo nossos resultados fora de casa.
Foi a pior atuação do Vasco neste Brasileirão, temos a zaga mais vazada do campeonato e sem somar nenhum ponto fora de casa.
Brasileirão é equilíbrio e consistência. É fazer o “Feijão com Arroz” e sem invenções.