Hora de voltar aos trilhos
- Updated: 21 de novembro de 2016
Nunca é fácil escrever o pós-jogo do Botafogo. Admiro os colegas que conseguem fazê-lo algumas horas depois da partida, infelizmente não consigo. Fico ruminando a ideia por horas. Em alguns momentos com medo de estar empolgado demais e em outros, temeroso de estar pessimista demais. Os excessos podem derrubar para onde quer que caminhemos.
A derrota de ontem era esperada por muita gente por causa do prejuízo que causaria a outro time carioca. Esse tipo de torcedor não representa a maioria e deveria ter vergonha disso. Independente do que aconteça, sempre torcerei pela vitória do Botafogo e acho que ele deve pensar em título em qualquer torneio que dispute. Recuso-me a encampar esse papo de “estamos no lucro”. Ainda mais faltando 3 pontos pra conseguir a vaga na Copa Libertadores e com a possível ampliação do G6 para G7. Ou seja, vai ser preciso uma incompetência hercúlea para perder essa vaga.
Jair tentou surpreender o adversário com a escalação de 3 zagueiros. No papel parecia um 3-5-2 mas estava claro que ele tentaria reproduzir com Emerson e Alemão o que deu certo com a dupla Victor/ Diogo. A pressão palmeirense era esperada e ela veio com tudo. O Botafogo foi acuado no seu campo e não demorou até que Sidão fizesse a sua primeira intervenção.
O problema é que em jogos assim uma bola muda tudo. E o Botafogo teve essa chance. Primeiro com o Pimpão que demonstrou faltar beterraba na alimentação da concentração, de tão fraco que chutou e logo depois, com o Carli, que demonstrou ser excelente zagueiro na cara do gol.
Veio o 2º tempo e o Botafogo começou bem, pressionando o Palmeiras e apesar de termos um zagueiro na lateral, o time suportava a pressão e conseguia arquitetar suas tentativas de contragolpe. Até que tomamos o gol. Já vi o replay milhares de vezes e até agora não entendi o motivo do Emerson não ter dado um pique atrás do Gabriel Jesus. O talentoso atacante teve tempo pra dominar, ajeitar o corpo, olhar, pensar e colocar a bola na cabeça do Dudu.
A partir daí, Jair entrou numa tática kamikaze e notem que terminamos o jogo praticamente sem volantes de marcação (Lindoso é um meia que joga como volante, lembre-se) e tentando partir pra cima. Acho até que Sassá deveria ter sido utilizado mais cedo e na vaga do Neílton que apesar de um ou outro lance, ia muito mal.
No final, aquele que se diz “torcedor” deve ter ficado feliz e a grande maioria muito chateado com o resultado final, pois vamos precisar lotar a Arena no sábado, empurrar o time que terá Renan Fonseca na zaga e vencer a Ponte Preta, jogando de franco-atirador. Nada é fácil para o Botafogo.
Escanteio curto:
- Você também já tinha esquecido o Fernandes pode confessar.
- Leandrinho, Sassá e Emerson: Muita marra pra pouco futebol.
- Nossa casa é o Nílton Santos. Despeçam-se da Ilha e segue o jogo.
- Renan Fonseca no sábado. É teste pra cardíaco!
Saudações alvinegras!
Alípio
(Twitter @alipiojr)