Ponte Preta, chegou a sua vez de gritar é campeão
- Updated: 29 de abril de 2017
A Associação Atlética Ponte Preta, bateu na trave, por cinco vezes no Campeonato Paulista, o elenco busca dessa vez, quebrar o tabu e conquistar seu primeiro título estadual.
O time ponte-pretano, diferente do que muitos pensam, já conquistou alguns títulos (10 Ligas Campineira de Futebol, 4 vezes campeã do Interior Paulista e bi-campeão da Taça São Paulo de Futebol Junior, etc.), entretanto foi vice-campeão por cinco vezes do campeonato estadual, duas vezes da Série B e uma vez da Sul-Americana. Essa é a chance, de mudar esse tabu, com um elenco coeso e rápido, comandado por Gilson Kleina. O foco principal do texto é nos enfrentamentos contra o Corinthians em 1977 e 1979, além de ressaltar as outras disputas, a qual o time teve destaque.
1970 e 1977:
Nos seus 116 anos de existência, o primeiro quase título foi em 1970, quando a Macaca foi segundo lugar, juntamente com o Palmeiras, tendo 22 pontos em 18 jogos, naquela época a disputa foi entre 10 equipes. Em 1977, a Ponte Preta formou um das melhores equipes da sua história, contando com o goleiro Carlos (disputou Copa do Mundo em 1986), o zagueiro Polozzi (ídolo do clube), o lateral Jair Picerni (ex-treinador de grandes clubes), o volante Marco Aurélio, o meia Dicá (um dos maiores ídolos do time, grande símbolo para torcida) e os atacantes Rui Rei (polêmico por trocar a equipe pelo Corinthians no ano seguinte) e Dadá Maravilha (artilheiro por natureza e ídolo do Atlético Mineiro). O técnico era José Duarte.
O campeonato possuía 19 times, divididos em grupos, na disputa de dois turnos. Havia uma diferença na época, vitórias por 3 gols de diferença ou mais valia três pontos e vitórias simples valia dois pontos. No primeiro turno, fez 23 pontos em 18 partidas (três vitórias de três pontos e duas vitórias simples), o campeão foi o Botafogo de Ribeirão Preto, o grande resultado foi 4 a 0 sobre o Corinthians em casa. No segundo turno, ficou também em segundo lugar do Grupo A com 29 pontos em 18 embates (uma vitória de três pontos e onze vitórias simples), houve outro triunfo contra o Corinthians, agora fora de casa, por 2 a 1, o alvinegro de Parque São Jorge foi campeão do turno. Na terceira fase, juntou-se os melhores colocados das duas fases, sendo líder do Grupo A com 12 pontos em 7 jogos (cinco vitórias e dois empates), venceu o Santos por 1 a 0, fora de casa. Na final, enfrentou o Corinthians clube a qual triunfou por três oportunidades, no entanto, os três embates foram no Morumbi, sendo o primeiro com vitória do adversário por 1 a 0, no segundo triunfo ponte-pretana por 2 a 1 (Dicá e Rui Rei) e no jogo decisivo, um a zero e vice-campeonato.
1979 e 1981:
O time manteve a base de 1977, esse foi um dos pontos para o excelente desempenho no campeonato, estavam Carlos, Odirlei (lateral titular em 77), Oscar, Vanderlei (volante titular em 77), Marco Aurélio, Dicá e Lúcio Bala (atacante titular em 77). Além do lateral Toninho (atuou no Santos na década de 1980), o zagueiro Juninho (jogou a Copa do Mundo de 1982), o meia Lôla (destaque no Atlético Mineiro) e o atacante Tuta (titular em 77). O técnico Zé Duarte se manteve no cargo.
Esse campeonato tinha regulamente mais enxuto, apesar de na primeira fase ter 38 partidas, foram 20 equipes, dividida em chaves, a vitória valia três pontos. O clube do interior foi vice-líder do grupo C com 39 pontos (10 vitórias e 19 empates), a principal vitória foi contra o Corinthians, por 3 a 0, em casa. Na segunda fase, foi líder do Grupo A com 12 pontos em 5 embates (quatro vitórias), novamente houve vitória em cima do Corinthians, por 1 a 0, tendo uma polêmica, pois o presidente do time da capital, impediu seus atletas de entrarem em campo, alegando que haveria dois jogos, a torcida do clube estava em maior peso e não queria dividir a renda, então a justiça definiu a vitória da Macaca. Na semifinal, o clássico de Campinas e duas vitórias sobre o Guarani, por dois a um, fora de casa e um a zero em casa. Apesar da euforia conquistada na semifinal, não teve jeito, o Corinthians venceu o primeiro e o terceiro jogo, por 1 a 0 e 2 a 0, além do empate de 0 a 0, conquistando assim o título.
Em 1981, destaque para duas campanhas, o vice-campeonato do estadual, perdido para o São Paulo, após empate em casa por 1 a 1 e derrota por 2 a 0, a regularidade foi a tônica do clube, sendo o maior pontuador deste campeonato. Além disso, a melhor campanha da história em um Brasileiro, sendo terceiro colocado, ao ser eliminado pelo Grêmio na semifinal, derrota por 3 a 2, fora de casa e uma vitória por 1 a 0, em casa.
1997, 2008, 2013 e 2014:
Em 1997, o primeiro vice-campeonato da Série B, após 11 anos, ascendeu a primeira divisão nacional, com 46 pontos em 23 jogos, perdendo o título para o América Mineiro, por ter uma vitória a menos, mesmo assim o empate contra o Náutico por 1 a 1, no Moisés Lucarelli, foi comemorado como retomada do clube.
Em 2008, após 37 anos no esquecimento, a equipe chegou a quinta disputa de título estadual, na primeira fase, foi quarto lugar e na semifinal eliminou a surpresa Guaratinguetá, na final, o tabu pesou novamente e o Palmeiras foi campeão com certa facilidade, duas vitórias, um a zero em Campinas e cinco a zero no antigo Palestra Itália.
Em 2013, realizou seu primeiro jogo internacional na história, contra o Deportivo Pasto, da Colômbia e foi mais longe, chegando a final, após eliminar Vélez Sarsfield e São Paulo nas fases anteriores. Na final, enfrentou o Lanús, a torcida encheu o Pacaembu com 28 mil expectadores (já que o Moisés Lucarelli não poderia sediar o evento por não ter lugares suficientes por exigência da Conmebol), 1 a 1 em casa, gol de Fellipe Bastos e no embate decisivo, 2 a 0 para o clube argentino.
Em 2014, o time tentou outra vez, porém não conseguiu ser campeã da Série B, após 38 rodadas, o Joinville teve 70 pontos conquistados, contra 69 do clube campineiro, o destaque vai para a conquista do acesso com 4 rodadas de antecedência e o aproveitamento de 60,5%. A Ponte foi líder da rodada 26 a rodada de número 34.