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Opinião: e agora Marcelo?

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Opinião: e agora Marcelo?

Três jogos em casa, um empate e duas derrotas, um retrospecto um tanto quanto ridículo não? Campeão da Copa do Brasil, o time do Palmeiras não engrena e amargura uma pressão que nas alamedas da rua Palestra Itália é triplicada ao quadrado, perguntado na coletiva depois da derrota no Allianz Parque, MO diz não saber porque o time não funciona.

Sério? Tantas horas pra ser honesto e você decide ser na hora que sua cova está sendo cavada? Quanta ingenuidade da sua parte!

Setoristas do clube informaram que depois da partida o vestiário estava em chamas, cobranças aconteceram entre os próprios jogadores, interessante saber isso, me deixa entender que eles estão irritados como nós. Ana Thais da Radio Globo hoje confirmou: o técnico alviverde iria ser demitido, mas os jogadores seguraram, outra informação relevante, guarde elas.

Onde está a tênue linha em que a culpa do desempenho do time é do jogador e técnico? A resposta é simples para alguns, o técnico arma o time e os jogadores executam. Então vamos aprofundar mais essa teoria.

O papel do técnico nunca antes foi fundamental como nos dias de hoje, é visível a descompactação do time, a falta de movimentação e a tão falada marcação individual. Podemos fazer um paralelo rápido com a situação que Eduardo Baptista no Fluminense se encontra, treinador promissor que fez o Sport sonhar com G4 no Brasileiro de 2015 foi para o tricolor carioca cerca de 2 meses depois da chegada de MO, na época lembro de estar preocupado com o time do Rio de Janeiro por Baptista ser bem mais promissor que o técnico alviverde.

Demitido 5 dias atrás, Eduardo apresentava quase as mesmas deficiências que Marcelo e por incrível que pareça as justificativas de reclamação são quase as mesmas da torcida palmeirense, não se via mudança no time, ele escalava mal e sempre falava que tinha que melhorar mas não fazia medidas substanciais, agora pense, de quem estamos falando? MO ou Baptista? Vejam que a diferença do técnico promissor e no ultrapassado na hora da reclamação é quase nula!

Quero deixar claro que não estou tirando Marcelo Oliveira do tema, mas quero fazer o questionamento, na hora em que falamos de Eduardo Baptista pensamos em algo promissor, porque com MO temos essa visão tão pessimista? Deixo essa pergunta para responderem internamente e com calma.

Continuando a analise da linha tênue que propus no começo do texto, qual o papel do jogador? Vamos ao básico primeiramente, jogador tem que correr pelo time e fazer o que técnico pede. Para correr pelo time a pessoa tem que estar fechada com o grupo, com as informações dos jornalistas vejo que todos querem ser campeões, haver cobrança entre si é sadio, mas exageradamente pode ser prejudicial. Agora vamos a parte mais delicada do texto, pra fazer o que o técnico pede é preciso que o grupo esteja fechado com o mesmo e que entenda o que ele quer, os repórteres dizem com todas as letras que o grupo quer MO, tanto que seguraram o treinador.

Me impressiona o fato dos jogadores na hora da crise serem protegidos de forma invejável, temos um bom/ótimo elenco, o que espera – se é que simplesmente eles não errem passes de 10 metros, temos material humano! Dói tanto não ter algum bode expiatório e cobrar time e técnico ao mesmo tempo? Até os jogadores entenderam isso, quando vemos eles brigando entre si é porque eles identificaram seu papel!

Marcelo PRECISA melhorar, no futebol só o resultado acalma uma crise, ele tem que melhorar a compactação e a marcação, ironicamente quase tudo em um time decente, com treino e tempo isso pode ser mudado, mas tem que ser rápido!

Vamos Marcelo, me ajude a te ajudar!

Por Gabriel de Nani

Agradecimentos para Ana Esther, colunista do Fluminense

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