Desacreditar nunca fará parte da nossa história
- Updated: 11 de abril de 2016
Poderia ser só mais um dia 11 de Abril, mas para quem é Palmeirense/Palestrino/Palmeirista é mais do que isso. Não, não é aniversário do clube, não é aniversário do Palestra Itália, chamado agora de Arena Allianz Parque, muito menos aniversário de um grande ídolo, é apenas o dia em que o Palmeiras se classificou para as oitavas-de-final da Copa Libertadores, no ano de 2013. “Mas o Palmeiras é muito maior que apenas uma classificação” NÃO TENHO DÚVIDAS DISSO. Porém, essa data marcou demais para quem estava no Pacaembu (e por todo o Brasil), naquele Palmeiras 1 x 0 Libertad. Com inúmeras variações táticas ao longo do jogo, “um 35.000-4-2-3-1, ou 35.000-4-1-4-1, ou 35.000-4-4-2, ou por fim um 35.000-10-0-0, quando Wesley foi expulso” como disse Mauro Beting. O mesmo Wesley que saiu pela porta dos fundos direto para o Morumbi. O mesmo Wesley que arriscou e (Graças à Deus) errou o chute, fazendo a bola sobrar para Charles nos dar a classificação. Charles, Wesley… o elenco do Palmeiras não era nada bom, estávamos em ano de série B, mas com certeza foi “um dos Palmeiras” que mais aguerrido eu vi jogar. O Palmeiras foi Palmeiras. Quando não havia técnica, ia na raça, no peso da camisa e no apoio da torcida. Torcida de mais de 16 milhões de apaixonados que, mesmo com alegrias como essa classificação épica, e tristezas, como a eliminação trágica na fase seguinte para o Tijuana. Palmeirense é isso. É amor, ódio, alegria, tristeza, mas acima de tudo, PALMEIRAS. Palmeirense é Palmeirense ao ver as três academias encantarem o Brasil e o mundo, é ver ganhar títulos e classificações épicas contra o seu maior rival, é ver calar imprensa e todos os que torcem contra com apresentações fantásticas, nem sempre em técnica e razão, mas sim em raça e emoção, é ver o time cair duas vezes, levar goleadas para times sem expressão, é chorar e se enfurecer, mas no fim, amar e cantar que “a taça libertadores é obsessão.”
Libertadores. A mesma competição de 3 anos atrás, a mesma “descrença”, mas com personagens diferentes. Personagens, aliás, melhores que o daquele ano, mas que ainda não se encontraram. Assim como o Palmeiras do fim de 2009, que viu um título brasileiro ir embora, em meio à brigas dentro de campo sem nenhuma explicação. Assim como nessa temporada, não tem explicação para tanto sofrimento, tantas partidas ruins, tantos destaques renderem tão abaixo do esperado. E, por ironia do destino, após mais uma goleada humilhante, após um “banho de Água Santa”, o desacreditado Palmeiras se encontrou, Cuca encontrou, a torcida encontrou, o Fernando Prass encontrou, e até o Egídio encontrou. Encontrou a força, a força palestrina, a força que vem lá das bandas da Itália para se reerguer. Jogamos contra o Rio Claro como francos “desfavoritos”. Boom, empolgou! 3 a 0, menino Jesus acabando com o jogo e Palmeiras se reerguendo. “Mas é só o Rio Claro, quero ver contra o Corinthians” 1 a 0, gol dele, chapéu dele, festa nossa, festa italiana, festa palestrina. “Quero ver na Libertadores” 3 a 3 e agora depende de uma derrota do Rosario Central e de aplicar uma goleada no River Plate, no Allianz Parque. Palmeiras vivo! Vivíssimo! Não preciso pedir para a torcida acreditar como acreditamos em 93, 99, 2000, 2012, 2013, 2014, 2015, agora em 2016 e ao longos dos seus 101 anos de História. Não preciso pedir para acreditar no Cleiton Xavier de 2009 e até mesmo o de 2016. Não preciso pedir para acreditarem numa goleada contra o River Plate e uma vitória do Nacional. Não preciso pedir para acreditarem no improvável (jamais impossível), sabe por quê?
Desacreditar nunca fará parte da nossa história!