- América empata com o Atlético no Independência
- Torcedor do Palmeiras, Cuca chega para realizar sonho
- Remo empata na Arena Verde. E cadê o Fernando Henrique?
- Avaí perde para o Metropolitano por 4×1
- Botafogo deixou escapara a vitória no clássico contra o Flu.
- Em casa Bahia perde 100% de aproveitamento em Clássico
“Mãe com meu futebol deixaremos de ser pobres”
- Updated: 4 de março de 2016
Você olha para o título da coluna de hoje e se espanta. Como que alguém foi capaz de realizar tal promessa? Como é possível que, no mundo de hoje onde apenas 1,5% dos jogadores de futebol da atualidade conseguem salários milionários, alguém tenha falado isso? Um jovem chileno, quando ainda era adolescente, disse isso para sua mãe em sua cidade natal. Hoje, ele é um dos maiores atacantes do futebol mundial.
Alexis Alejandro Sanchez nasceu no ano de 1988 na cidade de Tocopilla, 1.600 quilômetros ao norte da capital do Chile, Santiago. Tocopilla é uma cidade costeira no deserto de Atacama que está preso entre as montanhas e o mar, apelidado de ‘diabo de canto’. Perspectivas económicas e de emprego para os jovens do planeta nesta seção está entre os trabalhos de mineração ou de pesca. Para os setores mais vulneráveis, como aquele que nasceu Alexis, insucesso escolar, drogas e álcool são muito frequentes. A família do hoje atacante do Arsenal, pertencia aos setores mais pobres da cidade. Filho de Martina, uma mãe solteira, Alexis nasceu e viveu na rua Orella com seus três irmãos, Humberto, Marjorie e Tamara.
Conforme foi crescendo, Sanchez foi demonstrando talento raro com a bola nos pés. Frequentemente chamado para jogar entre os mais velhos, ele começou a ganhar confiança para alçar voos maiores. Ao observar o sofrimento que assolava sua família e o quanto sua mãe se esforçava para conseguir colocar dinheiro em casa, o jovem chileno realizou essa promessa á sua mãe. Promessa essa, que ele cumpriu e com excelência.
Alexis pelo Cobreloa do Chile
Alexis pelo River Plate da Argentina
Com ainda 16 anos, Alexis estreava no time principal do Cobreloa do Chile. Sua velocidade, arremate certeiro e os seus característicos dribles em velocidade começaram a chamar atenção do país em forma de bota. Contratado pela Udinese da Itália, começou a desfilar seus talentos na Europa e não parou por aí. Após 5 temporadas em alta no time de Udine, era hora de Alexis voar mais alto. Assim sendo, em 2011, o todo poderoso Barcelona de Pep Guardiola foi buscá-lo pela bagatela de 45 milhões de euros.
Alexis pela Udinese da Itália
Alexis pelo Barcelona da Espanha
Pois é. O então garoto pobre, de uma cidadezinha no Chile, estava indo para um dos maiores clubes do mundo. Mais do que isso, a promessa feita para sua mãe estava sim cumprida. Após 3 anos no time catalão, o atacante foi comprado pelo Arsenal por 32 milhões de euros, recebendo um dos maiores salários da Inglaterra. Nos Gunners, segundo o site Football Insider, o chileno vai receber uma proposta para ampliação de seu contrato, atualmente válido até 2018. Pelo novo acordo, o camisa 17 receberá 51,5 milhões de libras (R$ 290,2 milhões) até 2021, ou pouco mais de 10 milhões de libras (R$ 56,3 milhões) anuais.
Alexis pela Arsenal da Inglaterra.
Alexis no título do Chile na copa América em 2015.
Histórico de Alexis:
Títulos:
Colo-Colo
- Campeonato do Chile (Clausura): 2006
- Campeonato do Chile (Apertura): 2007
River Plate
- Campeonato Argentino (Clausura): 2008
- Copa Revancha: 2008
Barcelona
- Campeonato Espanhol: 2012-13
- Copa del Rey: 2011-12
- Supercopa da Espanha: 2011, 2013
- Troféu Joan Gamper: 2011, 2013
- Supercopa Europeia: 2011
- Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2011
Arsenal
- Supercopa da Inglaterra: 2014, 2015
- Copa da Inglaterra: 2014–15
Seleção Chilena
- Copa América: 2015
Prêmios individuais:
- Melhor jogador da Itália (Diario La Gazzetta dello Sport) da temporada 2010/2011
- Melhor jogador da partida da Copa do Mundo de 2014: Chile 3×1 Austrália
- Melhor jogador da Série A Tim, pela Udinese. Temporada 2010-2011
- Melhor jogador PFA (prêmio público) da Barclays Premier League.
(quadro e informações de prêmios e títulos, Wikipédia)
Parede em Tocopilla Chile, ilustrando seu ídolo
Como podem ver, futebol é sim muito mais que um simples jogo.
Por Lucas Bonora – @lubonora11
Junior
4 de março de 2016 at 14:12
Texto muito bom!
O futebol não é um simples jogo.