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Mercado do Futebol

Entrevista com o polivalente Eder

Eder Ferreira Graminho nasceu em 5 de Abril de 1995 em Gurupi, interior do Tocantins. Chegou ao Bahia em 2010, com 15 anos de idade, sendo promovido ao time principal em 2015, desde então realizou 40 jogos e marcou 2 gols com o manto tricolor. A equipe do Mercado do Futebol foi ao Fazendão e bateu um papo com o atleta.

 

A ENTREVISTA:

 

MF- Como surgiu seu interesse pelo futebol?

Eder- É uma historia que começa desde os 2/3 anos de idade, meu pai sempre me incentivou muito a jogar futebol. Eu morava numa vila pequena(dentro da cidade de Gurupi), então não tinha muito recurso para brincadeira. Eu tinha muita bola de meia em casa, muita garrafa pet e foi assim que tudo começou com as meias e as garrafas pet, sempre fui apaixonado pelo futebol desde cedo.

 

MF-Além do seu pai, que outros incentivadores você teve?

Eder- Sempre tem muitos,meus familiares sempre apostaram muito em mim.  Dois professores também apostaram muito em mim lá na minha cidade, Carlão e Marcos que sempre me ajudaram na escolinha, independente de idade, eu era de uma categoria eles trabalhavam em outra, mas nunca deixaram de me ajudar, nunca me deixaram desistir, sempre colocaram na minha cabeça que eu poderia chegar onde eu queria.

 

MF- Eder você joga de zagueiro,volante, lateral, até de goleiro se for preciso(risos), Você tem algum jogador no qual se espelha?

Eder: Muita gente me pergunta isso, por eu fazer várias funções. Hoje eu me oficializo como zagueiro,mas me vejo em outras posições sim,venho trabalhando pra isso. A questão do espelho, eu procuro tirar o máximo de cada jogador. Quando eu comecei a jogar de lateral, eu olhava vídeos do Phillip Lahm do Bayern, que em questão de polivalência está acima de todos. Eu também observo jogadores das outras posições que mantem regularidade, Pois eu também estou sempre em busca dessa mesma regularidade seja qual for a posição.

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Eder em ação diante do Altos-PI (Foto:Felipe Oliveira)

 

MF- Eder, se um treinador falasse que você só vai poder escolher uma posição para jogar, qual posição seria essa?

Eder-(Risos) Essa pergunta é difícil cara, difícil mesmo porque eu sempre quero estar jogando, mas se fosse pra definir uma, eu acho que eu jogaria de zagueiro,seria minha opção.

 

MF- Pergunta da Torcida: Voce acha que optar por uma posição fixa, pode prejudicar você em outra?

Eder- Olha, eu acho que tudo depende muito do técnico que está no comando. Existe muito dialogo, se um técnico chegar e falar que precisa de mim na lateral eu acho que não prejudica, pois sempre estarei disponivel pra jogar de zagueiro, vou deixar bem claro para qualquer treinador que chegar aqui, mas se for preciso jogar em outra posição, eu me adapto o mais rápido possível pra ajudar.

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Um ainda jovem Éder nas divisões de base do Bahia

MF- Fale um pouco sobre sua história dentro do Bahia

Éder- Eu cheguei ao Bahia em 2010, com 15 anos e na verdade eu cheguei como meia,fui aprovado pelo pessoal. Ivan, Seu (Newton) Motta e pelo Fabiano, todos acreditaram em mim. E aí na primeira competição eu estava como opção no banco e o Fabiano perguntou se eu poderia jogar de volante e eu acreditei e abracei a chance.  Como sempre, todo torcedor que deposita confiança em mim eu procuro retribuir da melhor forma que é dentro de campo. Comecei a jogar de volante na base, tive muitos aprendizados muitas conquistas,muitas derrotas também. E fui me preparando para chegar no profissional sem nenhuma surpresa. Pois quando se está na base você sofre, campo ruim, viagem longa. Enfim tive muitas portas na cara, mas aqui no Bahia foi diferente, a porta sempre esteve aberta.

 

MF- Como cria do clube e jogador, como você analisa a diferença de desempenho do Bahia dentro e fora de Salvador?

Éder- Olha todo mundo tem cobrado muito da gente sobre essa questão. Eu também sou torcedor do Bahia, afinal tenho 7 anos de casa. Eu também quero que o time jogue tão bem fora de casa quanto dentro, se impondo, ditando o ritmo do jogo, empurrando o adversário para o campo deles,muitas das vezes, não conseguimos, pois lá também tem 11 caras que querem ganhar o pão de cada dia. E muitos jogos a gente tenta e consegue , pois o Bahia é grande cara. O Bahia tem que se  impor em qualquer lugar. Como é importante um Bahia x Palmeiras ou Corinthians é importante também um Bahia x Galícia. A gente tem que respeitar, mas sem deixar o adversário engolir a gente. Queremos sempre voltar pra Salvador com o triunfo na bagagem e um sorriso no rosto.

 

Eder durante coletiva no Fazendão (Foto:Felipe Oliveira)

 

MF- E o apoio do torcedor como é que você sente isso no dia-a-dia

Éder- De inicio era tudo muito novo pra mim, mas eu já colocava na cabeça que quando virasse profissional eu ia ter que me adaptar porque vai ter cobranças, elogios. Mas quando eu comecei a ter regularidade foi bacana cara, eu graças a Deus tenho um carinho por parte da torcida e até agradeço a eles. Quando eu vou no Shopping por exemplo, minha mulher fica até rindo, pois o torcedor me para , pede pra tirar foto,chama pra conversar,dar  dicas. É gratificante cara a forma que eles me tratam, claro que quando erro, eles me cobram da pior forma possível, mas sei que eles só querem o meu melhor,sabem do meu potencial.

 

MF- Uma pergunta final, Qual são seus objetivos a curto e longo prazo e caso queira complementar com algo que não foi perguntado.

Eder: Olha, a curto prazo eu quero que o Bahia lute na parte de cima da tabela, acho que todo jogador quer isso. E quem sabe beliscando uma Libertadores? Estamos trabalhando pra isso ,temos um grupo fechado e todos aqui estão focados. A longo prazo eu tenho o objetivo de jogar em um grande time europeu, mas é bem a longo prazo mesmo, eu quero ser reconhecido a nivel nacional pelo Bahia, quero conquistar titulos, não vou sair do Bahia de mãos abanando foi  um time que me deu e segue me dando tudo hoje aos 21 anos. Eu queria agradecer a você e a todos os jornalistas que valorizam o maior patrimonio do clube que é a base. Aqui tem muitos meninos talentosos que são humildes e cheios de vontade de trabalhar. Vão sair muitas pedras preciosas daqui. E aos torcedores que estão sempre querendo meu melhor também.

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One Comment

  1. Neto

    19 de março de 2017 at 15:44

    Boa entrevista Neto Ferreira, parabéns pelo trabalho meu brother.

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