Não ao futebol moderno!

Proibição de diversos utensílios deixa a festa das torcidas de São Paulo sem graça

O foco principal deste texto é tratar dos festivos realizados pelas torcidas organizadas durante os 90 minutos de futebol, comparar situações dos últimos anos para, enfim, tentarmos entender porque lemos cada vez mais a seguinte afirmação: NÃO AO FUTEBOL MODERNO!

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Corinthians x Flamengo disputaram a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior no Pacaembu para um público de pouco mais de 30 mil pessoas. Como de praxe, as arquibancadas do portão principal (amarela e verde) estavam lotadas, em maior número o setor tradicional ocupado pela torcida organizada Gaviões da Fiel.

Antes do início de cada etapa, um bandeirão enorme da Gaviões da Fiel cobriu todo o setor da Arquibancada Principal, depois bandeiras foram abertas das torcidas Estopim da Fiel, Pavilhão 9 e Camisa 12. Aos 40 minutos do segundo tempo, o setor ocupado pelos Gaviões começa a fazer uma linda festa pirotécnica, com diversos sinalizadores, fumaça preta e tudo mais. O juiz da partida então paralizou a partida imediatamente, seguindo orientação da Federeção Paulista de Futebol. O seguinte canto então partiu dos torcedores: “Federação, vai se…, o Coringão não precisa de você”!

FUTEBOL - TORCIDA - ESPORTES - ACERVO - Os torcedores do Corinthians agitam as bandeiras antes da partida contra a Ponte Preta, válida pelas finais do Campeonato Paulista de 1977 - Estádio Cícero Pompeu de Toledo(Morumbi) - São Paulo - SP - Brasil - 09/10/1977 - Foto: Acervo/Gazeta Press

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A utilização de sinalizadores é proibido nos estádios de São Paulo, assim como fumaças, papel picado e bandeiras de mastro. Em outras partes, em São Paulo a torcida pode comparecer com faixas, bandeiras e instrumentos de bateria, nada mais. Antigamente quando os clássicos eram disputados no Morumbi, as torcidas faziam uma linda festa, de arrepiar qualquer pessoa, desde o mais fanático torcedor do clube envolvido até um cidadão comum, que não tem interesse. Porém, com a proibição dos utensílios citados, o futebol em São Paulo está próximo de virar um espetáculo parecido como o teatro, onde a pessoa vai ao estádio, assiste um jogo de futebol e volta para sua casa, em silêncio, sem festa alguma.

O ponto máximo controverso neste caso são as comparações. Na Argentina não existe nenhum tipo de proibição, então as torcidas estão acostumadas a proporcionar uma festa de outro planeta. Em jogos de Libertadores de times como Boca Juniors, River Plate, Racing, San Lorenzo, entre outros, não cansamos de elogiar a festa da torcida local. Oras, porque elogiamos a festa que nossos rivais fazem e quando uma torcida brasileira tenta fazer o mesmo, ou ela é proibida ou é rotulada de “marginais, assassinos infiltrados nas organizadas acabando com o futebol brasileiro”?

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Fica a pergunta no ar, quem realmente está acabando com nosso futebol?

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Luiz Felipe Ugliano

Corinthiano, maloqueiro e sofredor. Graças a Deus!

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