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Os jovens leões e uma missão: reeditar 1990 e encantar o mundo

Issouf Sanogo/AFP

Luta e suor para surpreender.

Represente do continente africano, a seleção camaronesa vai à Rússia não apenas para fazer uma boa campanha, como também para confirmar e lapidar uma geração de promissores jogadores – tal qual fez com Roger Milla & cia em 1990.

Assim como Chile e Portugal, os leões indomáveis não eram os favoritos em sua competição continental, mas se tem algo previsível na Copa Africana de Nações, é que ela é imprevisível. Apresentando um futebol correto e organizado, a seleção de Hugo Broos desbancou as favoritas Argélia, Gana, Nigéria e Burkina Faso para conquistar seu quinto título africano. E querem repetir a dose na Copa das Confederações.

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Depois de uma campanha fraca na Copa de 2014 os camaroneses concluíram que era a hora da renovação, o que já é difícil para potências se torna mais complicado ainda num país com cerca de 300 futebolistas profissionais (jogando na liga local ou no exterior). Nomes como Eto’o, Assou-Ekotto, Song, Webó e Itandje saíram da lista e deram lugar a boas apostas, como o bom goleiro André Onana, titular do Ajax com apenas 21 anos. De toda convocação para competição, apenas Sébastian Siani e Ernest Mabouka possuem mais de 28 anos.


>> Preparatório para as eliminatórias e desfalques

Se os leões estão na Rússia para a disputa da Copa das Confederações, dificilmente estarão ano que vem na Copa do Mundo. Explicando: o regulamento das eliminatórias africanas é simples: sorteiam-se 5 grupos com 4 seleções e a primeira colocada de cada vai para Copa. Num sorteio infeliz, Camarões caiu na chave com outras 3 potências do continente: Argélia, Nigéria e Zâmbia (sim, a confederação africana de futebol é uma bagunça mesmo). Os nigerianos estão com folga na primeira posição no momento. Para tentar reverter esse quadro, nada melhor que um laboratório de luxo na principal competição entre seleções de 2017.

Joël Matip (foto ao lado), titular do Liverpool e referência da seleção e Ambroise Oyongo, lateral esquerdo titular, são ausências bem sentidas pelo técnico Hugo Broos. O primeiro pediu dispensa devido à exaustão física da temporada européia e o segundo sofreu uma grave ruptura dos ligamentos na Tíbia. Mais testes e desafios para o técnico da equipe.


>> Convocação e onze provável

A seleção camaronesa passou por 2 testes antes da competição: uma vitória por 1×0 sob Marrocos e uma acachapante derrota por goleada contra a Colômbia, 4×0 (com time misto, há de se ressaltar).

Goleiros: Jules Goda (Ajaccio), Georges Mbokwe (Mjondalen), Andre Onana (Ajax Amsterdam), Fabrice Ondoa (Sevilla)

Defensores: Jean Louis Castelletto (Red Star), Fai Collins (Standard Liege), Mohamed Djettei (Gimnastic Tarragona), Jerome Guihoata (Panionios), Ernest Mabouka (MSK Zilina), Michael Ngadeu Ngadjui (Slavia Prague), Jonathan Ngwem (Progresso Sambizanga), Lucien Owona (Alcorcon), Ambroise Oyongo (Montreal Impact), Adolphe Teikeu (Sochaux)

Meio-campistas: Petrus Boumal (CSKA Sofia), Franck Boya (1860 Munich), Arnaud Djoum (Heart of Midlothian), Georges Mandjeck (Metz), Benjamin Moukandjo (Lorient), Edgar Salli (St Gallen), Sebastien Siani (Oostende), Andre Franck Zambo Anguissa (Olympique Marseille)

Atacantes: Olivier Boumal (Panathinaikos), Vincent Aboubakar (Besiktas), Christian Bassogog (Henan Jianye), Robert Ndip Tambe (Spartak Trnava), Nicolas Ngamaleu (Rheindorf Altach), Jean Pierre Nsame (Servette Geneva), Karl Toko Ekambi (Angers), Jacques Zoua (Kaiserslautern)

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