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CISCANDO EM OUTROS TERREIROS

Foto: Bruno Cantini/ Atlético-MG

O Atlético-MG sempre foi conhecido pela ótima campanha como mandante. Em 2012 por exemplo, em que o time comandado por Cuca, Ronaldinho Gaúcho e Jô, foi vice-campeão Brasileiro, graças ao excepcional retrospecto no Estádio Independência. Veio a campanha épica da Libertadores em 2013, mais uma vez o time era feroz em casa e conseguiu o título. Porém, por trás destas campanhas, sempre há o chamado “calcanhar de aquiles.”

Em 2012, ano do vice campeonato, o Galo tinha um péssimo aproveitamento fora do Horto, perdendo pontos preciosos para equipes da parte inferior da tabela, como Bahia e Atlético-GO, que foi um dos motivos da perca do título Brasileiro, na qual a equipe não ganha desde 1971. Na campanha da Libertadores o mesmo cenário. Após fazer uma bela fase de grupos e eliminar o SP com autoridade nas oitavas, vencendo os dois jogos, o Atlético começou a passar sufoco em outros campos. Empatou no último minuto contra o Tijuana, no México, pelas quartas, perdeu para o Newell’s Old Boys, em Rosário, por 2 a 0, nas semis e na final, um também 2 a 0, em Assunção, contra o Olímpia. O caiu no Horto tá morto surgiu daí, deixando o time com mais de 20 jogos seguidos sem perder no estádio.

No ano de 2017, após uma sequencia muito boa como mandante, no campeonato Mineiro, onde o time até então era comandado por Roger Machado, o Galo venceu todas as partidas como mandante. Chegou o Brasileirão e as coisas degringolaram de vez. Até o momento, em 9 jogos, são apenas duas vitórias, dois empates e cinco derrotas, deixando a equipe ser a segunda pior mandante na atual edição do Campeonato. Porém, ao inverso do que acontecia em 2012/2013, o Atlético vem com um excelente aproveitamento fora de casa. Em 8 jogos, são quatro vitórias, três empates e apenas uma derrota.

Domingo por exemplo, após uma sequencia de dois jogos seguidos em casa, contra Bahia e Vasco, o time obteve duas derrotas, uma inclusive que culminou na saída do técnico Roger Machado. A equipe que agora é comandada por Rogério Micale, o técnico de ouro das olimpíadas, ganhou fora de casa do Coritiba, foi um 2 a 0 que poderia muito bem ter sido um 4 a 0. Mais uma excepcional partida fora de casa.

Para tentar mudar os ares do time, a diretoria alvinegra decidiu mandar os próximos dois jogos da equipe no Mineirão. O primeiro será amanhã, contra o líder Corinthians, as 21h. Jogo que promete ter casa cheia. Até o momento, foram 21 mil ingressos vendidos, fora os sócios com entrada gratuita, ou seja, mais de 30 mil garantidos.

Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG.

Se o Atlético não tivesse perdido tantos pontos em casa, provavelmente estaria brigando ponto a ponto com o seu adversário de amanhã, mas a irregularidade e a forma que o time se porta como mandante, fez com que a equipe colocasse um pouco de medo na cabeça de nós torcedores.

O novo técnico alvinegro, Rogério Micale, vem com a missão de melhorar os números da equipe como mandante, além de conservar os como visitantes. Muitos diziam que a equipe de Roger era muito passiva, não reagia e seguia sendo presa fácil em casa. Micale gosta de uma equipe mais incisiva, com as linhas mais altas, o que fatalmente faria a equipe se expor mais, porém, com uma chance muito maior de obter resultados positivos.

Esse jogo contra o líder com certeza será o divisor de águas na campanha do Galo no Brasileiro e na sequencia de trabalho que Micale terá à frente. Veremos como o time se comportará. Apoio maciço da torcida ele terá. Tomara que as coisas se acertem e o Galo possa voltar a ser o ótimo mandante que sempre foi.

AVANTE, GALO!
Por: Matheus de Oliveira.

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