Entrevista com o atacante Dennis Murilo, atualmente no Chiangrai United.
- Updated: 15 de fevereiro de 2016
Dennis Murilo Skrzypiec, nasceu em Curitiba/PR no dia 28 de abril de 1992 (23 anos), nosso entrevistado foi revelado no Atlético Paranaense, depois atuou por Ponte Preta, Paysandu e Guarani, atualmente está no Chiangrai United, da Tailândia. Atleta que é conhecido e reconhecido pelo seu bom futebol mostrado no Papão da Curuzu.
Créditos: Ao parceiro Narrador Bicolor que nos deu a oportunidade de contato com o atleta (melhor página sobre o Paysandu, sem clubismo, recomendamos).
1- Você nasceu em Curitiba/PR no dia 28 de abril de 1992 começando na base do Atlético Paranaense. Poderia comentar como foi a sua passagem pela base do time? Qual é o segredo deste clube em relação a revelar excelentes jogadores?
R: Tudo que eu sou hoje na parte profissional, na parte técnica devo ao Clube Atlético Paranaense, por que naquele CT, o segredo é a estrutura e os profissionais que trabalham lá, pois se lá se encontram oito campos de qualidade excelente, você encontra uma academia com profissionais que ficam somente no local, tem um restaurante e hotel cinco estrelas, piscina, campo de areia, tudo que um jogador precisa para evoluir tem no CT e eu como comecei novo lá, ficando sete anos, evolui por sete anos, aprendi muito e evolui muito taticamente, fisicamente e se eu sou o que eu sou hoje, sou grato ao Atlético Paranaense e o segredo é esse, o segredo é ter uma estrutura e os profissionais, que dê conforto aos muitos jogadores que estão no recinto e os bons mesmo são lapidados para chegar ao time profissional.
2- Atuou nos dois maiores clubes de Campinas, Ponte Preta (2013) e Guarani (2015), quais foram os ensinamentos adquiridos nos clubes? Como é a estrutura de cada clube?
R: Então passei pela Ponte Preta e pelo Guarani, a Ponte Preta foi meu primeiro clube profissional que eu participei efetivamente na Série A com grandes atletas, infelizmente o ano não foi muito bom por que nós lutamos pelo rebaixamento até o final da competição, sendo rebaixado, contudo fomos até a final da Sul-Americana, um feito inédito, além de bater um recorde histórico no clube de invencibilidade, a Ponte é um clube que tem história e tem tradição, é o clube mais antigo em atuação no país e foi um aprendizado muito importante para mim, fiquei muito feliz de ter participado do elenco neste ano, já o Guarani, tive uma passagem muito rápida, foi apenas um jogo, o Guarani é grande também, infelizmente está passando por problemas financeiros e estão tentando leiloar o estádio, mas acredito se reestruturar, é uma grande potência, pois já foi campeão brasileiro, então esses dois clubes de Campinas, que é uma cidade que respira futebol, tenho certeza se tudo correr bem, o Guarani principalmente, a Ponte Preta já está bem encaminhada, os dois estarão na Série A ou B.
3- Em 2013 e 2014, teve uma passagem pelo Paysandu, fale um pouco sobre a estrutura e torcida do clube? Como foi a sua passagem na equipe?
R: Na curta carreira até agora, posso falar que o Paysandu foi o meu melhor ano (1 ano e 4 meses) da carreira, pois lá tive uma sequência de jogos e gols, senti o calor da torcida e de uma cidade inteira que torce e cobra efetivamente no dia-a-dia, mesmo no supermercado, para mim foi uma honra jogar no Papão, o maior clube do Norte, clube que é conhecido na região onde moro, a região sul, pelo fato de ter uma história nacionalmente e internacionalmente e quando eu fui jogar lá, só se confirmou isso, o estádio lotado e aquela torcida, então realmente a melhor experiência da minha carreira e desde de quando cheguei era o Vandick e agora o Maia, acredito que eles fazem um trabalho fundamental para o Paysandu na parte estrutural, até nos mínimos detalhes de academia, algo que não tinha, que eles estão fazendo projetando um futuro próximo que vai valer muito a pena e a tendência é o Paysandu sempre estar crescendo, quando o Papão se estabilizar na Série A, ninguém segura mais e eu posso dizer que eu tenho um carinho enorme, sempre torcendo, pois o que eu vi lá realmente foi inesquecível.
4- Atualmente está no Chiangrai United, da primeira divisão tailandês, quais são os pontos positivos e negativos de atuar no futebol asiático? Como foi a sua adaptação ao novo clube e aos costumes do país?
R: Estou no Chiangrai faz um mês e nesses dias a primeira impressão é de um campeonato organizado em relação de transmissão, de divulgação, de equipes com marketing forte, isso é muito legal para um jogador chegar em um país estruturado, sobre o clube foi fundado em 2009, porém está se restruturando com um campo de treinamento e tenho certeza que não somente meu clube, como todo o futebol tailandês tende a evoluir, tendo vários bons atletas tailandeses, a questão maior para isso é a experiência que ao passar dos anos será adquirida no jeito de fazer futebol na parte técnica e tática, prometendo ser no futuro um grande mercado no cenário asiático. A questão da adaptação é complicada principalmente na linguagem e escrita, sendo até mais complicado que a linguagem japonesa e chinesa, sobre a comida no início foi complicado, pois existe muita pimenta nos alimentos, sendo que eu nunca gostei de pimenta, estranhei um pouco, porém estou me acostumando, minha família chega daqui há 10 dias, assim fica tudo normal, dá para comprar frango, carne e arroz, a única comida que temos que trazer do Brasil é o feijão, o resto se encontra aqui.
5- E por fim, uma mensagem aos leitores do site Mercado do Futebol.
R: Queria mandar um abraço aos leitores do site, agradecendo a oportunidade da entrevista e um grande abraço a todos e que Deus abençoe, abração.