[Resenha] Jamais um Adeus e sim um até breve!

Neste domingo, 15 de Maio, Alisson camisa 22, se despede oficialmente do Beira Rio, do Internacional e da sua torcida, da qual já fez parte e hoje é reverenciado.

Em um trajeto de sucesso, que contabilizam nada menos que 14 anos, Alisson em um fim não muito agradável, deixa sua goleira para seu substituto, depois de tantos anos, depois da luta e depois de tantas vitórias, Alisson Becker realiza mais um sonho, poder brilhar na Europa. Ele teve 107 jogos como titular do colorado, onde assumiu o lugar de seu irmão na goleira do gigante, Alisson soma quatro títulos gaúchos, dois como titular e um como capitão e também uma recopa gaucha. O Goleiro assumiu o gol do Internacional no fim de 2014, desbancando Dida, goleiro supercampeão, e dali só somou sucesso na sua carreira; em 2012 o jovem goleiro chegou a ficar sem contrato, mas na insistência do colorado, ele renovou e deu inicio a uma fase espetacular na sua carreira, conquistando lugar no cenário nacional e mundial.

Em 2015 que veio sua ascensão, o garoto do celeiro de ases era o novo titular absoluto de Dunga, assumiu o gol e a camisa da seleção onde teve contato com um dos seus principais ídolos, Taffarel, também ídolo do Internacional; no contato com grandes nomes, Alisson fez sua vitrine para o mundo, sendo protagonistas de defesas dificílimas que fizeram o torcedor colorado acreditar que era fácil, inúmeras vezes sendo decisivo, algumas vezes imprudente, mas sempre pulso firme.

Ao ver da torcida, a saída foi precoce, pois muito jovem, Alisson, assumiu a braçadeira de capitão do colorado, que era de Andrés D’Alessandro e fez seu papel mostrando liderança; foi líder no vestiário e acima de tudo, protagonizou cenas de amor a camisa, como no seu último título disputado pelo colorado, na final do Gauchão deste ano, enquanto milhares de torcedores comemoravam nas ruas de porto alegre o hexa gaúcho,  Alisson saiu do vestiário para seu “último” momento no gramado do estádio que chamou de casa por 14 anos, protagonizou uma cena comovente, onde na trave que mostrou talento, se sentou, descalços e sozinho, por quase 1 hora, onde chorou, reviveu momentos, buscou lembranças, de um menino que chegou quietinho, na sombra de seu irmão, mas que está saindo com o gosto amargo de uma grande perda, pois é difícil ver amor a camisa, ver cenas como esta, que  protagonizou ao chorar na pequena área de um grande goleiro que ali jogou; ao fim do seu momento ali sozinho, Alisson recebeu o carinho de seu irmão e seus sobrinhos, que sentaram-se seu lado e claramente reviveram momentos, de irmãos e profissionais.

No fim de todo o momento, Alisson muito comovido deu entrevista com voz embargada, dizendo que as lagrimas não são de tristeza e sim de felicidade, por ter feito parte da história do seu clube do coração. Na sua curta entrevista á repórteres que ali o aguardavam, Alisson disse “Aproveitar cada minuto, cada segundo. Está chegando o momento. Mas estou muito feliz com o que estou vivendo. É bom aproveitar  cada segundo. As pessoas que eu falo, as mais velhas sempre me aconselham a aproveitar os momentos. Eu aproveitei. É um misto de sentimentos, mas é alegria. Não tem tristeza. O choro é de alegria, de satisfação. De saber que eu vou sentir saudades… Não dá para falar, completou o goleiro em lagrimas, aonde pediu licença e retornou ao seu vestiário.

Infelizmente não foram grandes glórias, em apenas 2 anos como titular Alisson não ganhou nenhum titulo de expressão, mas deixou a impressão que o amor a camisa é fiel ainda nos tempos que o dinheiro influencia mais que tudo; mostrou que a gratidão é uma forma valiosa de mostrar que esse não foi um Adeus e sim um até breve, um até breve á um Ídolo que hoje se despede e deixará um vazio no coração da torcida colorada, mas ao mesmo tempo terá todo o apoio destes que o viram brilhar, voar, espalmar, pegar pênalti, segurar bola, driblar e também amar o clube que o revelou, um até breve, Alisson.