Santos Futebol Arte – Mercado do Futebol http://mercadodofutebol.net.br Somos Apaixonados por Futebol Wed, 13 Apr 2016 21:52:17 +0000 pt-BR hourly 1 #?v=4.5 Santos e Robinho, um amor bandido e jamais recíproco. http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/santos-e-robinho-um-amor-bandido-e-jamais-reciproco/ http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/santos-e-robinho-um-amor-bandido-e-jamais-reciproco/#comments Fri, 12 Feb 2016 00:48:26 +0000 http://mercadodofutebol.net.br/?p=6358 Santos e Robinho, um amor bandido e jamais recíproco. A maneira que a História concede a seus personagens nem sempre é produzida de forma isenta e, é claro, desde agora não haverá isenção por minha parte, todavia haverá paixão futebolísticas nessas linhas cheias de mágoas de quem botou fé em quem não merecia. Hoje é […]

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Santos e Robinho, um amor bandido e jamais recíproco.

A maneira que a História concede a seus personagens nem sempre é produzida de forma isenta e, é claro, desde agora não haverá isenção por minha parte, todavia haverá paixão futebolísticas nessas linhas cheias de mágoas de quem botou fé em quem não merecia.

Hoje é o simbólico funeral de um grande ídolo, morre no coração do torcedor santista mais sensato aquele filho pródigo que sempre foi bem vindo, ídolo que de retorno em retorno era aclamado, que de retorno em retorno era aplaudido, que de retorno em retorno foi acolhido.

Eu já havia o perdoado na ocasião da desastrosa negociação em 2005 e eu juro que compreendi que em 2010 seria uma passagem rápida e sem mágoas pela nova despedida. Eu até tentei entender a tal independência financeira por escolher a China em 2015, eu juro, mas agora, agora não, agora foi o último beijo na face do santista e essas serão as últimas 30 moedas que nos separarão.

A mim, ficou a impressão que Robinho no dia de hoje se tornou para a imensa maioria dos santistas uma espécie de Calabar para os resistentes no Arraial do Velho Bom Jesus, um Nikita Khrushchov para os revolucionários, um General Amaury Kruel para os trabalhistas admiradores do Jango. Sim, um traidor que jurou amor, quem um dia chegou a dizer que no Brasil só jogaria no Peixe. Sim, o Robinho é Peixe, o Robinho é um traíra.

Robinho, se o seu amor é por dinheiro, então no seu amor não cabe o Santos. E se até o momento em sua já veterana carreira, ida ao Real, longa data no City, boa passagem pelo Milan, as três vitoriosas passagens pelo Santos e na aventura na China não foram suficientes para lhe dar a independência financeira que um jogador de alto nível pode faturar, então que vá buscar mais vintém, ganhe muito dinheiro, eu não lhe invejo, que você obtenha muitos lucros por lá, mas por favor, não venha jurar um amor que não há por quem desde sempre soube lhe perdoar.

Até nunca mais!

Evandro Amaral Fernandes – Guga.

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Santos, Enecampeão Brasileiro? Estamos tão perto, Modesto! http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/santos-enecampeao-brasileiro-estamos-tao-perto-modesto/ http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/santos-enecampeao-brasileiro-estamos-tao-perto-modesto/#respond Sat, 26 Dec 2015 21:20:31 +0000 http://mercadodofutebol.net.br/?p=3980 Exatamente nesse mês de dezembro cravou o aniversário de 13 anos do sétimo título brasileiro, no então ano de 2002, com um show dos meninos contra o alvinegro do planalto. Naquela tarde eram os jovens que assumiam a responsabilidade, no que aos menos para mim seja o principal titulo do Peixe dos últimos 40 anos. […]

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Exatamente nesse mês de dezembro cravou o aniversário de 13 anos do sétimo título brasileiro, no então ano de 2002, com um show dos meninos contra o alvinegro do planalto. Naquela tarde eram os jovens que assumiam a responsabilidade, no que aos menos para mim seja o principal titulo do Peixe dos últimos 40 anos. Eu fui testemunha ocular, em um Morumbi igualmente dividido, com um pouco mais de 35 mil santistas orgulhosos de ter meninos brilhantes os representando.

Mas hoje, qual seria a receita para novo sucesso no Nacional, no mais disputado e rico campeonato nacional de toda a América Latina?

Dois anos depois do show dos meninos, com um time mais maduro, sendo vice-campeão em 2003 com aproveitamento de time campeão já em uma fórmula de pontos corridos, o Peixe levantara a taça novamente, mas naquele elenco, havia não somente meninos, havia também o ótimo Ricardinho, o Devid mais maduro, o Basílio com raça e inteligência e com os meninos mais experientes. Mais de uma década se passou, o futebol mudou e o Peixe parece ter perdido a fórmula de vitórias no Brasileirão. Se em 2002 tínhamos no elenco o Robert, o Fábio Costa e o bom centroavante Alberto e, em 2004 tínhamos Ricardinho, Basílio e Preto Casagrande, nenhum desses propriamente gênios, mas que foram contratados sob medida para enriquecer tais elencos, então, está na hora do Peixe revisitar o seu passado não tão longínquo e colocar em prática a máxima de que o Santos não somente revela, como também enxerga quais peças precisam para completar o elenco.

Não fosse a derrota nos pênaltis para o Palmeiras na Copa do Brasil, os meios de comunicação colocaríamos como favoritos em todas as competições que disputaríamos em 2016, pois dizia que o Santos era o time com o melhor futebol do Brasil. Uma derrota foi o bastante para cair por terra tal máxima, mas não para mim. O brasileiro pode ser pessimista por natureza, eu não, eu sou como o poeta Marcelo Yuka, vivo de utopias, são elas que também me fortalecem, são elas que trazem vitórias em minha vida. Eu odeio pragmatismo, tenho asco por derrotismo e, o meu Peixe, desde sempre me fez sonhar, desde os tempos de Almir e Guga, do brilhante time de Geovanni e Marcelo Passos, desde sempre, ainda que não vencêssemos, o sonho jamais ruía, como agora. O sonho não acabou!

O elenco do Santos tem sim limitações, mas o time é muito bom, talvez o time titular seja sim o melhor do Brasil, como ouvi muitos comentaristas no mês de novembro dizendo assim sobre o Santos. Mas é preciso ousadia, é preciso gestão comprometida, é preciso se reinventar para não mais lutar pelo meio da tabela. O São Paulo que ganhou três títulos consecutivos há pouco não tinha craques em seu elenco, o Cruzeiro que há pouco mais de um ano conquistava um bi campeonato tampouco e até mesmo o atual campeão brasileiro também não tem um elenco com craques, mas sim com peças de reposição, que o treinador conseguiu enxergar de maneira inteligentíssima.

Alô alô departamento de futebol do Peixe… Que o Santos seja Modesto apenas na Presidência. Busquemos peças de reposição, busquemos jogadores competitivos, não é momento para se investir em apenas um craque salvador da pátria, como a antiga e desastrosa administração fez contratando Ibson, Walter Montillo e Leandro Damião, fórmula de insucesso, que não nos deu títulos, nos deu apenas dívidas e um buraco ainda maior do passivo do Clube. O momento é para usar a inteligência e usar não somente a nossa base, queimando jogadores, busquemos também o bom e barato, como já fizemos outrora. Eu confio nos profissionais da atual gestão, sei que são capazes de fazer o santista sorrir novamente. Confio em vocês e, como diria o poeta Vandré:

“Quem sabe faz à hora e não espera acontecer”.

 

Evandro Amaral Fernandes – Guga.

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Entre o muito ou o nada, restou o tudo para o Santos em 2016. http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/entre-o-muito-ou-o-nada-restou-o-tudo-para-o-santos-em-2016/ http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/entre-o-muito-ou-o-nada-restou-o-tudo-para-o-santos-em-2016/#respond Mon, 21 Dec 2015 20:41:08 +0000 http://mercadodofutebol.net.br/?p=3692 Minh’alma errante não me dá outra opção senão crer no sucesso, na virada, na superação. Uma alma humanamente errante precisa perdoar, sendo assim, já perdoei o atacante mais odiado pelos torcedores do maior alvinegro do mundo. Quando que eu imaginaria que um Nilson daria um bico na tão sonhada quarta conquista da América que poderia […]

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Minh’alma errante não me dá outra opção senão crer no sucesso, na virada, na superação.

Uma alma humanamente errante precisa perdoar, sendo assim, já perdoei o atacante mais odiado pelos torcedores do maior alvinegro do mundo.

Quando que eu imaginaria que um Nilson daria um bico na tão sonhada quarta conquista da América que poderia vir? Não foi nem bico, foi triste, foi bizarro, humanamente falho.

Não deu, mas daria, não foi, mas vai ser, tão logo, assim que é, todo santista sabe que é assim. Nilson, por favor, treine finalizações no próximo clube que você jogar, caso contrário, virá outra chance e você não irá aproveitar. Mas você está perdoado, desejo a ti melhores dias, não sorte, porque eu não acredito em sorte.

Nesses últimos dias eu vivi a mesma melancolia no fracasso do Brasileirão de 1993, com a não ida para a final contra o esquadrão da italiana Parmalat. Fiquei triste, janeiro chegou e em 94 vieram Neto e outros craques, botei fé no Neto, mas não deveria ter colocado fé. Acreditei, acreditaria de novo, como vou acreditar sempre. Santista que é santista jamais desiste, pois o verdadeiro torcedor de futebol não tem tempo a perder, porque as feridas cicatrizam de temporada em temporada, sendo assim, 2016 será o ano de tudo, do tudo, o SFC conquistará todos os títulos que disputará e, quem não assim crê, deveria escolher outro esporte, não o futebol.

O futebol é mais que um esporte e o Santos, ao menos para mim, vale mais que qualquer vaga em Libertadores. O desânimo acabou, assim que vai ser, 2016 é tudo nosso. Vai pr’a cima deles Santos!

 

Evandro Amaral Fernandes – Guga.

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Uma final “para ganhar e viver”, tão gigante como Carlos Drummond de Andrade. http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/uma-final-para-ganhar-e-viver-tao-gigante-como-carlos-drummond-de-andrade-2/ http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/uma-final-para-ganhar-e-viver-tao-gigante-como-carlos-drummond-de-andrade-2/#respond Wed, 25 Nov 2015 23:25:05 +0000 http://mercadodofutebol.net.br/?p=2103 O final de ano do futebol brasileiro não poderia findar-se de maneira mais brilhante, porque é hoje que se inicia uma disputa de gigantes do futebol. Santos, inventor do futebol arte e o Palmeiras que ensinou ao país da bola a ter disciplina, versatilidade e técnica em um só elenco iniciam hoje a disputa pelo […]

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O final de ano do futebol brasileiro não poderia findar-se de maneira mais brilhante, porque é hoje que se inicia uma disputa de gigantes do futebol. Santos, inventor do futebol arte e o Palmeiras que ensinou ao país da bola a ter disciplina, versatilidade e técnica em um só elenco iniciam hoje a disputa pelo caneco da Copa do Brasil 2015. Esses gigantescos clubes terão hoje, sem dúvida alguma, uma disputa memorável, inesquecível.

Para aqueles que insistem em favoritismo, digo que em um jogo como o tal não se pode levar em conta o momento do elenco, uma ou outra peça de maior envergadura individual. Aos jornalistas cabe o debate, cabe a eles, mas para os amantes do futebol não, para quem se atenta até mesmo nos detalhes, se faz necessário compreender que um jogo como o de hoje com dois dos mais importantes clubes do país no certame não se pode cravar de maneira prévia. De um lado o alvinegro de imensurável prestígio mundial, time do Rei da bola, que em seu currículo tem 2 mundiais, 3 libertadores e uma incontável coleção de títulos, já no lado alviverde há 10 conquistas nacionais, vários outros títulos importantes e uma Libertadores conquistada com ajuda de um santo da bola, do guarda metas mais carismático de toda a História do futebol mundial.

O poeta Carlos Drummond de Andrade se vivo fosse, certamente faria uma crônica esplendorosa para o jogo de hoje, caberia a ele abrilhantar ainda mais esse momento que entrará para as páginas do arquivo da bola. Hoje seria dia de genialidade no Jornal do Brasil.

Ganhar ou perder é do jogo, para ser vencedor, primeiramente se faz necessário saber perder, levantar a cabeça e dar a volta por cima, mas não no ponto de vista Hollywoodiano, não isso, porque no futebol de verdade nenhum filme poderia recontar o momento exato na busca pelo sucesso, da queda ao ápice, do desacreditado ao vencedor. Lá eles até são bons em retratar o basebol, o basquete, o futebol da bola oval, mas no esporte bretão a História é outra, meu querido, até porque, de bretão o futebol passou a ser de todo o planeta, também do proletariado carcamano paulistano, do caiçara da Baixada, pejorativamente peixeiro na resistência, no ser bom de bola, de ser reconhecido como grande desde sempre, mesmo distante do planalto paulista.

Não, não, manos e minas, eu não estou ficando louco, sei que posso estar até exagerando ao relembrar o Carlos Drummond de Andrade na sua crônica sobre a tristeza do fracasso dos canarinhos na Copa de 1982, mas tenho que ser malandro, tão malandro como um sambista da União Imperial, como um puxador de samba da X9 paulistana, ainda que eu não seja sambista, que tampouco saiba sambar. Eu tenho que me agarrar no que há de melhor para discorrer sobre tal, tenho que apelar.

Em um momento de tristeza assombrosa, de crise na economia, de austeridade tamanha que nem dá para comparar o modelo econômico do então presidente Figueiredo, ditador de outrora, com a nossa atual presidenta que já é mais questionada pelo povo do que a fraca e chorona zaga do Felipão na Copa do maior vexame do futebol brasileiro. Somente as mentes brilhantes conseguem em poucas linhas de uma crônica falar sobre futebol, sociedade e economia, mas que fique claro, o poeta era um gênio, bestial e eu sou somente mais uma besta que está a anos luz de se tornar uma fera das crônicas contemporâneas, de escritores da web.

O Santos não caiu no Paulistão, como regra o Peixe nunca caiu, o Palmeiras não caiu por mais uma vez e quem festeja por tal é o futebol, de momento tão sofrido, de 7 a 1 doído, de desesperança futebolística tão grande como a inquietação do trabalhador na fila do seguro desemprego, que sonha com melhores dias. Isso aqui não é o nós contra eles, petralhas x coxinhas, comunas x tucanos, clássico que se popularizou nas últimas eleições, por agora é o que há para se inflamar, porque isso aqui é futebol, Jão.

Que seja campeão o melhor dentro das quatro linhas, porque ganhar ou perder é do jogo, se explica, o que não se explica é a paixão pelo time de coração, como por exemplo, a minha paixão pelo Peixão. Hoje eu sou SANTOS, fui ontem, sou hoje e por todo sempre serei. Que que me desculpe o torcedor palestrino, o seu time é até bom, mas eu sou mais o meu…

Evandro Amaral Fernandes – Guga.

 

 

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O Santos é cosmopolita, do mundo. Devolvam o Peixe ao povo! http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/o-santos-e-cosmopolita-do-mundo-devolvam-o-peixe-ao-povo/ http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/o-santos-e-cosmopolita-do-mundo-devolvam-o-peixe-ao-povo/#respond Tue, 17 Nov 2015 02:52:56 +0000 http://mercadodofutebol.net.br/?p=1575 Foi num Maracanã sem Pelé que o povo chegava para assistir o maior time da terra. Num Maracanã que sem querer perpetuou o Mar Branco, de arquibancadas vibrantes, povo da arquibancada que torcia pelo time que inventou o futebol arte. Lavamos a alma daqueles que só conheciam o fracasso internacional, até o exato momento de […]

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Foi num Maracanã sem Pelé que o povo chegava para assistir o maior time da terra. Num Maracanã que sem querer perpetuou o Mar Branco, de arquibancadas vibrantes, povo da arquibancada que torcia pelo time que inventou o futebol arte. Lavamos a alma daqueles que só conheciam o fracasso internacional, até o exato momento de o brilhante Santos surgir e destruir de vez o fantasma de 50 e a síndrome de vira latas que atormentava o estádio mais importante do mundo.

Foi assim, de pênalti com o Dalmo, que o título mais importante do Santos até aqui saía, quase que num prenuncio do que anos depois o maior atleta de todos os tempos também faria o seu gol 1000, de pênalti, assinalando assim o gol mais marcante de sua carreira.

Era o Santos e o povo, o povo fluminense, os cariocas da gema, gente da Guanabara que assistia o querido e temido clube do litoral paulista a derrubar os italianos do Mazolla dentro do certame.

E é assim, com gratidão ao jundiaiense Dalmo, no aniversário do gol que levou a delírio o povo do Rio de Janeiro de São Sebastião que dou inicio a essa crônica peixeira.

O Santos é a resistência, desde sempre, não nasceu até então em uma megalópole, não advém de um núcleo de expansão em metrópole desvairada, a cidade de Santos era longe, de acesso ruim ao planalto. O SFC não teve em seu nascituro um modelo de torcedor de maioria do operariado imigrante como na região do planalto, do sistema fabril paulistano. O Santos nasceu assim, assim, leve como a brisa do mar, azul, branco e dourado e, a posteriori, branco do amor, preto da nobreza, time dos peixeiros, tido pejorativamente como time dos caiçaras, como se cravou na História, com muito orgulho, com muito amor.

No Santos o passado jamais será longínquo, nosso passado é presente, nosso passado é o nosso futuro, o nosso orgulho, porque o Santos é o time que acolheu o menino negro que revolucionou o planeta bola, que mostrou ao mundo que racismo é coisa de ignorante, que transformou em Rei um homem negro em um país extremamente racista, país branqueado com subsídio governamental de políticas eugienistas. Nem Darwin explicaria a revolução do futebol no Santos, nem Darwin, tampouco Heródoto, porque entre a ciência que estuda o homem no tempo e no espaço, ou a evolução da espécie, compreender o Santos é esbarrar na própria lógica.

O Santos é o time daqueles jovens torcedores que subiram a Serra do Mar em 1935 com galões de gasolina, porque se o juiz favorecesse o time do planalto por mais uma vez, as arquibancadas de madeira no bairro do Tatuapé seriam incendiadas.

Porque o Santos é o time que tem a sua maior concentração de torcida fora da sua jurisdição, porque os santistas de outros rincões precisam viajar para ver o Santos jogar. Porque o Santos têm a sua maior organizada na Zona Leste da capital, reduto do seu maior rival. Sendo assim, tinha tudo para dar errado, mas não se deu assim.

Pouco a pouco a Vila foi sendo esvaziada, sem planos para sócios torcedores com renda abaixo daquilo que vem sendo praticado no futebol, de maneira não tão inteligente, a diretoria vem traindo a sua origem, traindo o povo que o fez ser gigante. Porque para ser santista de verdade, não se faz necessário fazer parte de um núcleo que segue no primeiro escalão de números do ibope com torcedores de 2, 3, 4 times ao mesmo tempo. Para ser Santos, basta ser santista, mesmo que seja 1 em cada 4, não importa como seja, mas que seja apenas Santos e, se é santista, é resistir à tendência, a moda tão démodé, tão clichê.

Porque o Santos é diferente, o Santos é das casas de palafitas de Cubatão, o Santos é do Marapé, da Zona Noroeste, do Jardim Casqueiro, porque o Santos é da México 70, de Saboó, de Santa Terezinha, Aparecida, de Ocian, de Agenor de Campos, da Vila Zilda, do Jaçanã na Zona Norte paulistana, do Itaim Paulista, do Valo Velho, do mundo e não somente do Gonzaga, da Vila Rica e da Ponta da Praia.

Atenção Comitê Gestor e atual Presidente, devolvam o Santos ao povo e que os lugares vazios na Vila sejam destinados para quem um dia já foi de direito, como nos anos 80 e 90, quando o asfalto e o morro dividiam a mesma arquibancada da Vila mais famosa do Mundo.

Evandro Amaral Fernandes – Guga.

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Os 99 anos da Vila do craque Feitiço, um legado de magia para todo sempre. http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/os-99-anos-da-vila-do-craque-feitico-um-legado-de-magia-para-todo-sempre/ http://mercadodofutebol.net.br/santos-futebol-arte/os-99-anos-da-vila-do-craque-feitico-um-legado-de-magia-para-todo-sempre/#respond Sat, 24 Oct 2015 11:25:15 +0000 http://mercadodofutebol.net.br/?p=587 O Poeta Pablo Neruda já dizia: “Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final.” Neruda dizia que no meio de um texto é que se introduz as ideias, mas eu farei diferente, no meio discorrerei sobre a imposição de uma ideia imposta por quem odeia descer a Serra […]

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O Poeta Pablo Neruda já dizia:
“Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final.”
Neruda dizia que no meio de um texto é que se introduz as ideias, mas eu farei diferente, no meio discorrerei sobre a imposição de uma ideia imposta por quem odeia descer a Serra do Mar.
Imaginemos um Clube de uma pequena cidade litorânea, cidade com um pouco mais de 400 mil habitantes e que fez tão bem para o futebol de um país com mais de 200 milhões de habitantes.
Pensemos que um Clube que nasceu azul, branco e dourado ganharia o mundo em branco e preto, que transformaria um atleta negro em Rei, um Rei em um país racista, um país que precisou de intervenção externa para abolir a escravidão, branqueado pela imigração europeia, imigração europeia que trouxe o esporte bretão para o novo mundo, esporte em que poucos anos antes os negros se fingiam de brancos, obrigados a se trajarem como brancos. Não, eu não estou exagerando, negro para jogar bola no Brasil durante o período da República Velha deveria se portar como branco.
Pensemos que em uma pequena cidade litorânea existe um Clube de futebol que mais marcou gols entre todos os clubes do futebol mundial, um clube que parou uma Guerra entre países do Continente africano, continente que sofreu com o liberalismo do período dos estados modernos e que ainda sofre até os dias de hoje com o neocolonialismo. Sim, o Peixe foi lá e calou os canhões, em um dia que a bola enfrentou a pólvora.
Foi no clube Concórdia que surgiu um Clube gigante, que por pouco não teve seu nome de batismo como África Futebol Clube, no entanto, foi com o nome de Santos Football Club que surgiu e foi como Santos Futebol Clube que enfeitiçou o mundo inteiro.
Daqui do planalto bandeirante eu observo os discursos, pois entra ano e sai ano e quase como regra o Peixe está cotado em ser rebaixado, que a qualquer momento pedirá a bancarrota, cotado como regra em fracassar, com profecias jornalísticas em forma de palpites de que fará vergonha no estadual, que vai estar entre os quatro últimos do nacional e que vai ser eliminado na primeira fase de todas as copas que possa disputar no ano.
Atenção mídia do Planalto, eu vou contar algo que na pauta que vocês seguem passa despercebido. O nosso estádio é pequeno demais para caber todos vocês, pequeno para caber tanta soberba, pequenino para caber os seus interesses mercantis, minúsculo para acolher tanta inveja, acanhado demais para receber tanta ingratidão.
Aos patrões do Rádio, dos Jornais e da Televisão, eu digo que podem nos arrancar da TV em cabo, nos escondam de suas pautas, porque ainda que vocês tomem nota do Peixe como a quarta força paulista, para os santistas do litoral, dos mais afastados rincões do Brasil e os alvinegros espalhados em todo o mundo, todos eles estão convictos de que o Santos Futebol Clube não é o primeiro, tampouco último, pois o Santos Futebol Clube nasceu e continuará sendo ÚNICO!
Evandro Amaral Fernandes – Guga.

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