Não foi dessa vez! Brasil perde a semifinal nos pênaltis e vê o sonho do ouro inédito escapar mais uma vez
Não deu! Mais uma vez o sonho do ouro olímpico bateu na trave, ou melhor, nas mãos da goleira Lindhal. E não foi por falta de luta ou força de vontade, pois elas se empenharam e deram o melhor de si em campo. Mas a bola pune, o futebol é injusto e nem sempre o melhor em campo ganha.
Elas jogaram com aquela garra que cativou todos os brasileiros; Lutaram, atacaram, pressionaram de todas as formas, mas não conseguiam o tão almejado gol. Atuando pela direita, Marta armou boas jogadas, deu passe e finalizou, mas a camisa 10 e companhia esbarraram na boa defesa montada pela técnica bicampeã olímpica Pia Sundhage, que colocou em campo um time bem postado e muito diferente daquele que tomou de 5a1 do próprio Brasil, ainda na fase de grupos. A boa retranca das suecas não permitiu que as brasileiras saíssem do quase na primeira etapa de jogo.
No segundo tempo, Vadão colocou as meninas para frente. Andressinha, que tem muita qualidade no passe longo, entrou no lugar de Thaísa e até fez um esboço melhor no inicio com bons ataques, porém, sem sucesso. A Suécia logo tomou conhecimento da força que as brasileiras estavam tomando e trataram logo de marcar as jogadas. Se repetiu o acontecido no primeiro tempo. O Brasil insistiu, armou jogadas, finalizou mas perdia a bola e chegou até a tomar contra-ataques perigosos. Com uma retranca grande das suecas e a inoperância de algumas atacantes brasileira, a partida foi para a prorrogação.
Na prorrogação, o desgaste das atletas era nítido, Marta já não conseguia produzir como nos 90 minutos iniciais. Bia e Debinha, que não estavam bem em campo foram substituídas por Raquel e Cristiane, respectivamente. O Brasil tentou seguir com a pressão, mas sem sucesso. A defesa das suecas estava bem retrancada, era quase impossível sair um gol brasileiro, Marta quase conseguiu abrir o placar após uma rebatida errada de Lindahl. Mas a bola insistiu em não entrar e a partida acabou indo para os pênaltis.
Nos pênaltis o brilho foi da goleira, mas não da goleira que queríamos. Barbara que foi a heroína na partida passada ainda defendeu um pênalti, mas a estrela da sueca Lindahl brilhou mais forte quando ela defendeu os pênaltis da artilheira Cristiane e de Andressinha. a disputa terminou 4a3.
E foi encerrado ali, ou melhor, foi adiado ali o sonho do inédito ouro olímpico para elas que tanto nos deu orgulho. Essas meninas mereciam avançar para a final por toda a garra que colocou em campo desde a primeira partida na fase de grupos, mas como já havia dito: O futebol as vezes é injusto e nem sempre o melhor vence. Cabe a elas agora ir em busca do bronze, de cabeça erguida e com a certeza de que deram o melhor delas a cada partida. Apesar da eliminação, estamos orgulhosos por tudo que vimos!
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