Treze de maio de mil novecentos e cinco, dia divino…
- Updated: 13 de maio de 2016
Tudo começou quando Guilherme de Aquino Fonseca voltou da Inglaterra apaixonado por um esporte muito praticado por lá, mas pouco conhecido aqui. Guilherme conheceu o futebol e decidiu trazê-lo para o Recife em meados de 1903, vindo inclusive com todo o material necessário para a prática do esporte: bola de couro, meiões, chuteiras e camisas de listras pretas e vermelhas – cores do uniforme usado pelo time da universidade onde estudou.
A fundação do clube se entrelaça com o início e desenvolvimento do futebol pernambucano, já que naquela época esse esporte era praticado aqui apenas em círculos fechados de trabalhadores ingleses e não tinha nem longe a popularidade dos dias atuais. Um esporte muito praticado naquela época era o remo, que pertencia exclusivamente a um de nossos rivais, Guilherme chegou até a propor a inclusão do novo esporte que estava chegando, mas naquele momento a agremiação não tinha interesse. Então, coube a Guilherme dar o pontapé inicial.
Das conversas entre amigos à sombra do sagrado sapotizeiro, teve inicio a gloriosa história do maior clube do Norte/Nordeste do país. E, em treze de maio de mil novecentos e cinco, ao meio dia, 67 sócios reunidos no salão da Associação dos Empregados do Comércio de Pernambuco fundaram essa nação de vencedores.
Hoje, o Sport Club do Recife completa 111 anos de muitas glorias, lutas e conquistas. Guilherme de Aquino e seus sócios fundadores não tinham ideia da proporção que o time tomaria, mas devem estar orgulhosos pelo que o clube se tornou. Um dos maiores clubes do Brasil, com uma estrutura de dar inveja a muitos, um sala de troféus cheia de conquistas, um seleto de ídolos que honraram a camisa rubro-negra assim como eles e uma imensa nação de seguidores apaixonados.
“O Sport será um autêntico campeão, pois nasceu sob o signo da valentia e dele jamais se apartará.”
Guilherme de Aquino Fonseca, 1905.
O Sport nasceu de um grande amor, o amor que Guilherme de Aquino sentia pelo futebol. Amor esse que foi passado de geração a geração por cada torcedor, como um importante ensinamento. Uma tradição secular. Amor esse que segue forte e ardente até hoje dentro do coração dos seguidores. Amor esse que está marcado na pele daquele louco apaixonado que decidiu se declarar por meio de uma tatuagem. Amor esse que está em cada manto novo ou desbotado. Amor esse que está no canto, nas palmas, nos gritos, nas lágrimas e até nas vaias. Amor esse que é difícil de explicar!
“O Sport, pra mim, é – e sempre foi – umas das coisas mais importantes na minha vida.”
Ariano Suassuna.
Guilherme de Aquino vive!
Por: Amanda Vilarim.
Alex Kleyton
13 de maio de 2016 at 14:06
Belo texto Amoda, parabéns e viva o nosso leão…