Entrevista com a goleira Letícia do Corinthians e da seleção brasileira feminina

Letícia Izidoro da Silva nasceu em 13 de agosto de 1994 na cidade do Rio de Janeiro. Lelê como também é conhecida, se prepara para disputar sua segunda Copa do Mundo Feminina da FIFA.

Em um papo exclusivo com o MF, Letícia falou sobre a carreira, planos para o futuro e seleção brasileira. Além de ressaltar o que todos já devíamos saber: O futebol feminino precisa de apoio e valorização

 

MF- Como surgiu seu interesse pelo futebol e quando você percebeu que era o futuro que iria seguir?

Letícia- Sempre tive interesse por esporte, desde pequena. Gostava de praticar todos os esportes na escola, mas o que sempre me chamou atenção e mais gostava era o futebol. Então foi o esporte que comecei a treinar e dar mais preferência. Percebi depois de um tempo que esse era o esporte que eu queria seguir.

 

MF- Quem foram seus principais incentivadores nessa jornada, dentro e fora da família?

Letícia- Desde o começo, meus pais foram os principais apoiadores. Além deles, meus professores de educação física, treinadores e depois de um tempo o restante da minha família passou a me apoiar também.

 

MF- Você é carioca de nascença, mas começou sua carreira profissionalmente no Vitória das Tabocas de Pernambuco. Como você foi descoberta pelo clube e o que essa mudança de estado representou para você?

Letícia- Minha carreira profissional começou bem antes do Vitória. Em 2010 o Kindermann foi o primeiro que clube que me abriu as portas profissionalmente. O Vitória veio em 2011/2012, foram anos muito importante para a minha carreira. Certamente, agregaram muito.

 

MF- Nas suas passagens pelo Kindermann e pelo São José, o quanto você acha que a falta de organização de competições pesou na época?

Letícia- Primeiro ano no Kindermann tínhamos 2 competições apenas no profissional (Catarinense e Copa do Brasil), o restante era de base e futsal. O São José em 2014 já tinha o paulista, Libertadores e Copa do Brasil. Um calendário totalmente diferente do Sul. Precisamos de um calendário bom, com jogos e competições o ano inteiro e não uma competição junto à outra, onde ambas acabam praticamente no mesmo período e clubes que não se classificam acabam ficando sem calendário.

 

MF- Desde muito cedo você tem vestido a camisa da seleção brasileira feminina, inclusive já conquistou a Copa América. Como é a sensação de vestir a amarelinha e de levantar troféus com ela?

Letícia- É sempre uma honra e um orgulho imenso representar meu país e conquistar títulos importantes. Acho que gratidão é a palavra que define cada momento que passei e passo a aqui dentro.

 

MF- Falando da ótica do apoio ao futebol feminino. Você acha que já houve avanço nesse sentido desde que você iniciou sua carreira?  O que você ainda acha que precisa evoluir?

Letícia- Sem duvidas houveram avanços, hoje por exemplo, temos times de camisa pesada criando categorias de base, algo fundamental para evolução do futebol feminino. Esses clubes voltando ou começando a investir no futebol feminino, patrocinadores se interessando pela nossa categoria. Se tudo isso continuar crescendo, sem duvidas o futebol feminino no Brasil tem muito a crescer. Principalmente se o investimento for feito desde cedo, vindo das categorias de base até as profissionais.

 

MF- E sobre você o que mudou da Letícia de 2015 para a de 2019 e como você enxerga a Letícia de 2023?

Letícia- A Letícia de 2019 amadureceu bastante, cresceu profissionalmente e pessoalmente. Em 2023, quero estar em alto nível ainda tendo conquistado títulos importantes pela seleção e pelo clube que eu estiver representando.

 

MF- Por fim quais são seus principais objetivos para o futuro?

Letícia- Como eu disse anteriormente, espero me manter em alto rendimento por bastante tempo, jogando campeonatos importantes, conquistando títulos, amadurecendo e crescendo profissionalmente.

 
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Jornalista. Amante de games, cinema e principalmente futebol. Goleiro de qualidade bastante duvidosa/ volante brucutu.

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Antonio Jacques Neto

Jornalista. Amante de games, cinema e principalmente futebol. Goleiro de qualidade bastante duvidosa/ volante brucutu.

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