Lobo: a quebra de paradigmas
- Updated: 11 de fevereiro de 2016
A noite do dia 27 de janeiro de 2016 tornou-se um marco na história do Paysandu. O que seria apenas mais uma festa de lançamento de novos uniformes do clube agora é considerado como o ponto de partida para a quebra de paradigmas.
Alguns meses antes do final do contrato com a Puma surgiam nas redes sociais rumores de que a Adidas tinha interesse em fornecer o material esportivo do clube. E com os boatos criou-se uma expectativa entre grande parte da torcida que acreditava ser um bom negócio a parceria Adidas/Paysandu.
Ledo engano, visto que, a marca esportiva alemã apenas forneceria o material da equipe principal, deixando de lado outras modalidades e categorias do clube, além de repassar um valor praticamente igual ao da Puma (leia-se a intermediária Filon) em 3 anos de contrato, cerca de 10% por camisa vendida.
Segundo o Presidente Alberto Maia, a idéia de lançar a marca própria de material esportivo do clube ganhou força após essa proposta da Adidas e perceberam que esse era o momento de colocar em prática esse projeto audacioso e de certa forma arriscado.
No começo, a torcida recebeu a notícia com desconfiança. Por um lado, a decepção de não ter sido fechada a parceria com a Adidas e, por outro, a incerteza da qualidade do material a ser lançado sem a etiqueta de uma “grande marca”.
Com o passar do tempo, percebeu-se as vantagens de se produzir seu próprio material esportivo e a força que a marca “Paysandu” possui, e mesmo sem saber como seria essa camisa nova, foram vendidas 800 unidades na pré-venda pelo site oficial do clube.
E na noite do dia 27 de janeiro de 2016 surgiu a marca “Lobo”, quebrando paradigmas e mostrando que é possível caminhar sozinho sem a dependência de “grandes marcas” que repassam valores pífios aos clubes na venda de camisas e materiais esportivos.
Em apenas uma semana o faturamento com a venda de camisas ultrapassou o total obtido com a Puma em 2015. Foram vendidas mais de dez mil unidades do novo uniforme ao preço de R$ 170 e R$ 153, para não sócios e associados, respectivamente. Considerando o menor valor, o clube já movimentou o caixa em pelo menos R$ 1,5 milhão.
Acima de tudo, o torcedor mostrou que a Payxão pelo Paysandu é muito maior que qualquer multinacional que venha estampar sua marca na tradicional camisa listrada nas cores azul e branco.