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Entrevista com Muralha, volante do Flamengo, que está emprestado ao Pohang Steelers da Coréia do Sul

 

Luiz Philipe Lima de Oliveira, mais conhecido como Muralha, de 24 anos, é o nosso entrevistado. Nascido no dia 21 de Janeiro de 1993, no Rio de Janeiro, Muralha atualmente joga no Pohang Steelers, time da primeira divisão da Coréia do Sul. O volante começou a carreira com seis anos de idade nas divisões de base do Vasco da Gama e trocou as quadras de futsal pelo campo aos 15 anos, e teve rápida adaptação. O apelido do volante surgiu ainda criança, no fraldinha, por conta do porte físico acima da média, além de ser um marcador difícil de ser driblado.

Muralha chegou ao Flamengo no ano de 2010 e no mesmo ano, foi campeão invicto do Campeonato Carioca de Juvenis. No início de 2011, foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, onde se destacou e foi integrado ao profissional por Vanderlei Luxemburgo. Muralha também teve passagens pela Portuguesa-SP, Bragantino-SP e Luverdense-MT. Com contrato até o fim de 2017 com o Flamengo, o volante foi emprestado ao Ponhang Steelers.

Na entrevista entre outros temas, Muralha fala como é jogar na Coreia do Sul, sobre uma possível volta ao Flamengo, à homenagem a Cléber Santana e sobre Léo Moura, a quem ele considera um pai.

MF: Em Julho fez um ano que você está na Coréia do Sul, jogando pelo Pohang Steelers. Sua adaptação ao país foi rápida? E qual a principal diferença entre o futebol Brasileiro e o Sul Coreano?

Muralha: Graças a Deus consegui me adaptar rapidamente ao País, a comida e a cultura Sul Coreana. O que difere um pouco é a velocidade do jogo, muita correria e muita tática, não é um jogo mais técnico igual ao Brasil, mas é um jogo difícil e não é qualquer um que joga aqui. Teve outros brasileiros que não deram certo aqui.

 

MF: No final desse ano, seu contrato com o Flamengo acaba. Você já sabe o que vai acontecer, se você irá permanecer no Pohang Steelers ou se existe a possibilidade de voltar ao Flamengo?

Muralha: Meu Pai junto com o empresário está trabalhando essa parte extra campo, eu só penso em jogar futebol e penso primeiro em terminar bem o ano aqui no Pohang. A possibilidade de voltar existe, mas não depende de mim, Flamengo é gigante, todos querem estar lá,mas deixo Deus trabalhar.

 

MF: Você chegou ao time Sul Coreano e usou a camisa de número 5. Depois da morte do meia Cléber Santana, no acidente ocorrido no dia 29 de Novembro de 2016, com o avião que levava a equipe da Chapecoense para a final da Copa Sul Americana, na Colômbia, contra o Atlético Nacional, você passou a usar o número 88. A mudança foi uma homenagem a ele? E como era a sua relação com o Cléber Santana?

Muralha: Era mais um padrinho que o futebol me deu, relação muito boa comigo e com minha família também. Uma perda enorme pra todos, por isso fiz a homenagem de usar a 88.

MF: Muralha, você foi campeão da copa São Paulo de futebol júnior em 2011 pelo Flamengo; chamou a atenção de Vanderlei Luxemburgo, que te subiu pro profissional, teve oportunidades, foi campeão carioca em 2011 jogando com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves. Conte-nos um pouco como foi essa experiência.

Muralha: Copa São Paulo de Futebol Júnior é o objetivo de todos os jogadores que estão na base para subir ao profissional. Aquele ano, tínhamos um timaço e Deus nos coroou com o título invicto e logo fui ao profissional jogar com Ronaldinho, Léo Moura, Thiago Neves, Deivid, entre outros, era um timão aquele de 2011. Realizei meu sonho, do meu pai e de toda família. Sempre sonhei ser jogador de futebol, consegui jogar no maior de todos e pisar no maracanã, o que é indescritível para qualquer garoto que sonha ser jogador.

 

MF: Em 2011, Luxemburgo pediu que você deixasse de usar o apelido de Muralha e passasse a ser chamado por Luiz Philipe, porém, ele mesmo não conseguiu te chamar pelo nome e te chamava de Muralha. O que você lembra desse episódio e quando surgiu esse apelido?

Muralha: Isso foi bem engraçado, ele até trocou o nome na camisa, tentou trocar porque achava o nome um pouco agressivo, porém ele mesmo na beira do campo não conseguia me chamar de Luiz Philipe (risos), então ele acabou deixando de lado a ideia e continuou Muralha mesmo (risos).

 

MF: Em 2013 você foi emprestado a Portuguesa de São Paulo e em 2014 voltou ao Flamengo. Com Jayme de Almeida emplacou uma boa sequência de jogos como titular, depois com Luxemburgo, teve algumas oportunidades mas depois voltou a perder espaço e em 2015 foi emprestado ao Bragantino. Na sua opinião, qual foi o motivo que fez você perder esse espaço?

Muralha: Tive um bom começo de 2014, no retorno, mas acabei oscilando um pouco nos jogos da libertadores, no qual a torcida cobra bastante, mas é muito normal um jogador da base oscilar, precisa-se paciência. Com isso, acabei perdendo espaço.

 

MF: Quem da sua posição você admira e gosta de ver jogar? E quem é seu ídolo no futebol?

Muralha: Atualmente na posição, o Casemiro tem sido um dos caras que paro e gosto de assistir jogar. Não tenho um ídolo, mas tenho um espelho muito bom dentro e fora de campo que aprendi a amar como um filho ama o pai e que me ajudou bastante no começo de carreira, que é o Léo Moura.

 

                   

 

MF: Consegue acompanhar os jogos do Flamengo ai na Coréia do Sul?

Muralha: Assisto alguns jogos sim, acompanho o crescimento que o clube tem tomado ultimamente, venho torcendo sempre, principalmente pelos amigos que fiz lá, e espero que cresça ainda mais. Flamengo é grande!

 

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