DE REIZINHO DO PARQUE A TRICAMPEÃO DO MUNDO
- Updated: 29 de julho de 2016
Rivelino fez história no Corinthians, Fluminense e fez parte de uma geração que encantou o Mundo
Roberto Rivelino chegou ainda menino ao Parque São jorge após ter sido barrado na categoria de base do arquirrival Palmeiras, então comandado por Mario Travaglini. Chegando ao Corinthians, Rivelino chamou a atenção de Rato(ídolo e goleador do Timão), responsável pelos aspirantes do Parque.
Com 19 anos, Riva estreou pela equipe principal e de Garoto do Parque virou o Reizinho do Parque, ficou conhecido por ter uma força no chute com a perna esquerda o que lhe deu mais um apelido: “Patada Atômica”. Rivelino foi se tornando algoz do Palmeiras, ele mesmo dissera anos mais tarde que sempre que enfrentava o clube que o rejeitou, jogava como se fosse final de copa.
Rivelino fez grandes jogos e muitos gols pelo Corinthians mas surgiu na época mais sombria da história corinthiana quando o clube do Parque enfrentava um longo jejum e via Santos e Palmeiras monopolizarem os títulos paulistas. Isso virou um carma para o Riva que enfrentava duras críticas em todo final de Campeonato Paulista.
Mesmo que tenha encarado jejum de títulos paulistas, Rivelino foi campeão da Copa Rio-São Paulo no ano de 1966(Torneio que viria a se tornar Taça Roberto Gomes Pedrosa no ano seguinte), conquistou outros títulos como Taça Piratininga, Torneio Laudo Natel, Torneio do Povo e Torneio Costa do Sol. Mas nenhum desse título apagaria o jejum de Campeonato Paulista, torneio considerado principal pela torcida.
Em 1970, Rivelino fez parte do esquadrão canarinho que encantou a todos na Copa do Mundo no México, ao lado de Gérson, Jairzinho, Carlos Alberto Torres, Gilmar dos Santos Neves e o Rei Pelé, Rivelino conquistou o tricampeonato mundial da seleção brasileira dando um espetáculo em todos os jogos canarinho. Na final, o Brasil goleou a Itália e levantou a taça, na ocasião, Rivelino disse que trocaria o Mundial por um título paulista pelo Alvinegro paulista.
O jejum de título paulista chegou ao ápice em 1974 quando o Corinthians perdeu a final para o Palmeiras e a cobrança veio em cima de Rivelino que não aguentou a pressão e foi vendido ao Fluminense. No jogo de estréia, justamente contra o Corinthians, Riva fez 3 gols na goleada por 4 x 1 mostrando aos torcedores e dirigentes corinthianos que eles erraram.
Pelo Fluminense, Rivelino fez parte do “Esquadrão tricolor” marcando belos gols e ficando cada vez mais conhecidos pelos seus dribles inovadores à época, Riva implantou o drible elástico ao mundo do futebol. O Fluminense chegou por dois anos seguintes na semifinal do Campeonato Brasileiro sendo eliminado pelo Internacional em 1975 e pelo Corinthians em 1976, ano em que a Fiel invadiu o Rio de Janeiro, levando mais de 60 mil torcedores para dividir o Maracanã com a torcida tricolor.
Rivelino disputou a Copa de 1974 pela seleção, ano em que o Brasil não conseguiu desempenhar o futebol da Copa anterior, Riva era o principal jogador canarinho e marcou 3 gols. Ele ainda foi convocado para disputar a Copa de 1978, mas foi reserva por lesão.
Rivelino serviu de referência para grandes ídolos do futebol Mundial, o principal deles é Maradona que sempre afirmou ter em Rivelino como seu maior ídolo.