MF Entrevista – Flávio Prado, da Jovem Pan e TV Gazeta
- Updated: 23 de novembro de 2016
Dono de fortes opiniões, Flávio Prado é o convidado dessa edição do MF Entrevista!
Salve, leitor do Mercado do Futebol! O quadro MF Entrevista chega com mais um convidado de peso: com mais de quarenta anos de carreira e sem papas na língua, Flávio Prado atendeu nosso convite e deu uma entrevista super bacana, falando de carreira, visão de jogo, futebol brasileiro e muito mais. Não deixe de conferir!
Para saber tudo sobre o Flávio Prado e acompanhar o trabalho do jornalista mais de perto, siga suas contas no Facebook, Twitter e Instagram!
Agradecimento especial ao editor geral do Mercado do Futebol, Jean Lucas, pela confiança e organização da entrevista.
Vamos começar fazendo um ping pong, com perguntas curtas de respostas rápidas ligadas aos mais diversos temas, para que o leitor conheça o lado mais humano de um dos jornalistas mais conceituados do Brasil:
Gosta de alguns esportes além do futebol? Quais? Não. Só de futebol.
Time do coração: Ponte Preta
Um hobby: Cinema
Filme favorito: O Segredo dos Seus Olhos
Gênero musical favorito: Rock e New Age
Uma música: 40 Sinfonia de Mozart com Waldo de los Rios
Melhor jogo que já viu: Holanda 2 x 0 Uruguai Copa de 974
Uma qualidade sua: Estudar
Um defeito seu: Teimar
Maior orgulho: Os filhos
Tem algum arrependimento? Não ter mais filhos
Uma frase que te inspira: Mais quero uma crítica que me corrige do que um elogio que me corrompe.
MF> D’onde surgiu seu interesse pelo jornalismo? Sabemos que todo início de carreira é complicado, ainda mais num ramo tão concorrido e desgastante. Como foram seus primeiros passos nessa profissão?
Pelo amor ao futebol e falta de competência para ser jogador. Fiz o Curso de Jornalismo e corri atrás de estágios. Demorou muito até que desse certo. Quase dois anos de busca.
> Referência do jornalismo esportivo, atualmente você conduz um programa de muito sucesso, o “Mesa Redonda” da TV Gazeta e é um dos comentaristas de destaque da Jovem Pan. Como vê esse momento da carreira? Tem algum projeto para o futuro?
É um bom momento. Amo muito o que faço e onde faço. Pretendo lançar mais livros e criar um Curso de Extensão Jornalística com Especialidade em Esportes, com muito destaque para o futebol.
> Com mais de 40 anos de profissão, certamente você vivenciou muitos fatos únicos. Poderia citar um momento marcante que você vivenciou?
Fiz cobertura de 10 Copas do Mundo. O primeiro jogo, da primeira Copa (1978), foi muito marcante. Itália e França em Mar Del Plata.
> Você é dono de uma forte opinião sobre não ir à estádios aqui no Brasil, e de fato não é um programa que se faz com total segurança. Com o passar dos anos, tens visto alguma melhora ou uma mudança de cultura do torcedor brasileiro ainda é um sonho distante? O que pode ser feito para que vejamos mais famílias indo à partidas de futebol?
Nada de prático foi feito. Pelo contrário. Cada vez a promiscuidade entre os grupos uniformizados, os cartolas e autoridades aumenta. A solução é fechamento incondicional de TODAS as torcidas uniformizadas.
> Craque do Palmeiras, virtual campeão brasileiro, Gabriel Jesus está de malas prontas para o Manchester City, potência mundial. Você consegue enxergar um horizonte onde os clubes brasileiros consigam segurar seus maiores valores e termos um futebol de alto nível em nosso país?
Só no momento que os clubes, por aqui, transformar-se cem por cento em empresas. E terem donos, não conselheiros, que só atrapalham.
> Que Tite é o melhor técnico do Brasil, todos sabemos. Mas o início de trabalho, levando uma seleção que estava em frangalhos a uma sequência histórica de vitórias foi além das expectativas. Na sua visão, quais foram os trunfos do nosso técnico para revolucionar a seleção em tão pouco tempo? Você teme que o ótimo trabalho do Adenor crie uma espécie de “cortina de fumaça” que faça diminuir a pressão sob os dirigentes da CBF?
Por enquanto ele apenas ajeitou a posição de cada jogador ao que estavam acostumados em seus clubes. E procurou gerir vaidades. Ainda não houve tempo de colocar as ideias em práticas.
> A parte física e tática se destacam cada vez mais no futebol moderno, com diversas formas de jogo no mundo, desde o estilo mais reativo de Simeone, Mourinho e Ranieri, passando pela vibração e intensidade de Conte e Klopp, até o domínio de jogo de Sampaoli e Bielsa. Qual forma de se jogar uma partida te agrada mais? Você enxerga o futebol brasileiro no mesmo nível tático que o Europeu?
Eu sou super fã de Guardiola, Sampaoli e Bielsa. Chega a “desprezar” os outros sistemas o que é um erro. E o futebol europeu não tem qualquer semelhança com o Brasil. Parecem esportes diferentes.
> Quais conselhos daria para a nova geração de jornalistas, que tem em você uma das referências da área?
Devem se aperfeiçoar, ler muito, estudar bastante e ter persistência. Isso vale para qualquer profissão.
> Flávio, só temos a agradecer pela gentileza e simpatia de sua parte em nos atender, além desejar muito sucesso em sua caminhada! Deixe uma mensagem para os leitores do Mercado do Futebol:
Abraços, Saude e Felicidades a todos. E sigam amando o futebol. Faz muito bem para a vida.