Obrigado, guerreiros! #ForçaChape
- Updated: 29 de novembro de 2016
Amantes do futebol,
29 de Novembro de 2016, terça-feira. Dia terrivelmente triste para o futebol mundial, por conta da notícia da queda do avião que levava a equipe da Chapecoense e jornalistas que iriam cobrir o primeiro jogo da final da Copa Sul-americana contra o Atletico Nacional de Medelín. A Chape, admirada por todos nós amantes do esporte, perdeu praticamente todo o seu elenco, entre eles o experiente volante Cléber Santana e o jovem lateral direito Caramelo, que tiveram passagens pelo Tricolor paulista. Outro ex-são-paulino que também faleceu no acidente foi o craque Mario Sergio, que fazia parte da equipe de comentaristas da Fox Sports e iria participar da transmissão da partida.
Cléber Santana, revelado pelo Sport teve passagens por grandes times pelo Brasil, além do Atlético de Madrid, da Espanha. Chegou ao São Paulo, vestindo a camisa 8, no ano de 2010 em negociação com o clube espanhol. Não foi um dos nossos volantes mais brilhantes, com certeza, mas também nunca faltou compromisso. Foi emprestado ao Atlético Paranaense em 2011, retornou em 2012 porém não conseguiu espaço na equipe titular e acabou sendo transferido para o Avaí. Cleber foi contratado pela Chape em julho de 2015 e se transformou no maior líder da equipe. Era o símbolo do time que batalhava bravamente todas as partidas como verdadeiros guerreiros. Pelo tricolor foram 48 jogos e 3 gols marcados. Na carreira foram diversos títulos, entre eles o da Liga Europa pelo Atlético de Madrid.
Mateus Caramelo, cria da base do Mogi Mirim, se destacou pelo time do interior no campeonato paulista de 2013. Sua estréia foi justamente em uma partida contra o São Paulo FC, na qual o lateral direito teve um excelente desempenho. A diretoria não perdeu tempo e após o campeonato regional contratou Caramelo, na esperança do jogador brilhar também com a camisa são-paulina. Fez boa estréia contra a Ponte Preta, teve oportunidades com Muricy Ramalho, porém não correspondeu às expectativas e no ano seguinte teve de ser emprestado ao Atlético Goianiense. Voltou em 2015, mas ainda sem espaço, foi novamente emprestado, agora para a Chapecoense até o final da temporada passada. Retornou ao clube neste ano, sendo inclusive inscrito para a Libertadores, mas não obteve a confiança de Bauza e mais uma vez foi emprestado para o verdão catarinense, no qual estava fazendo um excelente segundo semestre. Pelo nosso SPFC foram 21 jogos.
Mario Sergio foi um meia excepcional. Tinha uma habilidade impressionante na perna esquerda, com certeza é lembrado por muitos torcedores que viveram e apreciaram o futebol das décadas de 70 e 80. Passou pelo tricolor como jogador em 1981 e conquistou o campeonato paulista daquele ano. Além de craque, era um jogador esquentado e tinha o apelido de “O Rei do Gatilho” por conta de um acontecimento inusitado. No primeiro jogo da final do paulistão contra o São José, após a derrota tricolor por 1×0, torcedores do time adversário cercaram o ônibus são-paulino e começaram a atirar pedras. Foi então que Mario Sergio sacou o seu revolver e atirou para cima. Após o acontecimento, Mario explicou que as balas eram de festim. Na partida de volta, o placar eletrônico do Morumbi, ao anunciar a escalação trazia o nome do craque tricolor com os dizeres “O Rei do Gatilho” e a partir de então, o apelido pegou. Apesar da fama de esquentado, Mario foi extremamente reconhecido pela bola que jogou. Quem assistiu nunca esquece a goleada por 6×2 contra o Palmeiras, na qual ele brilhou marcando 2 gols e dominando a partida. Era também apelidado de “Vesgo” devido à sua jogada característica de “olhar para um lado e tocar para o outro”.
Mario também treinou o nosso SPFC, em 1998, porém foram apenas 10 jogos no comando da equipe. Ficou marcado por ter barrado o M1T0 (agora nosso novo treinador), ainda no inicio da carreira, de bater faltas justificando que tinha outros jogadores como França e Dodô para esta função. Mesmo com uma curta passagem pelo tricolor, Mario Sergio ficará guardado na memórias de muitos torcedores são-paulinos com muito carinho pela qualidade de sua canhota. Valeu, Mario!
O São Paulo, assim como diversos outros clubes, emitiu uma nota oficial em seu site, dizendo que se compromete a ajudar a Chapecoense, emprestando jogadores e solicitando formalmente à CBF que a Chape não fique sujeita à rebaixamento pelos próximos três anos. O clube ofereceu ainda ajuda aos familiares dos jogadores.
Nós da coluna do São Paulo Futebol Clube aqui do site Mercado do Futebol, prestamos nossa solidariedade aos familiares e amigos dos jogadores e diretores, e aos torcedores da Associação Chapecoense de Futebol, além dos familiares das demais vítimas do acidente. Assim como todos os apaixonados pelo esporte, estamos muito tristes com o acontecido e esperamos que a Chape, a segunda equipe de todos nós, conte com a ajuda de todas as grandes equipes do futebol brasileiro e se reestruture o mais rápido possível para voltar a brilhar nos gramados brasileiros. #ForçaChape!
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