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Entrevista com o meia Gustavo Sauer, do Botev Plovdiv, da Bulgária

Imagem: Botev Plovdiv (Bulgária).

Gustavo Affonso Sauerbeck nasceu no dia 30 de abril de 1993 na cidade de Joinville-SC. Atuou no time da sua cidade, no Paraná, no Daejeon Citizen (Coreia do Sul) e no futebol da Armênia e dos Emirados. Atualmente veste a camisa do Botev Plovdiv, da Bulgária. Conhecido e reconhecido pela sua habilidade de assistências

 

1-Nasceu no dia 30 de abril de 1993 na cidade de Joinville. Foi revelado pelo clube de sua cidade, por isso a relação de torcedor aumenta? Além disso como é a responsabilidade de atuar em um clube com tradição? Fale sobre o atual momento da equipe?

R: Sim, fui revelado pelo Clube da minha cidade, no qual sempre fui torcedor, tanto que ia aos jogos do Joinville com meu pai e meus irmãos sempre que podia, foi um sonho realizado poder jogar no time que sempre fui apaixonado. A responsabilidade é grande né, como em todo clube de tradição, mas nós que somos profissionais sabemos que temos que lidar com isso a todo momento, atualmente o Joinville não tem um dos melhores momentos, eu sei que o JEC não merece estar no lugar que está hoje, acompanho sempre porque tenho um carinho muito grande pelo Coelho e inclusive estou torcendo muito pra que o JEC volte ao lugar que merece estar.

Imagem: Joinville Esporte Clube.

 

2-Atuou por outras equipes do Sul (Paraná e Metropolitano). Qual é a diferença de vestir a camisa de um time de maior investimento e outro de menor investimento? Se tivesse a possibilidade de atuar por equipes de outras regiões, qual escolheria? Por qual motivo?

R: Tanto no Metropolitano como no Paraná fui muito feliz, fui muito bem recebido e valorizado. Acho que nesses dois times não existia muita diferença porque a gente é cobrado da mesma maneira todos os dias, independente se o investimento seja pequeno ou grande, o que me atraiu nesses dois clubes foram os projetos que ambos tinham e da maneira profissional que os dois clubes sempre agiram.

 

3-Jogou no futebol da Armênia, exatamente pelo Gandzasar FC. Como foi a adaptação a nova cultura? Quais foram as principais dificuldades? Quais são as peculiaridades do estilo de jogo armênio?

R: Tive uma experiência na Armênia sim, que infelizmente não foram das melhores, tive uma lesão no pé e demorei muito para recuperar devido a má estrutura médica do clube tive muita dificuldade para voltar a jogar, acho que a comida também na Armênia pesa um pouco, para um brasileiro se adaptar leva um pouco de tempo, é um futebol de nível técnico fraco, mas de muita tática e marcação.

 

4-No ano passado fechou com a equipe do Daejeon Citizen, da Coréia do Sul. Como analisas o nível do futebol apresentado na Coreia comparando ao nível do Brasil? O que poderia ser trazido do futebol asiático para o nosso país?

R: Tive uma passagem pelo Daejeon Citizen, onde fui muito feliz e pego de surpresa pelo futebol apresentado lá, um futebol de extrema velocidade e técnico, vejo que o que poderíamos trazer de lá, seria a intensidade e o profissionalismo que os jogadores tem, que aqui com certeza ajudaria muito.

Imagem: Daejeon Citizen.

 

5-Acertou na última temporada com o Al-Shaab para a disputa da segunda divisão dos Emirados. Como foi a sua atuação pelo clube? Mesmo não conseguindo o acesso como será o projeto para a próxima temporada? Nos últimos dias acertou com o Botev Plovdiv, da Bulgária. Quais as expectativas para esta temporada?

R: Infelizmente, não foi como eu esperava cheguei mais ou menos para os 12 jogos finais da temporada e não consegui render o que eu esperava, foi difícil a adaptação porque cheguei no meio da temporada e o campeonato já estava rolando. Nessa temporada o Al Shaab se juntou a uma equipe da primeira divisão por ordem da federação, então fez com que o clube terminasse, as expectativas são das melhores possíveis, estou impressionado com a estrutura do clube, com o projeto do clube com o respeito e admiração que estou tendo aqui, meus objetivos são ganhar títulos aqui e poder fazer a torcida ainda mais feliz, e creio que tem tudo para dar certo.

 

6-Na hora de escolher um clube novo para defender, você pensa primeiramente no projeto mostrado pelo clube ou no salário que o time está oferecendo? Fale sobre a valorização dos salários no mercado árabe e europeu?

R: Acredito primeiro no projeto e no que o clube almeja, lógico que o salário também é muito importante, pois você e sua família dependem disso, mas eu acho que você quando tem uma estrutura boa trabalhar, com objetivos e projetos que batem com os seus, a valorização vem automaticamente e assim você pode estar feliz, que é o mais importante para o jogador de futebol. Hoje o mundo árabe está muito avançado na questão financeira, é um mercado tentador, porque talvez não tenha tanta visibilidade de liga, mas isso eles podem compensar financeiramente, já na Europa o mercado todos sabem que é muito melhor e muito mais visto.

 

7-Qual o seu conselho para a nova geração de meios-campistas no nosso país? Ao mesmo tempo fale sobre os treinamentos e o esforço que é ser jogador de futebol atualmente.

R: Meu conselho é praticamente minha história de vida, que hoje no Brasil e no mundo inteiro estão tirando aquele meia clássico, que não precisava marcar, que só jogava com a bola no pé, hoje não existe mais esse meia é um futebol muito rápido, de muita intensidade, então tem que estar bem preparado pra mais de uma função dentro do campo e estando bem preparado acho que o meia pode sim fazer a diferença nos dias de hoje. Nós jogadores sabemos quão grande é o esforço diário, o futebol te suga muito, você tem que estar sempre preparado em todas as áreas se você não estiver o tempo passa e você fica pra trás.

Imagem: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo.

 

8-Uma mensagem para os colunistas e leitores do ?

R: Muito obrigado pelo espaço cedido aqui por poder contar um pouco sobre minha carreira e sobre o futebol hoje, que o trabalho de vocês continue sendo feita dessa maneira, com respeito, e principalmente com a verdade! Estarei sempre aqui caso precisem, sucesso e um forte abraço a todos!

 

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