Rueda lamenta falha de Thiago e diz que “faltou controle de emoção” para manter o 1 a 0
Com o Maracanã cheio – tendo 66.165 presentes -, o Flamengo ficou próximo da vitória na partida de ida da final da Copa do Brasil. Abriu o placar, com Lucas Paquetá, aos 22 minutos, porém, 8 minutos depois, aos 30 da segunda etapa, após falha grotesca de Thiago, a equipe do Cruzeiro empatou com Arrascaeta, no rebote. O placar é o mesmo da decisão entre os dois times em 2003. A decisão vai para o dia 27 de setembro, em Belo Horizonte, no Mineirão.
Na sua entrevista coletiva, Reinaldo Rueda falou que faltou tranquilidade após o time marcar 1 a 0. Ao sair do campo, o capitão Réver disse que o Flamengo foi abafado ao tentar marcar o segundo gol. O técnico concordou com o zagueiro.
“Réver teve conceito muito claro sobre a partida. Depois do 1 a 0 faltou (o Flamengo) controlar a emoção, evitar que o Cruzeiro tivesse oportunidade. Faltou “cerrar” (acabar) o jogo com 1 a 0, com ordem. Quem sabe foi esse o pecado” – admitiu Rueda.
Depois de viver dilema para escalar o jovem goleiro Thiago, de 21 anos, e barrar Alex Muralha, Rueda deixou no ar que ainda vai decidir sobre qual goleiro escalar em Belo Horizonte. A falha de Thiago foi decisiva para o Flamengo não sair com a vantagem para a final no Mineirão.
“Não é fácil de assimilar. Houve o erro de Thiago, mas é o futebol. Agora, quem joga a segunda partida, temos 20 dias. Passam muitas coisas em 20 dias. Vamos tomar a decisão do goleiro em Belo Horizonte – disse o treinador.
Sereno como de hábito, o treinador lembrou que os 20 dias precisam ser muito bem aproveitados pelo time”. Ele elogiou bastante o Cruzeiro – “time maduro” – e também a partida de Lucas Paquetá.
Para o jogo do dia 27, o treinador poderá contar com os dois atacantes que foram ausências ontem, Paolo Guerrero e Felipe Vizeu.
Confira a coletiva completa do treinador do Flamengo:
Opção por Márcio Araújo, com Cuéllar no banco:
– Cuéllar pode não ter atuado pela seleção da Colômbia em 10 dias. Os treinos em viagens, em duas partidas, não são de grande intensidade. Por isso a decisão técnica de escalar o Márcio. Até o momento que esteve em campo foi equilibrado, jogou bem, depois buscamos variações. Cuéllar dá oxigenada no meio de campo.
Intervalo de 20 dias entre jogos:
– Penso que tudo vai passar por como se assimila esse tempo. Grupo está muito forte, muito unido por esse objetivo. Depende de como se valoriza. Se tivéssemos saído com 1 a 0, iríamos confiante. Mas com 1 a 1 vamos em outro momento, vamos a uma praça que é difícil, com objetivo de sair vitorioso em Belo Horizonte.
Substituições:
– Rodinei sair era ideia de ganhar Everton mais atrás, porque estávamos perdendo Pará do outro lado. Essa foi a variação que busquei com Vinicius, para ter mais intensidade no ataque. Com Cuéllar quis tentar melhor conexão com Diego. Paquetá teve muita entrega. Mas com Gabriel também trabalhamos nesta semana. Poderia ser alternativa que precisássemos para a posição.
Volume de jogo x contundência:
– Não é fácil. Ter controle de jogo, ter a circulação da bola, mas nos limitou um pouco ter menos alternativas. Ir para um jogo desse, infelizmente, sem Paolo e Vizeu nos limitou bastante. Paquetá fez grande jogo, teve personalidade, mobilidade, se entendeu bem com Diego e Everton. Mostrou que é um jogador muito inteligente e versátil. Mas penso que faltaram alternativas, o que nos tirou um pouco o poder ofensivo.