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Santos, Enecampeão Brasileiro? Estamos tão perto, Modesto!

Exatamente nesse mês de dezembro cravou o aniversário de 13 anos do sétimo título brasileiro, no então ano de 2002, com um show dos meninos contra o alvinegro do planalto. Naquela tarde eram os jovens que assumiam a responsabilidade, no que aos menos para mim seja o principal titulo do Peixe dos últimos 40 anos. Eu fui testemunha ocular, em um Morumbi igualmente dividido, com um pouco mais de 35 mil santistas orgulhosos de ter meninos brilhantes os representando.

Mas hoje, qual seria a receita para novo sucesso no Nacional, no mais disputado e rico campeonato nacional de toda a América Latina?

Dois anos depois do show dos meninos, com um time mais maduro, sendo vice-campeão em 2003 com aproveitamento de time campeão já em uma fórmula de pontos corridos, o Peixe levantara a taça novamente, mas naquele elenco, havia não somente meninos, havia também o ótimo Ricardinho, o Devid mais maduro, o Basílio com raça e inteligência e com os meninos mais experientes. Mais de uma década se passou, o futebol mudou e o Peixe parece ter perdido a fórmula de vitórias no Brasileirão. Se em 2002 tínhamos no elenco o Robert, o Fábio Costa e o bom centroavante Alberto e, em 2004 tínhamos Ricardinho, Basílio e Preto Casagrande, nenhum desses propriamente gênios, mas que foram contratados sob medida para enriquecer tais elencos, então, está na hora do Peixe revisitar o seu passado não tão longínquo e colocar em prática a máxima de que o Santos não somente revela, como também enxerga quais peças precisam para completar o elenco.

Não fosse a derrota nos pênaltis para o Palmeiras na Copa do Brasil, os meios de comunicação colocaríamos como favoritos em todas as competições que disputaríamos em 2016, pois dizia que o Santos era o time com o melhor futebol do Brasil. Uma derrota foi o bastante para cair por terra tal máxima, mas não para mim. O brasileiro pode ser pessimista por natureza, eu não, eu sou como o poeta Marcelo Yuka, vivo de utopias, são elas que também me fortalecem, são elas que trazem vitórias em minha vida. Eu odeio pragmatismo, tenho asco por derrotismo e, o meu Peixe, desde sempre me fez sonhar, desde os tempos de Almir e Guga, do brilhante time de Geovanni e Marcelo Passos, desde sempre, ainda que não vencêssemos, o sonho jamais ruía, como agora. O sonho não acabou!

O elenco do Santos tem sim limitações, mas o time é muito bom, talvez o time titular seja sim o melhor do Brasil, como ouvi muitos comentaristas no mês de novembro dizendo assim sobre o Santos. Mas é preciso ousadia, é preciso gestão comprometida, é preciso se reinventar para não mais lutar pelo meio da tabela. O São Paulo que ganhou três títulos consecutivos há pouco não tinha craques em seu elenco, o Cruzeiro que há pouco mais de um ano conquistava um bi campeonato tampouco e até mesmo o atual campeão brasileiro também não tem um elenco com craques, mas sim com peças de reposição, que o treinador conseguiu enxergar de maneira inteligentíssima.

Alô alô departamento de futebol do Peixe… Que o Santos seja Modesto apenas na Presidência. Busquemos peças de reposição, busquemos jogadores competitivos, não é momento para se investir em apenas um craque salvador da pátria, como a antiga e desastrosa administração fez contratando Ibson, Walter Montillo e Leandro Damião, fórmula de insucesso, que não nos deu títulos, nos deu apenas dívidas e um buraco ainda maior do passivo do Clube. O momento é para usar a inteligência e usar não somente a nossa base, queimando jogadores, busquemos também o bom e barato, como já fizemos outrora. Eu confio nos profissionais da atual gestão, sei que são capazes de fazer o santista sorrir novamente. Confio em vocês e, como diria o poeta Vandré:

“Quem sabe faz à hora e não espera acontecer”.

 

Evandro Amaral Fernandes – Guga.

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