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Junho: o mês em que ganhamos e perdemos nosso eterno capitão

Zito

José Ely de Miranda, conhecido popularmente por Zito, foi, diga-se de passagem, o melhor médio-volante do Santos. Sua carreira no alvinegro foi de 1952 a 1967, tempo suficiente para fazer história e levar os apelidos “líder”, “general”, e hoje o nosso “eterno capitão”. Ele veio como promessa, e no ano seguinte em que foi contratado já se firmou titular. Seu primeiro jogo foi em 30 de junho de 1952, contra o Madureira, na Vila Belmiro, e quem venceu foi o Santos com o placar de 3×1.

Zito dava a vida pela vitória e incentivava os outros jogadores a fazerem o mesmo, passando-lhes garra e disposição. Um exemplo disso é que mesmo com as partidas já decididas, ele incentivava os jogadores, gritando para continuarem fazendo gols. Por conta disso e outros fatores, como a humildade, ele foi o jogador do Santos mais respeitado e admirado pelos companheiros.

Além de jogar muito bem, possuía uma capacidade sem igual de avaliar o potencial de um time e as técnicas e táticas de uma partida. Também era capaz de ajudar na saída de jogo e ainda aparecia na área para concluir a jogada, além, é claro, de acabar com as jogadas dos jogadores adversários. Isso era quase que inédito na época.

Foi um volante muito técnico, que sabia sua posição e a exercia bem, sabia lançar, seu chute mais forte era com o pé direito, cabeceava, controlava o fôlego para conseguir correr durante todo o jogo e possuía um espírito de garra, luta e liderança. O técnico Lula concedeu a ele o direito de orientar e mexer no time, e ele, por sua vez, aproveitava bem essa permissão.

Ao todo foram 727 jogos pelo Santos, com 57 gols feitos, conquistando 9 Campeonatos Paulista, 3 Rio-São Paulo, 5 Brasileiros (na época Taça Brasil), 2 Libertadores e 2 Mundiais.

Zito veio à óbito dia 14 de junho de 2015, aos 82 anos. Por fim, fez parte do time que se tornou o melhor do mundo, porém fez história não só no Santos, mas também na Seleção Brasileira (quem não se lembra daquele gol sobre a Tchecoslováquia na copa de 62?), tornando-se merecedor de todo reconhecimento que teve e sempre terá.

 

 

por: @_analudavid

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